Há pouco tempo, fui tirar fotos na Pedra da Gávea, o ponto mais alto do Rio de Janeiro, de onde se tem uma visão panorâmica muito bonita da cidade. Queria enviá-las para uma família americana como forma de agradecimento pela hospitalidade que me ofereceram, quando estive nos Estados Unidos.
Como o local era de difícil acesso, fui de carro com alguns amigos. Prometi ao meu pai cuidar bem da máquina profissional que ele havia me emprestado para tirar as fotos. Tudo correu bem. Na volta, meus amigos me deixaram em um ponto de ônibus para que eu fosse para casa, pois moravam em outra direção.
Durante a viagem de ônibus, dois homens começaram a assaltar os passageiros. Um deles estava armado. De início, senti muito medo. Pensei que roubariam o meu relógio, a máquina fotográfica do meu pai, meus documentos e meu walkman. Diante do risco de perda, quis proteger tudo. Entretanto, percebi que não conseguiria esconder minha mochila. Vi que somente a oração poderia me ajudar. Pensei, então, que não poderia ser prejudicado por estar fazendo o bem. Afinal, as fotos que acabara de tirar seriam uma forma de agradecer às pessoas que haviam me tratado bem. Também neguei o conceito de desigualdade. Pensei que no mundo criado por Deus, todos podem expressar harmonia. Comecei a sentir compaixão pelos assaltantes e a reconhecer que não precisavam atuar daquela maneira, pois eram amados e supridos por Deus.
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