Há dois anos, no verão, minha esposa e eu estávamos passando as férias com outros familiares num lago remoto do estado do Maine. Uma noite, durante o jantar, percebi que eu não estava mais sentindo os lábios. Na hora não dei muita atenção a isso, mas no decorrer do dia seguinte essa sensação estranha aumentou até ficar difícil eu beber alguma coisa e eu comecei a ter dificuldade para falar. Logo o lado esquerdo do meu rosto ficou paralisado e eu não podia nem piscar o olho.
Como estou acostumado a me apoiar em Deus para tudo o que esteja relacionado com minha saúde e felicidade, e como o que estava acontecendo não denotava progresso e nem era bom, percebi que precisava orar por mim mesmo. Lembro-me que deitei na cama e orei para vencer o medo, especialmente o medo de que eu sofrera um derrame.
Orei afirmando a totalidade e a onipotência de Deus e a minha perfeição como Sua semelhança. Com firmeza reconheci o cuidado terno e constante de Deus. Eu sabia que a Mente divina estava mantendo a perfeição de cada uma de suas idéias, inclusive a minha. Aos poucos consegui vencer o medo e até participei, com o resto da família, de atividadestais como longas caminhadas, passeios de barco e esqui aquático, embora os sintomas persistissem e estivessem agora alterando a minha aparência.
Quando voltei para casa, pedi a um praticista da Christian Science que orasse comigo. Eu precisava regressar ao trabalho e senti que a oração do praticista era necessária. Ninguém disse nada no meu escritório durante alguns dias, apesar dos sintomas serem óbvios. Eu continuei a orar com a ajuda do praticista.
Aí, um dia, um colega me disse que eu estava com uma certa doença e isso me amedrontou bastante. Fui a uma sala desocupada para telefonar para o praticista, mas não consegui localizá-lo. Eu estava com muito medo, mas consegui me perguntar: “Quais são minhas alternativas? Eu posso ficar com medo ou eu posso saber o que é verdadeiro a meu respeito e a respeito do meu relacionamento com Deus.” Decidi ficar firme com a verdade, não importa o que acontecesse. Percebi que um dia eu teria de deixar de acreditar na realidade da matéria, então poderia começar desde já.
Uma sensação de alívio me invadiu de repente, quando pensei na seguinte afirmação de Mary Baker Eddy no livro Ciência e Saúde: “As relações entre Deus e o homem, o Princípio divino e a idéia divina, são indestructíveis na Ciência; e a Ciência não concebe um desgarrar-se da harmonia, nem um retornar à harmonia, mas sustenta que a ordem divina ou lei espiritual, na qual Deus e tudo o que Ele cria são perfeitos e eternos, permaneceu inalterada em sua história eterna” (pp. 470—471).
Enquanto me deixava envolver pelo amor imutável de Deus, o medo começou a se dissipar. Os sintomas continuaram mais alguns dias, mas sei que foi naquele momento, quando reconheci que eu não poderia nunca estar separado da harmonia da Verdade, que a cura ocorreu2.
Glen Rock, Nova Jérsei, E.U.A.
