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ESPIRITUALIDADE E CURA

A salvo em um mundo inseguro

Da edição de fevereiro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Certa mãe ligou-me recentemente para compartilhar uma idéia que lhe trouxe uma nova perspectiva. Ela estivera orando diariamente pela sua segurança, bem como pela de seu filho e de seu marido. Contudo, naquele dia em particular, veio-lhe ao pensamento que o objetivo real de nossa oração vai além de apenas manter o corpo a salvo de quaisquer danos, mas aceitar e compreender que já estamos a salvo de qualquer mal por sermos criados espiritualmente. Simplesmente não pode existir nenhuma variação nessa verdade.

“O que chamamos de segurança”, disse minha amiga, “é a realidade do amor imutável de Deus”. Concordei. Sua oração estava abordando algo ainda maior do que o mais recente problema ou a última estatística preocupante, além de elevar seu pensamento a um ponto de vista mais espiritualizado e mudar seu senso de segurança de uma proposição de "e se..." para uma certeza de que as leis divinas do bem são supremas.

Deus é Amor, a causa real da nossa existência individual. A segurança é, portanto, uma realidade central em nossa vida, mesmo em um mundo que muito freqüentemente parece definido por perigos de todo tipo.

Em minha própria família, experiências que são verdadeiros marcos demonstraram que a segurança faz parte natural do cuidado de Deus. Uma, particularmente significativa, envolvia uma aventura de escorregar na neve sobre um disco, ladeira abaixo, quando nossos filhos eram pequenos. Antes de alcançarmos o topo da colina, juntamente com uma outra família, havia orado com o Salmo 23, conforme explanado em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras.

Deus restaura e mantém nossa intuição, vigilância, sabedoria e presteza.

Mary Baker Eddy trouxe vida àquele salmo por meio da substituição da palavra Amor em lugar da palavra Senhor. Quando o li naquela manhã, achei que esse salmo era uma descrição do trabalho de Deus: sempre nos pastoreando, guiando, provendo e salvaguardando. Um determinado versículo me fez pensar como Deus restaura e mantém nossa intuição, vigilância, sabedoria e presteza: "[O Amor] refrigera-me a alma [o sentido espiritual]..." (p. 578).

Depois de algumas descidas ladeira abaixo, nós, os pais, conversávamos no topo da colina, enquanto as crianças escorregavam com o disco. Não havia ocorrido a qualquer um de nós que a descida delas estava se tornando longa o bastante para alcançar os carros estacionados no vale. Contudo, no meio da conversa, repentinamente fui impelido a olhar em volta, exatamente a tempo de ver nosso filho de seis anos descendo vertiginosamente, de costas em seu disco, sem saber que desenvolvera velocidade suficiente para atingir os carros. Ouvi-me dizendo, em voz alta, porém calma: “Josh, deite-se”! Ele me ouviu e se deitou. Em poucos segundos, ele passou por baixo de um jipe e saiu do outro lado, intacto.

Embora essa experiência talvez pareça ser extraordinária, ela descreve o tipo de segurança que qualquer um de nós pode vivenciar, especialmente quando estamos cientes de que existimos sob o governo do Amor divino. Tanto a consciência como a proteçāo fazem parte de nossa herança como filhos de Deus. Além do que não é uma nova idéia, considerando que o Salmo 23, escrito há milhares de anos, faz essas mesmas afirmações. A Ciência Cristã ilumina a constância do cuidado divino. Ela ensina como e por quê podemos viver na segurança da jurisdição de Deus. A Ciência Cristã é a demonstrável lei de Deus, a lei da Verdade, da Vida e do Amor.

Essas leis protetoras e salvadoras estão em vigor aqui e agora.

