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A gratidão cura

Da edição de janeiro de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Eu costumava pensar sobre dar graças, da mesma maneira que pensava sobre comer verduras; provavelmente era bom para a saúde (como comer espinafres, por exemplo), mas não tinha muito entusiasmo em comê–las. Dar graças a Deus parecia mais uma obrigação do que um prazer.

Mas isso, com certeza, já mudou. Agora, preciso expressar minha gratidão a Deus. E mais, estou descobrindo a profunda alegria e a satisfação que a acompanham.

Agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas não é uma forma de manipulá–Lo para obter o que desejo. Não é como comer as verduras, para receber a sobremesa como recompensa. Mas, estar disposta a reconhecer o bem que Deus está me concedendo, é uma forma poderosa de me sentir mais próxima a Ele. E, quando me sinto mais próxima dEle, naturalmente encontro mais harmonia, alegria, liberdade e amor, ou seja, mais cura.

Deus está sempre próximo de nós. A Bíblia diz que "Deus é amor" e que está sempre amando e cuidando de todos nós. Mary Baker Eddy escreveu no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "O Amor [Deus] é imparcial e universal na sua adaptação e nas suas dádivas. E a fonte aberta que clama: 'Ah! todos vós os que tendes sede, vinde às águas' " (p. 13).

Deus está constantemente proporcionando a cada um de Seus filhos, amor, alegria, paz, liberdade, vigor. Jesus disse o seguinte sobre Deus: "Ele nos proporciona o melhor de Si — o sol para aquecer e a chuva para sustentar — a todos, sem distinção, a bons e maus, a justos e injustos" (The Message [A Mensagem], Eugene Peterson; Mateus 5:45).

Portanto, o amor de Deus é derramado sobre nós em abundância. Mas, pode parecer como se não pudéssemos sentir o Seu amor ou como se não o merecêssemos. Descobri que estar disposta a agradecer a Deus, pelo seu cuidado por nós, até mesmo nos momentos mais difíceis, destrói o medo, acalma e conduz à cura.

Certa vez, eu estava muito doente e não conseguia sentir a presença do amor divino. Estava confiante de que a oração a Deus ia dar um fim àquela dor intensa. Mas, não obtendo nenhum alívio, pedi a uma amiga que me lesse do livro de Salmos na Bíblia. Jamais esquecerei o poderoso efeito que esses salmos tiveram. A dor se desvaneceu quase que imediatamente, quando me dei conta do poder e da presença de Deus na vida do Salmista, bem como na minha própria vida.

O Salmo 27 tornou-se um amigo íntimo. Ele começa assim: "O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?" Na medida em que continuava a unir–me ao Salmista no louvor a Deus, por estar Ele sempre ao nosso redor e por Sua capacidade de nos livrar, onde quer que estejamos ou em qualquer situação em que nos encontremos, consegui a paz e, num curto espaço de tempo, a cura completa.

A poetisa e escritora Maya Angelou relatou, numa entrevista, uma importante experiência que teve no começo dos anos 50. Ela havia retornado da Europa para os Estados Unidos, deixando para trás uma criança, e contou: "Um dia, senti–me muito assustada, temendo pela minha sanidade mental... Naquele estado, fui até ao meu professor de canto e disse–lhe que eu estava ficando louca. Ele me respondeu: 'Aqui está um bloco amarelo de anotações. Escreva nele as suas bênçãos'. Respondi–lhe: 'Ó, por favor, não quero nem ouvir falar nisso. Estou ficando louca'. Ele continuou: 'Comece com o fato de que você pode me ouvir, de que você pode enxergar a folha de papel e de que você pode segurar a caneta'. Antes de chegar ao final da página, eu já estava mudada. Portanto, tudo o que tenho escrito, cada livro, cada peça teatral, cada roteiro de cinema, tem sido escrito em blocos de anotações. Sempre que apanho um, lembro–me das minhas bênçãos" (The Christian Science Monitor, 20 de outubro de 1993).

Eu costumava achar que a gratidão era apenas um passo no caminho da cura. Agora, acho que a gratidão, de certa maneira, é a própria cura. A gratidão pelo bem, ou seja: as árvores que vejo da minha janela, uma cama para dormir, bons amigos que se importam comigo, boas idéias e a orientação de Deus, muda profundamente as coisas. A gratidão pode começar como um pontinho de luz, mas logo sua luz dispersa as trevas de um aposento inteiro que antes estava cheio de escuridão.

"O que é a gratidão, senão uma poderosa câmera fotográfica, algo que concentra a luz onde estão o amor, a lembrança e tudo aquilo que, no coração humano, manifesta a luz", escreveu Mary Baker Eddy (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 164).

A gratidão, profunda e sincera, tem o poder de nos curar.

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