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ESPIRITUALIDADE E CURA

O conceito correto sobre Espírito e matéria traz a cura

Da edição de novembro de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Talvez nada seja mais difícil para o mundo do que compreender a máxima da Christian Science de que "não existe matéria" e que "o homem e o universo não são materiais". Em seu livro Unity of Good (Unidade do Bem), Mary Baker Eddy, a Descobridora da Christian Science, mostra de forma lógica o nada da matéria, em um capítula intitulado "Não há matéria". Essa premissa é reiterada no livro texto da Christian Science, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Em seu último ano de vida, a Sra. Eddy escreveu: '"Não há matéria' não é apenas o axioma da verdadeira Christian Science, mas é também a única base sobre a qual a Ciência pode ser demonstrada" (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Vàrios Escritos], P. 357). Por conseguinte, esse axioma é fundamental para a cura na Christian Science.

Todos os cultos dominicais nas igrejas da Christian Science terminam com a declaração que identifica a matéria como "erro mortal" e "irreal", sem vida, verdade, inteligência, ou substância. A "Exposição Científica do Ser" afirma que "Tudo é Mente infinita [Deus] e sua manifestação infinita", não é material, mas espiritual (Ciência e Saúde, P. 468). Em outro trecho de seus escritos, Mary Baker Eddy identificou a manifestação infinita da Mente como o homem e o universo, "...desde o movimento giratório dos mundos, no espaço etéreo mais sutil, até um canteiro de batatas..." (Miscellaneous Writings, 1883—1896, p. 361, 26).

No Glossário de Ciência e Saúde, a matéria é definida como "mitologia" e "ilusão" (p. 591). Entretanto, sobre o que estamos falando, quando nos referimos à matéria? Em minha própria experiência, tive de corrigir um conceito equivocado de que a matéria é real.

Minha primeira cura na Christian Science, por meio de minhas próprias orações, ocorreu aos 12 anos. Em um jogo de beisebol, apanhei a bola entre o polegar e o indicador, de maneira que rompi a junta de articulação entre os dois dedos. Depois do jogo, enquanto orava a caminho de casa, ouvi distintamente as palavras: "Não há matéria", acompanhadas por um senso de luz. Minha mão foi instantaneamente curada e não houve nenhuma seqüela. Um ano mais tarde, quando estava com 13 anos e já estudava seriamente a Bíblia e a Christian Science, fui curado de uma forte dor abdominal ao discernir, por inspiração, que a dor na matéria não tem mais realidade do que um sonho.

Seis anos mais tarde, enquanto cursava a faculdade durante a Segunda Guerra Mundial, alistei-me na Marinha. Dezoito meses depois, fiquei imobilizado devido a fortes dores na coluna. As autoridades médicas da Marinha diagnosticaram o problema como sendo tuberculose espinhal. Fui removido para um hospital da Marinha especializado em tuberculose, em Corona, no estado da Califórnia. Lá, decidiram que o problema era inoperável, que eu nunca mais andaria e que minha doença era terminal. Colocaram-me em um colete ortopédico, deram-me baixa da Marinha e fui enviado para a casa de meus pais para morrer.

Desde que começara a sentir dores na coluna, havia procurado a ajuda de praticistas da Christian Science, mas não obtive nenhum alívio. Desejava desesperadamente compreender como a Christian Science poderia curar um problema físico tão sério.

Logo após chegar à casa de meus pais, tive febre e o colete foi cortado para que eu ficasse o mais confortável possível. Gradualmente, a febre foi piorando até que fiquei impossibilitado de ingerir comida ou água. Os sintomas se agravaram e ficou claro que o fim estava próximo. De repente, um grito angustiado de culpa saiu da minha boca: "Por que não consigo amar minha mãe"?

Minha mãe era uma mulher notável, extraordinária, mas eu havia guardado dentro de mim um ressentimento profundo por sua dominação esmagadora em minha educação. A praticista, ali de pé, ao lado da cama, estava inteiramente ciente do forte senso de responsabilidade que minha mãe tinha pelos seus filhos; portanto, sua resposta para meu acesso de culpa foi firme e imediata. Ela disse: "Você não tem de amar uma pessoa. Tudo o que você tem de fazer é expressar o Amor".

Eu sabia que podia expressar o Amor, que é outro nome para Deus. Um sentido pessoal de amor, com todo seu ressentimento, possessividade e controle pessoal, se desvaneceu.