Mary Baker Eddy as descobriu como sendo o fundamento das obras de cura de Jesus, conforme descritas nos Evangelhos. Ela provou que não precisamos esperar para que essas leis protetoras e salvadoras entrem em açāo, porque elas já estão presentes, aqui e agora; precisamos somente abrir nossos olhos para compreendê-las e vivenciar a vida sob a jurisdição dessas leis, por meio da oração esclarecida. “A oração não pode modificar a Ciência do ser”, observou ela, “mas contribui para pôr-nos em harmonia com essa Ciência” (Ciência e Saúde, p. 2). Longe de ser um ato de desespero, essa oração é a prática de elevar o pensamento e o coração para discernir a presença divina. Ela envolve o tipo de inspiração que impulsionou o Salmista a declarar: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119:18). Talvez devêssemos ver a oração como um tipo de "prática de elevação do pensamento", a qual revela recursos mentais úteis, tais como: sabedoria, coragem, bom siso, clareza e intuição. Algumas vezes, talvez nos perguntemos como exatamente “abrir” os olhos para ver e vivenciar a proteçāo de Deus. Contudo, não temos de fazer isso sozinhos. Ciência e Saúde explica Sua manifestação em nossa vida como: "uma influência divina, sempre presente na consciência humana..." (p. xi). Este Cristo, a Verdade, é o que Jesus incorporava plenamente e que revela nossa saúde e segurança como inseparáveis de Deus. Esse sentido espiritual inato capacita a cada pessoa a se tornar conscientemente informada de que o bem está presente e é poderoso em nossa vida para deter o medo que ameaça nos dominar. Pedi a vários amigos que descrevessem as ocasiões em que se sentiram particularmente seguros. Um deles se referiu a uma caminhada solitária pelo deserto, em que a cada dia conversava o dia inteiro com Deus. Um outro havia sentido a presença de Deus quando evitou completamente um acidente de carro, do qual parecia impossível que ninguém saísse ferido. Eu mesmo lembrei-me de uma amiga, ministra eclesiástica, que havia se volvido ao amor de Deus durante uma tentativa de assalto, em que ela se achou expressando em voz alta a realidade do amor de Deus por seu assaltante, o que transformou uma circunstância perigosa, em uma situação completamente inofensiva. “O assalto”, disse ela, “transformou-se em um abraço.”

A oração havia elevado o pensamento e o coração dessas pessoas para discernirem a presença de Deus.

Em cada caso, essas pessoas conseguiram ver através do medo e se sentir em segurança. Suas orações haviam elevado o pensamento e o coração para discernirem a presença de Deus, responder a essa presença e, quando necessário, expressá-Lo por meio de açōes práticas. Como resultado, cada um vivenciou algo da realidade de que, conforme Ciência e Saúde o coloca: “O mal não é supremo; o bem não é impotente; nem são primárias as assim chamadas leis da matéria, nem é secundária a lei do Espírito” (p. 207). Essa realidade era verdadeira nos tempos bíblicos e o é ainda hoje. Uma das minhas conversas foi com um cunhado que, alguns anos antes, havia me ligado com um pedido urgente para orar para seu filho mais novo. Naquele momento, meu sobrinho, de cinco anos, mal conseguia respirar. Eles estavam longe de qualquer ajuda médica e, além disso, estavam acostumados a buscar a cura por meio da oração. Esse pai estava segurando seu filho nos braços, fazendo o melhor que podia para se afastar do pânico e se volver para o amor infinito sustentador de nosso Pai-Māe Deus. Lembro-me de ter me volvido naquela mesma direçāo e sentido uma certeza imediata expressada nesta resposta: “Não! Ele está a salvo e podemos prová-lo. Deus é sua Vida exatamente agora”. Tive uma convicção poderosa de um fato que Jesus tornou claro em sua parábola sobre a ovelha perdida: “...não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mateus 18:14).

Ficou claro, para mim, que a lei de Deus sustentava a vida, a respiração, a harmonia e a inteireza daquela criança.

Também compreendi que nenhuma circunstância poderia se opor à vontade divina. Uma consciência, repleta de oração sobre a presença e a autoridade de Deus, trouxe-me à imediata certeza de que meu sobrinho estava a salvo, sob os cuidados do Amor.

Dentro de poucos minutos, meu cunhado ligou para dizer que o menino estava respirando normalmente e que tudo estava bem. Ele ainda explicou que seus próprios pensamentos haviam mudado do medo para a tranqüilidade. Contou-me que fora algo semelhante a olhar através daqueles quadros chamados de “Olho Mágico”, os quais têm uma imagem escondida que, à primeira vista não consegue ser vista. Aí, repentinamente, a imagem se torna visível e assim permanece.

Meu cunhado havia percebido que o cuidado perfeito de Deus por seu filho era um fato espiritual imutável. Quando seu medo desapareceu, a evidência física da segurança do menino sob a lei divina, apareceu. Meu sobrinho, que está agora no ensino médio, nunca mais teve nenhuma recaída do problema de respiração.

A oração não se constitui em um tipo de chamada de longa distância ou bilhete de loteria. É uma elevação do pensamento segura, imediata e certa sobre o que Deus é e o que Ele está fazendo, agora mesmo. Onde quer que estejamos, Deus nos domina e nos governa, naquele exato momento e lugar. Exatamente onde você está agora, é possível sentir a lei divina de paz e proteçāo operando como uma bênção, tanto para você como para os outros. Nenhum de nós jamais se aventurou ou pode se aventurar, para além do Seu amor. Conseqüentemente, jamais estaremos do lado de fora desse Amor!

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