Para Jesus, multidões era o normal. Os Evangelhos registram que Jesus se encontrava, com freqüência, cercado por "multidões" de pessoas. Na praia ou nos montes, em jantares e festas religiosas, aqueles que se encontravam na vizinhança sentiam-se atraídos, quer pela multidão ou por seus ensinamentos e curas. Jesus não se esquivava do público, para seu próprio conforto ou para proteçāo de seu ministério, nem mesmo quando seus oponentes o ameaçavam. Ao contrário, deixava sua "luz brilhar ...diante dos homens" (Mateus 5:16, conforme a Bíblia inglesa) e se transformar em uma testemunha pública do amor de Deus pela humanidade.
O Sermão do Monte inclui a mensagem aos seus seguidores de que se ocultar não é uma boa escolha: "Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu" (Mateus 5:14–16).
Os conselhos contidos nos versos seguintes, talvez pareçam, à primeira vista, contradizer o imperativo "a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam", na verdade esclarecem e fortalecem o significado de: "Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste. ...E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará" (Mateus 6:1, 5, 6). Aqui, Jesus estabelece uma importante distinção entre deixar "brilhar" nossa "luz" e meramente exibir nossas boas ações somente para demonstrar religiosidade. O "The Interpreter's Bible" (A Bíblia Interpretada) observa que a luz do mundo não é "uma luz de propaganda", mas "a chama de um altar" (Vol. 7, p. 291). Essa luz, nossa natureza divina brilhando por meio do amor fraternal e atos de cristianismo prático, como a cura, reluz como resultado de se viver uma vida centrada em Deus.
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