13-15. Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem [que está nos céus]. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. O Mestre Jesus mostra nossa filiação espiritual com Deus e nossa unidade com o Pai. Ele ensinou que a vida é eterna, conforme o versículo bíblico: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11:25, 26). Demonstraremos a vida eterna se elevarmos nossa consciência a um nível superior e, assim como o Mestre, manifestaremos poder e imortalidade.
16-21. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. Quem pratica a verdade aproximase da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus. Deus, o Amor infinito, amou o mundo supremamente ao enviar Seu Filho. O apóstolo fala do Cristo e de sua missão salvadora para com todos os que lhe seguem o exemplo e os ensinamentos, reconhecem a Verdade e a praticam. Dessa forma, as obras se tornam manifestas, ou seja, são trazidas à luz e conhecidas por todos.
O evangelista se refere indistintamente ao Cristo, o Verbo de Deus ou Logos divino, como o Filho unigênito do Pai, que faz parte de nossa natureza divina e imortal, e por meio da qual é possível trazer a imortalidade à luz.
A promessa da vida enfatiza que o Amor de Deus por nós é infinito e, se formos firmes, constantes e fiéis ao Filho unigênito, participaremos de sua natureza e seremos vitoriosos ao demonstrá-la.
31-33. Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos e testifica o que tem visto e ouvido; contudo, ninguém aceita o seu testemunho. Quem, todavia, lhe aceita o testemunho, por sua vez, certifica que Deus é verdadeiro. Estar nas alturas significa estar com a consciência elevada e alinhada com o que é divino.
Aceitar o testemunho do que vem do alto significa ter fé em que Suas obras podem ser testemunhadas. Um bom exemplo é a atitude do centurião que se apresenta a Jesus e lhe implora que cure seu criado (ver Mateus, 8:5-13).
A confiança do centurião na autoridade do Cristo para curar é tanta, que ele pede a Jesus que apenas envie uma palavra para que seu servo seja curado. A resposta de Jesus é: “Vai-te, e seja feito conforme a tua fé”. O enfermo foi curado naquele exato momento.
34-36. Pois o enviado de Deus fala as palavras dele, porque Deus não dá o Espírito por medida. O Pai ama ao Filho, e todas as cousas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não terá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. Esse texto bíblico mostra que Deus é ilimitado, portanto o que Ele cria manifesta Seu poder e autoridade sobre tudo, inclusive sobre a morte.
Aqueles que crêem no Cristo, tornam-se participantes de sua natureza e são capazes de fazer as mesmas obras que Ele. Semelhantemente ao Filho, expressamos “...o resplendor da glória e a expressão exata de Seu Ser...” (Hebreus 1:3) e nos tornamos conscientes de que, para os filhos de Deus, não há limites. Jesus nos dá a verdadeira dimensão de nossas possibilidades. Para vislumbrá-las, basta alcançar a compreensão espiritual e a consciência de nossa semelhança com Deus e de nossa união com Ele. Isso nos capacita a vencer o pecado, a doença e a morte. Essa é a herança legítima que recebemos de nosso Pai celestial.
Bibliografia:
A Bíblia Sagrada, tradução de João Ferreira de Almeida, 2a. edição; The Holy Bible, versão King James; Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, impresso em 1990, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, USA; Escritos Misceláneos 1883-1896, Mary Baker Eddy, 1968, The Christian Science Publishing Society, Boston, MA, USA; The Interpreter's Bible, Volume VIII, Abingdon Press, Nashville, TN, USA; The One Volume Bible Commentary, J. R. Dummelow, MacMillan Publishing Company, New York, NY, USA; Strong's Exhaustive Concordance of the Bible, 42a. Edição, James Strong, 1983, Abingdon Press, Nashville, TN, USA.
