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O que estamos procurando?

Da edição de abril de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


As grandes árvores de tília, em frente ao nosso prédio, já estão há vários meses sem folhas. Ao passar por elas, talvez percebamos apenas um cenário sem cores, representando a latência da vegetação durante o inverno. Nas frias manhãs, assoladas pelo vento, seus troncos cinzentos não dão nenhuma indicação de que, em poucos meses, produzirão folhagens exuberantes e verdejantes e a perfumada floração amarela, pelas quais essas árvores são conhecidas.

Mas, olhando de perto, mesmo em meio a uma nevasca, percebemos sinais inconfundíveis de vida. Cada galho exibe vários centímetros do crescimento ocorrido no ano anterior e muitos brotos avermelhados. Claro, ainda estão bem fechados e, de maneira alguma, prontos para se abrir. Mas, estão lá e, embora imperceptíveis à primeira vista, provam que as árvores não estão mortas, que a latência do inverno do hemisfério norte não dura eternamente e que a renovação da vida virá.

Da mesma forma, as notícias e análises de hoje talvez possam não fornecer muitas soluções para determinados problemas ou para situações estagnadas ou sem sinal de vida. Entretanto, não importa se estamos falando sobre as relações aparentemente intratáveis entre os mundos muçulmano e cristão, ou sobre a possibilidade de uma epidemia de gripe. Exatamente quando as coisas parecem aflitivas ou ameaçadoras, surge a oportunidade de percebermos mais claramente, por meio do sentido espiritual, o que é verdadeiro para Deus, os caminhos para a solução e o progresso.

Mary Baker Eddy descobriu a Christian Science em 1866 e compreendeu isso claramente quando escreveu: "O sentido espiritual, que contradiz os sentidos materiais, contém intuição, esperança, fé, compreensão, fruição, realidade" (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 298). Essa frase oferece uma pequena indicação das inúmeras maneiras pelas quais podemos nos dedicar, a cada dia, com mais afinco, ao sentido espiritual da existência, contradizendo o oposto da espiritualidade, o sentido material. Com esse objetivo, podemos melhorar nossa vida e a de outras pessoas. Podemos ficar atentos à intuição sobre a necessidade de orar; estimular a esperança de um mundo mais pacífico; manter uma fé inquebrantável na vitória do bem; desenvolver uma compreensão mais ampla sobre a natureza de Deus; reconhecer os sinais de fruição nos detalhes da vida diária e aceitar a verdade espiritual como realidade.

Tudo o que está errado ou desarmonioso na experiência humana é proveniente do testemunho do sentido material, quer seja da visão, da audição, do paladar, do tato ou do olfato, que parecem ser tudo o que há para a vida. Da mesma maneira que não vemos nenhum sinal de vida ao passarmos rapidamente por uma árvore sem folhagem, também não vemos nenhum motivo para termos esperança ou alegria, quando nosso pensamento permanece no nível dos sentidos materiais. Tampouco tais pensamentos materiais nos capacitam a ajudar outros que talvez também estejam com dificuldades. Contudo, nosso comprometimento com o sentido espiritual, capacita-nos a procurar e encontrar os rebentos de verdade que indicam o poder do bem infinito de Deus e o relacionamento precioso que cada homem, mulher e criança tem com nosso Pai-Mãe amoroso. Essas verdades são os sinais de vida que desabrocham em solução, prosperidade, inspiração, realização, enfim, em cura.

A Christian Science explica que Deus sempre nos envia pensamentos sanadores e salvadores que nos armam para a luta mental com os sentidos materiais, mesmo quando esses clamam que algo ruim não possa ser mudado ou evitado. As transições que buscamos do frio para o calor, das trevas para a luz, da doença para a saúde, da guerra para a paz, são realmente mentais, manifestadas pela consciência espiritualizada que harmoniza e cura.

Jesus disse aos discípulos: "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa" (João 4:35). Já branquejam. Já florescem. Podemos aceitar que a mesma cena possa ser vista em um bairro violento ou em meio ao desânimo de uma doença crônica? O mundo geralmente nega que qualquer realização desse tipo possa acontecer, aqui e agora. Contudo, Jesus esperava que seus seguidores respondessem contrariamente. Sua própria carreira proclama o poder do sentido espiritual de triunfar sobre todo o mal, inclusive a morte.

"Ainda que o caminho no sentido mortal seja escuro, a Vida e o Amor divinos o iluminam e destroem o desassossego do pensamento mortal, o medo da morte e a suposta realidade do erro. A Ciência Cristã, que contradiz os sentidos, faz com que o vale brote e floresça como o narciso" (Ciência e Saúde, p. 596). Eis aqui a promessa que é infinitamente digna do esforço de se olhar para além do sonho do sentido material, a fim de encontrarmos a realidade espiritual.

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