A inspiração traz à consciência a beleza divina. Sinfonias, concertos, óperas e obras literárias, por exemplo, são frutos da inspiração de compositores e escritores. Todos os pensadores, professores, inventores, arquitetos, engenheiros, advogados, juizes, administradores, clérigos são beneficiados e beneficiam ao se inspirar.
As Sagradas Escrituras estão repletas de mensagens inspirativas, disponíveis a todos os que buscam soluções para problemas físicos, morais, financeiros ou de relacionamento. Essas mensagens elevam o pensamento acima do desafio e fazem com que a pessoa se sinta próxima ao poder e à infinitude de Deus.
Aprendi que orar é estar atento ao que Deus tem a nos dizer. Essa comunhão com o Espírito silencia o sentido material no pensamento, ou seja, aquilo que parece faltar ou incomodar. Compreender que estamos sempre na presença de Deus faz com que nos sintamos amados e protegidos por Ele e alcancemos a cura. Sentimos o Reino dos Céus em nós e excluímos qualquer noção de mal, de dor e de doença do nosso pensamento.
A Bíblia relata a história de alguns personagens que, ao se comunicarem com Deus, obtiveram revelações e transformaram sua vida. Jacó, por exemplo, quando fugia de seu irmão Esaú, teve um sonho e descobriu algo importante: “Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia” (Gênesis 28:16). Esse sonho foi uma inspiração para ele e uma verdade que não mais o abandonou. As visões que os personagens bíblicos tiveram lhes abriam a consciência para as verdades divinas. Pedro aprendeu, por exemplo, a não fazer acepção de pessoas: “Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse impuro” (Atos 10:28).
Nos momentos de inspiração aprendemos mais sobre a natureza de Deus e, conseqüentemente, passamos a expressar e a vivenciar qualidades divinas que antes estavam encobertas em nossa consciência. O reconhecimento de que Deus está conosco, ilumina o caminho — nossos atos e palavras — e nos ajuda a demonstrar o poder de Deus, o Bem. Assim, solucionamos o problema e encontramos a cura: vivenciamos a perfeição do homem, como filho de Deus, a realidade do bem e a irrealidade do mal.
Na minha busca por inspiração, na tentativa de ouvir a Deus, muitas vezes fui abençoado com revelações que trouxeram um significado novo e elevado às palavras que já conhecia. Há algum tempo, sentia muita dor na coluna. Enquanto orava, usando argumentos a favor da Verdade, do Amor, do Espírito, fiquei receptivo ao que Deus me diria. Uma mensagem clara e precisa me veio em instantes: “Não preciso de palavras para curar”. Em seguida, percebi o significado dessa iluminação: Deus cura e destrói o erro assim como a luz desfaz as trevas, sem palavras, sem esforço, com naturalidade. A conscientização da presença do Deus único anula o pretenso problema. Essa presença é um poder absoluto. Somos curados quando percebemos a Verdade, a Mente, a infinitude, a totalidade e a unicidade de Deus.
Mary Baker Eddy, muitas vezes, não externava nenhuma palavra em sua oração, mas o resultado era uma cura rápida e permanente do problema (ver Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura). Ela descobriu um método de cura espiritual, o qual denominou Christian Science, e ensinou que o amor é o agente curativo mais eficaz. Em seu livro Ciência e Saúde, escreveu que, se o Cientista Cristão “alcançar seu paciente pelo Amor divino, a obra da cura se realizará numa só visita...” (p. 365). Isso pode ser feito mesmo sem palavras.
