Em 1980, tornei-me bailarina profissional e, além disso, comecei a dar aulas de dança para crianças. Desde essa época, tive a oportunidade de trabalhar com crianças de várias faixas etárias, em diversas escolas e academias. Algum tempo após o início de um novo curso, as crianças sempre brigavam para ser “a primeira da fila” ou ter algum tipo de destaque. Alguns professores usavam essa competitividade como estímulo para as crianças, mas eu preferia conversar com elas, dizendo que todas teriam a oportunidade de fazer um movimento especial e teriam a minha atenção.
Como a dança é uma arte, todas as expressões podem ser “a melhor” dentro do que se propõem a expressar. Senti que era necessário desenvolver a minha sensibilidade para descobrir o que realmente estava por trás desse anseio em “ser a primeira” ou “ser a melhor”. Também precisava resolver as minhas expectativas e frustrações ao lidar com a competitividade e a concorrência no meio artístico, pois a dança profissional era um campo de trabalho muito restrito.
Sempre acreditei em um projeto pedagógico que valorizasse o esforço e o desejo de melhorar por si mesmo, sem a necessidade de comparação ou prêmio; que valorizasse a alegria de conquistar o conhecimento, de ultrapassar limites, de fazer o melhor.
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