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COMENTÁRIO

Dar o melhor de si

Da edição de outubro de 2005 dO Arauto da Ciência Cristã


A abordagem de idosos, adultos, jovens e crianças em semáforos e esquinas, em busca de ajuda tem se mostrado crescente, em alguns centros urbanos. A esmola é o pedido de socorro para atender às necessidades mínimas de sobrevivência. Um cenário de “cortar o coração” que cria, inevitavelmente, uma situação de constrangimento mútuo.

Sabe-se que parte desses necessitados, principalmente as crianças, podem estar sendo exploradas por adultos. Em contrapartida, é visível a situação de miséria humana entre eles. Esse é um problema do qual não se pode fugir, pois ele se apresenta latente na sociedade diariamente. Dar ou não dar esmolas? Está aí uma questão polêmica.

A escritora de livros infantojuvenis, Patrícia Secco, é um tipo de pessoa que não gosta de dar esmolas para crianças. Encontrou então, na literatura, uma forma de solucionar o dilema e, para não se sentir culpada, resolveu doar seus livros. “No começo, dava o livro somente por impulso. Depois, fui percebendo que as crianças se encantavam com o inesperado presente. Deixavam o que estavam fazendo e ficavam sentadas no chão, fascinadas com as figuras”. A escritora e alguns de seus amigos passaram a praticar esse tipo de ajuda. Ela diz: “E uma delícia ver o prazer de quem dá e de quem recebe os livros” (Escritora de rua, Gilberto Dimenstein, Folha de São Paulo, 2/3/05).

Esse quadro de miséria social não é um problema novo; ele faz parte da história da humanidade. A Bíblia relata várias situações críticas de miséria, evidenciadas muitas vezes por doenças e mostra a compaixão do povo, empenhado em ajudar com sua benevolência e altruísmo.

Um relato marcante para o cristianismo começa com um pedido de esmola no templo, em frente à porta chamada Formosa, quando Pedro e João estavam entrando para orar. Um homem coxo de nascença pede uma esmola. Pedro, olhando nos seus olhos, diz: “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda! E, tomando-o pela mão direita, o levantou...” (Atos 3).

Após a ressurreição de Jesus, essa foi a primeira cura atribuída aos apóstolos e registrada no livro de Atos. Pode ser considerada como uma prova de que a humanidade pode se libertar do sofrimento, da doença e dos pecados pela ação do Cristo na consciência humana. Pela reivindicação da autoridade divina, disponível a todos os que crêem e vivem sob esse poder, a natureza perfeita daquele homem foi revelada a todos.

A honestidade da resposta de Pedro, sua compaixão e fé na autoridade do Cristo curaram o pensamento do coxo sobre sua necessidade de esmola e o libertaram da condição congênita de paralisia. Isso foi infinitamente melhor do que prata ou ouro!

Pedro ofereceu o que tinha de melhor e era dessa maneira que atraia multidões, num movimento que se alastra continuamente. Ele praticou o bem. Assim como ele, hoje milhares de pessoas, inclusive Patrícia Secco, também fazem o bem, dando o melhor de si: compaixão, amor, atenção, cuidado, com esperança de transformar aquele quadro desolador.

Sempre que alguém faz o bem por amor ao próximo, seja em ação ou oração, essa atitude tem poder espiritual, porque é a vontade de Deus sendo posta em prática. É agir de acordo com a lei divina, que cura, salva e liberta do sofrimento a humanidade. É dar o melhor. É sentir e oferecer a graça divina.

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