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O que faria Moisés se tivesse o Google?

Da edição de outubro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Eric Schmidt, presidente da ferramenta de busca na Internet chamada Google, fala em nome da empresa que está não somente conquistando o mundo da informação, mas imaginando novas maneiras de expandi-la. Quando perguntado sobre o futuro do Google, ele fala sobre o objetivo estabelecido de personalizar os resultados de busca: "A meta é capacitar os usuários do Google a fazer perguntas, tais como: 'O que farei amanhã?' e 'Que tipo de trabalho devo fazer'?" (Financial Times, 23 maio de 2007).

Alguns talvez imaginem se essa é apenas a meta da empresa, ou se é onde todos nós esperamos chegar, ou seja, depender de dados comportamentais e de tecnologia analítica de última geração para avaliar e predizer nossas necessidades e, talvez, até mesmo satisfazê-las. Contudo, antes de nos tornarmos cativos de um universo rico em informações, que algum dia até poderiam dirigir nossa vida e resolver nossos problemas, com a possibilidade de se tornar uma espécie de mente sobre-humana, vamos tentar um exercício mental que nos levará à antiguidade.

Um problema necessita de solução imediata. Não um problema qualquer, mas aquele do tipo bomba explosiva. Para o grande líder hebreu Moisés, isso se traduz no seu confronto com o Mar Vermelho, quando libertava 600.000 israelitas da escravidão egípcia.

Sabemos como a história acaba. Contudo, vamos acrescentar uma guinada adicional à história. O que poderia ter acontecido se, diante do Mar Vermelho, Moisés tivesse sido apresentado às impressionantes capacidades do Google? Que palavras-chave ele poderia ter usado no mecanismo de busca, enquanto a notícia sobre a obstinada perseguição do exército do Faraó se espalhava? "Rotas de fuga criativas?" "Dicas para uma boa negociação?" "Carruagens velozes?" "Barcos"? "Ajuda"???

Não há nenhuma dúvida de que Moisés buscou ajuda. Entretanto, considerando-se o que a Bíblia diz sobre sua fé, teria ele buscado a espantosa base de dados do Google, pesquisando milhões de páginas na Internet e reportagens do noticiário, a fim de descobrir uma saída para o que parecia um obstáculo intransponível? Não preferiria ele confiar em Deus para cuidar de si mesmo e de sua importante missão?

O ponto é que, tudo o que talvez possamos concluir, graças à tecnologia, é que algumas vezes nenhuma quantidade de conhecimento humano, reunido ou ordenado para acessos rápidos, pode prover a resposta que melhor atenda às nossas necessidades. Às vezes, é necessário algo totalmente fora do convencional. Algo que ninguém jamais viu ou ouviu antes. Algo novo.

Quero dizer, novo para a mente humana.

Portanto, a que tipo de inteligência Moisés teve acesso e na qual confiou quando o exército do Faraó se aproximava, para dizer aos Israelitas: "...Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver" (Êxodo 14:13)? Sua convicção, que praticamente podemos sentir ao ler a história do Êxodo, era a de que não havia nada a temer e que uma solução salvadora de vida estava à mão. Essa percepção não poderia provir de nada que seus olhos ou ouvidos informavam, ou do raciocínio humano. Toda evidência física indicava que a jornada deles estava por um fio.

A Bíblia deixa claro que esse humilde líder volvia-se radicalmente a Deus, que é todo-inteligente, e que ele confiava em que receberia da Mente divina todas as idéias necessárias. Além disso, a idéia que veio a Moisés foi algo que a mente humana não conseguiria perceber como sábia ou até mesmo como possível, tendo em vista a difícil situação, ou seja, a idéia de que ele e os filhos de Israel deveriam seguir em frente, muito embora isso significasse literalmente caminhar rumo ao Mar Vermelho, onde "...as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda" (Êxodo 14:22). Essa idéia inovadora e verdadeiramente espiritual, não somente satisfez ás necessidades deles por orientação, mas, uma vez obedecida, continuou a revelar os meios, os incentivos e os cuidados que eles necessitavam para que pudessem continuar a seguir em frente.

Que maravilhosa lição, a de que a luz da Mente divina está sempre presente, sempre eficaz, e revela o universo de Deus perfeitamente governado e Seu amor ilimitado por todos nós. A oração, a humildade e a fé elevaram o pensamento de Moisés e o despertaram para uma percepção divinamente inteligente das coisas. Ao se render a ela, Moisés descobriu a orientação específica e sentiu a confiança que o capacitaram a seguir em frente e a cumprir sua missão.

Esse fato padroniza a revelação que qualquer um de nós pode receber. Algumas vezes, o que precisamos a fim de seguir em frente é mais do que o conhecimento humano ou a tecnologia possa proporcionar. A própria observação de Mary Baker Eddy, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, fala sobre este ponto: "Os mortais precisam olhar para além das formas finitas e desvanecentes, se quiserem conseguir o verdadeiro sentido das coisas. Onde é que o olhar se fixará, senão no reino insondável da Mente?" (p. 264).

A Mente na qual devemos aprender a confiar, a Mente que é supremamente inteligente e infinita, a Mente que emancipou uma nação com uma idéia espiritual e que continua a fazê-lo universalmente, não é humana. É divina. Devemos ponderar sobre esse fato de primordial importância, à medida que examinamos cuidadosamente as metas de expansão da acessibilidade de dados e da tecnologia.

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