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Matéria de capa

Era viciada e fui curada!

Da edição de outubro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Journal


Tinha 15 anos quando me foi permitido sair com meus amigos à noite, pela primeira vez. Também foi nessa noite que experimentei drogas pela primeira vez.

Diria que, aproximadamente sessenta por cento dos jovens em minha escola do ensino médio, em Montevidéu, no Uruguai, usava drogas, principalmente álcool e maconha, porque eram os mais fáceis de se conseguir não foi apenas por pressão dos amigos que entrei para o mundo das drogas.

Naturalmente, conhecer pessoas que usavam drogas tornava fácil consegui-las. Elas estavam disponíveis e eram parte da minha experiência. Entretanto, acho que foi pelo que acontecia dentro de mim que comecei a usá-las. De um lado, era uma rebelião e, de outro, uma fuga. Achava meus pais muito severos.

Claro, havia a sensação também. Uma vez que já havia experimentado, usá-las se tornou uma coisa habitual, porque gostava da maneira como me faziam sentir. Usava, mais do que qualquer outra coisa, a maconha, mas também álcool e cocaína, ou qualquer coisa que meu dinheiro pudesse comprar.

As drogas escondiam quem eu era

Usar drogas parecia bom enquanto eu estava sob seu efeito. Contudo, ao mesmo tempo, era também como se uma parte de mim estivesse submersa. Era como se as drogas escondessem quem eu era, tanto de mim quanto de várias pessoas na minha vida. Na época, não via isso, nem sei se poderia perceber, pois não pensava com clareza. Não era eu mesma.

O vício começou a afetar meus relacionamentos. Meu humor mudou, bem como meu comportamento. Comecei a brigar com minha mãe. Mais tarde, também comecei a brigar com os "amigos" que usavam drogas comigo.

Três anos se passaram. A verdade é que nunca houve um momento em que eu dissesse: "Quero me livrar disso". Mas então, na ocasião em que meus pais descobriram o que estava acontecendo, saímos de Montevidéu e fomos morar em Miami. Portanto, parei de ver meus amigos. Minha vida mudou completamente. Isso me forçou a deixar tudo para trás, inclusive o vício.

Pareceu natural voltar para a Ciência Cristã

Os primeiros meses foram muito, mas muito difíceis. Lutava com tremendos ataques de pânico e nada parecia funcionar. Finalmente, lembrei-me da Ciência Cristã. Lembrei-me que ia à igreja e que me sentia confortada ali. Recordei-me de como as coisas eram antes, das curas que minha família havia vivenciado e das vezes em que senti Deus em minha vida. Portanto, pareceu-me natural, exatamente quando estava em busca de respostas e tão desesperada para acabar com aqueles ataques de pânico, voltar para a Ciência Cristã e, principalmente, começar a ler Ciência e Saúde novamente. Esse livro mudou tudo.

Fui curada dos ataques de pânico, de forma completa e instantânea. Bum! Exatamente assim, e eles desapareceram. Então, foi como se despertasse após estar inconsciente ou adormecida pelas drogas. Sei que meus pais haviam orado e continuavam a orar por mim. Contudo, foi somente depois de começar a ler Ciência e Saúde, que me livrei da névoa mental, da qual desejava me livrar.

Comecei novamente a falar com meus pais, especialmente com minha mãe. Lembro-me que ia ao quarto dela algumas noites e dizia: "Ouça isto. Acabo de compreender isto (que eu chamava de revelações), enquanto lia Ciência e Saúde".

Fui curada dos ataques de pânico

No início, apenas me agarrava ao livro e a tudo que me ajudasse, porque estava com medo e precisava de ajuda. Mas depois de ter sido curada dos ataques de pânico e começar a me sentir mais centrada de novo, lia porque estava interessada e realmente gostava.

Algumas vezes, considero o tempo que ficamos em Miami como um retorno à normalidade. Outras vezes, como um período em que descobria um novo eu. O que lia, mudava toda a minha maneira de pensar. Como exemplo, costumava pensar que não era muito inteligente e que esquecia tudo o que aprendia. Contudo, terminei o ensino médio com sucesso.

Ademais, comecei a me sentir segura e melhor comigo mesma, além de expressar mais autoconfiança. Desenvolvera uma sensação de maturidade que nunca havia tido antes. Suponho que as pessoas talvez dissessem que eu estava me encontrando.

Eu também sentia uma nova conexão com Deus. É fácil, acho eu, acreditar que esse relacionamento não tem importância, que Deus é uma espécie de conceito abstrato sem muita relevância para os vários tipos de coisas que aconteciam na minha vida.

Eu sentia Deus

Enquanto crescia, nunca havia me conectado muito com o Deus sobre o qual aprendera na Escola Dominical. Quero dizer, sabia que Ele era Amor, mas foi muito difícil sentir realmente isso. Mas agora, sem mesmo tentar, parecia que sentia Deus. Sinto-O como algo cálido, próximo. Não como uma coisa que está apenas em um livro, isto é, teorias e doutrinas sobre o que Deus é, mas como uma presença, como algo que consigo somente descrever como belo e tangível.

Sentia Deus de todas as formas, pequenas e grandes, tal como no meu relacionamento com minha mãe, que melhorava; no fato de eu ter tido excelente desempenho na escola e nesse sentimento crescente de bem-estar. Não somente desapareceram completamente os ataques de pânico, mas também meu desejo por drogas.

Finalmente, voltamos para Montevidéu, onde terminei meus estudos. Nunca mais as drogas entraram em cena. Logicamente, fiz amizade com pessoas diferentes, pois passei a freqüentar a escola em outro ambiente. Tenho certeza de que ainda existem drogas por perto, mas simplesmente deixei de sentir atração por elas. Na verdade, nem mesmo me lembro de me relacionar com pessoas que as usavam. Quase que a única maneira de descrever isso é dizer que as drogas simplesmente saíram da minha vida.

O que descobri nessa cura não foi apenas a libertação de um vício, mas também a revelação do relacionamento com Aquele com quem posso contar para tudo. Quando descobri que podia me apoiar em Deus, sabia que não precisaria de nada mais.

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