Foi como se um grande peso tivesse saído de meus ombros. Eu sabia que podia expressar o Amor, que é outro nome para Deus. Um sentido pessoal de amor, com todo seu ressentimento, possessividade e controle pessoal, se desvaneceu. Instantaneamente, e realmente quero dizer naquele exato momento, os sintomas de morte iminente desapareceram e a febre, que momentos antes era altíssima, dissipou-se completamente. Levantei da cama e caminhei, muito embora o prognóstico médico fosse de que minha coluna se fizesse isso. Em um instante, a sombra da morte havia sido totalmente dissipada. Com facilidade, pude ingerir água e comida.

Contudo, sintomas indicavam que ainda havia algum problema na coluna. Ao longo dos dezoito meses seguintes, em diferentes períodos, procurei a ajuda de um Praticista da Christian Science e me volvia a Deus em constante oração e estudo.

Então, de uma forma inesperada, fui levado a ligar para um praticista em Los Angeles. Depois de escutar minha história, esse praticista testou minha compreensão de como Deus opera na experiência humana, questionando meus conceitos sobre Espírito, corpo e matéria.

Aquela cura após o jogo de beisebol me deixou com uma firme convicção de que não há matéria. Mas, novamente, o que era, ou não era, essa matéria? Na minha concepção, matéria era qualquer coisa e tudo o que eu pudesse fisicamente ver ou tocar. Por outro lado, para mim, Espírito era a onipresença abstrata sem manifestação visível. Portanto, quando eu negava a matéria, na verdade negava o homem e o universo, ou seja, toda manifestação exteriorizada do Espírito. O praticista percebeu essa concepção equivocada e mostrou referências em Ciência e Saúde que explicavam que idéias espirituais são "reais e tangíveis" (P. 269); que Deus "provê toda forma e graça" (P. 281); que "o homem é a imagem de Deus" (P. 120), uma imagem sendo algo que podemos ver; que "a Mente [Deus] governa o corpo, não parcial, mas inteiramente" (P. 111); e que nosso trabalho consiste em elaborar o espiritual para fazer com que essa compreensão determine "o exterior e verdadeiro" (P. 254).

"Sob a supremacia do Espírito, ver-se-á e reconhecerse-á que a matéria precisa desaparecer" e que "A matéria desaparece sob o microscópio do Espírito"

Eu achava que conhecia bem Ciência e Saúde, mas, após essa conversa com o praticista, reli o livro-texto de capa a capa. Foi como ler um novo livro. Trechos aos quais havia dado uma interpretação equivocada, foram iluminados. Percebi que nossa conscientização sobre o Espírito determina toda manifestação exterior verdadeira e que a matéria é apenas a objetivação da falsa crença. Reconheci como o homen real, a imagem e semelhança de Deus, é visível e tangível, mas é espiritual e não material. Quando acabei essa leitura, estava completamente curado. A secreção parou e a ferida desapareceu. Minha coluna ficou forte e não voltou a doer.

Retornei à faculdade no trimestre seguinte, capaz de correr livre e rapidamente. Todo o meu conceito sobre matéria e corpo havia mudado. Compreendi que a matéria não é real, não é substância. Não é Deus, o homen, ou o universo, mas é apenas um falso sentido, "um conceito humano", algo "erroneamente postulado" (Ciência e Saúde, P. 277) sobre Deus, o homem, e o universo. Como a Sra. Eddy também escreveu: "A matéria é um enunciado errôneo sobre a Mente; é uma mentira" (Miscellaneous Writings 1883—1896, P. 174). É algo que aparece aos sentidos físicos como sendo sólido ou válido, mas, como Einstein declarou, é "o nada, apenas uma construção da consciência [humana]" ("The Universe and Dr. Einstein" [O universo e o Dr. Einstein], de Lincoln Barnett).

Ciência e Saúde nos revela que o Espírito e a matéria são opostos, e que "Quando um aparece, o outro desaparece" (P. 281). Quando o Espírito aparece, não há nenhum vácuo; ao contrário, a "Verdade imortal" e "o real e eterno" vêm à luz (ibidem, . 468). Toda cura envolve o aparecimento da realidade espiritual.

Ciência e Saúde também explica que: "Sob a supremacia do Espírito, ver-se-á e reconhecer-se-á que a matéria precisa desaparecer" e que "A matéria desaparece sob o microscópio do Espírito" (PP. 572, 264). A matéria que desaparece é a ilusão, a encarnação da falsa crença que engana o mundo e obscurece a realidade.

Tanto a Oração do Senhor, quanto a "Oração Diária" da Christian Science (Manual da Igreja, p. 41), rogam: "Venha o Teu reino". O reino de Deus, o reino do Espírito e da Verdade está aqui. Deixe que esse reino apareça!

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