O ano de 2007 passou rápido. Finalmente, o dia 8 de dezembro chegou. Não conseguia acreditar que a hora de embarcar havia chegado e que estava de malas prontas e documentos em mãos.
A despedida foi breve e logo me vi dentro de um avião que me levaria pela primeira vez para fora do país. O medo foi afastado pelas orações e a vontade de chegar logo foi o sentimento maior.
Após 12 horas de vôo, chego a Toronto, Canadá. Logo encontro brasileiros no saguão do aeroporto e fico sabendo que estudarão inglês na mesma escola que eu, o que é muito confortante.
A primeira impressão é de surpresa pela neve que cai e cobre a rodovia pela qual temos de passar. Ao sair do carro, sinto o que é um frio entre zero e 10 graus célsius e piso na neve fofa, que quase bloqueia a entrada da casa onde ficarei hospedado por dois meses. Uma família de jamaicanos, composta por uma senhora e seus dois filhos, acolhe-me e me acomoda. Tomo café e saio para aprender o caminho que terei de fazer todos os dias até a escola. Meia hora de ônibus e metrô, e pronto, chego à escola.
Ainda não havia me dado conta de que estava em outro país, com língua e cultura bem diferentes das do Brasil. "A ficha cai", quando entro em uma cafeteria e me vejo dependendo do inglês para pedir um copo de chocolate quente.
Como freqüentador da Escola Dominical da Ciência Cristã, antes mesmo de viajar já havia pesquisado na Internet quais os endereços de igrejas da Ciência Cristã em Toronto. Planejei-me para conhecer uma dessas igrejas assim que possível. Escolhi um belo domingo de céu azul e sensação térmica de 32ºC negativos para ir ao culto. Confesso que não foi nem um pouco fácil levantar da cama naquele dia, mas com o endereço na mão, fiz todo o trajeto até o local. Ao chegar, pude ver que ali funcionava apenas uma Sala de Leitura da Ciência Cristã, que não abria aos domingos. Voltei para casa decepcionado. Ao procurar na Internet, percebi que havia anotado o endereço errado. Finalmente, no domingo seguinte, encontrei a igreja que procurava.
Quando cheguei, apresentei-me como brasileiro e disse que gostaria de freqüentar a Escola Dominical. Fiquei impressionado com a receptividade. Recolheram meu casaco e me encaminharam para a sala onde já se encontravam alguns jovens. A professora que me esperava era uma indiana muito simpática.
O tema da Lição Bíblica Semanal daquela semana era Amor. Apesar de sentir dificuldade com a linguagem erudita dos trechos bíblicos, tivemos uma excelente conversa. Senti-me acolhido por aquelas pessoas, uma prova de que somos parte da mesma família universal, porque somos todos filhos do Amor, conforme esta passagem de Ciência e Saúde afirma: “O Deus da Ciência Cristã é o Amor divino, universal, eterno, que não muda, nem causa o mal...” (p. 140). Todos demonstraram interesse em saber de onde eu vinha, o que fazia no Canadá, por quanto tempo ficaria. Após o culto, a indiana me convidou para, junto com se filho, almoçar em um restaurante de comida típica de seu país. Achei aquilo o máximo e passei bons momentos com eles.
No domingo seguinte, levei uma amiga brasileira ao culto. Foi seu primeiro contato com a Ciência Cristã. Da mesma forma que eu, ela sentiuse confortada pelos bons pensamentos que as lições trazem e continuou a freqüentar a Escola Dominical, mesmo após eu ter voltado ao Brasil.
A igreja é um importante local para encontrar pessoas que pensam da mesma forma e se apóiam. Quando você está no meio de uma cultura diferente, longe de conhecidos e da família, é fácil que pensamentos ruins o atinjam. Porém, ao orar e buscar a ajuda dessas pessoas, tudo volta a ficar em harmonia. Minha experiência no Canadá foi ótima, e em parte, pelo apoio e receptividade da comunidade da Ciência Cristã de Toronto.
Em novembro viajo novamente, desta vez aos Estados Unidos. Estou animado pela chance que terei de conhecer A Igreja Mãe, em Boston. Recomendo a todos que, durante uma viagem, busquem a comunidade local da Ciência Cristã e, se possível, freqüentem seus cultos. É uma experiência que traz muitas coisas boas.
