Ela não parecia uma imigrante típica, mas sua situação delicada correspondia à de uma pessoa que havia trilhado o difícil caminho de viver em um novo país e aprender um novo idioma.
Certo dia, recebi uma ligação na qual me contaram sobre uma mulher, de língua espanhola, que estava vivendo em circunstâncias difíceis, na periferia de nossa comunidade. Ela era do Peru e havia se casado com um americano, que conhecera apenas alguns dias antes do casamento. Ela não falava inglês e ele não falava espanhol. O homem havia escrito a ela cartas (traduzidas por uma agência) dizendo que tinha um bom emprego, segurança financeira e que vivia na capital do estado; todas as declarações eram mais auspiciosas do que verdadeiras.
Soube que ela provinha de uma boa família, havia trabalhado como enfermeira e achava que a vinda para os Estados Unidos significaria uma vida melhor e prosperidade. Seu marido, embora profundamente apaixonado por ela, vivia em um trailer dilapidado que pertencia à sua mãe, a milhas de distância da cidade mais próxima. Ele não tinha um emprego e estava endividado porque havia emprestado dinheiro de um banco para voar até o Peru e se casar com ela.
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