As grandes árvores de tília, em frente ao nosso prédio, já estão há vários meses sem folhas. Ao passar por elas, talvez percebamos apenas um cenário sem cores, representando a latência da vegetação durante o inverno. Nas frias manhãs, assoladas pelo vento, seus troncos cinzentos não dão nenhuma indicação de que, em poucos meses, produzirão folhagens exuberantes e verdejantes e a perfumada floração amarela, pelas quais essas árvores são conhecidas.
Mas, olhando de perto, mesmo em meio a uma nevasca, percebemos sinais inconfundíveis de vida. Cada galho exibe vários centímetros do crescimento ocorrido no ano anterior e muitos brotos avermelhados. Claro, ainda estão bem fechados e, de maneira alguma, prontos para se abrir. Mas, estão lá e, embora imperceptíveis à primeira vista, provam que as árvores não estão mortas, que a latência do inverno do hemisfério norte não dura eternamente e que a renovação da vida virá.
Da mesma forma, as notícias e análises de hoje talvez possam não fornecer muitas soluções para determinados problemas ou para situações estagnadas ou sem sinal de vida. Entretanto, não importa se estamos falando sobre as relações aparentemente intratáveis entre os mundos muçulmano e cristão, ou sobre a possibilidade de uma epidemia de gripe. Exatamente quando as coisas parecem aflitivas ou ameaçadoras, surge a oportunidade de percebermos mais claramente, por meio do sentido espiritual, o que é verdadeiro para Deus, os caminhos para a solução e o progresso.
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