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Matéria de capa

Receita e demanda, perfeito equilíbrio

Da edição de abril de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Sempre que conversávamos sobre finanças pessoais, meu sogro costumava sorrir com ironia sarcástica, dizendo que toda vez que ele conseguia equilibrar as entradas com as despesas, ou mudavam as entradas ou as despesas. Para muitos de nós, as necessidades financeiras para sustentar a família, administrar os gastos com o carro, pagar o financiamento da casa e liquidar as faturas de todos aqueles cartões de crédito demasiado tentadores, podem se transformar em um fardo.

A maioria das pessoas que conheço não é presidente de empresa nem artista de cinema, com altíssimos salários e estilos de vida suntuosos. Nós todos trabalhamos muito, e, algumas vezes, apenas sobrevivemos com dificuldade até o próximo salário. Um comentário a esse respeito faz referência às crescentes pressões sobre a classe média e se preocupa com o aumento da desigualdade entre os extremos de riqueza e pobreza no mundo. Em termos de poder aquisitivo, algumas famílias já não têm a posição que ocupavam há vinte anos e correm o risco de cair na pobreza.

Tenho constatado cada vez mais como é útil lembrar que Deus, nosso Pai-Māe, sempre foi e sempre será a fonte de todo o bem. Somos o produto dessa Fonte, a imagem e semelhança de Deus, portanto, devemos refletir as qualidades divinas em nossa vida. Deus não é como uma enorme tartaruga que põe uma grande quantidade de ovos, depois dá meia-volta, abandonando seus descendentes para que nasçam, se arrastem até o mar e se defendam sozinhos, em um mundo cruel e hostil. Ele cuida de cada um de nós e podemos perceber essa solicitude agindo em nossa vida.

Jesus mostrou, em dois exemplos, a capacidade de Deus para cuidar de Seus filhos, ao alimentar as multidões com o que parecia ser suficiente apenas para poucas pessoas. Depois de dar graças, Jesus pediu que seus discípulos distribuíssem o alimento e havia mais do que o suficiente para todos. Esses dois eventos devem ter sido experiências fascinantes para seus seguidores, afinal, aparecem em três dos quatro evangelhos.

Mary Baker Eddy certa vez observou: “Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes—sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento" (Ciência e Saúde, p. 206). A oração, que nos faz mergulhar fundo no Espírito e em nossos recursos espirituais, pode romper com o sonho de que todos estamos presos a um salário baixo demais. Tal comunhão com Deus nos ajuda a perceber essa verdade. Como alguém pode atingir esse ponto? Às vezes, tudo o que se requer é um raio de sol sobre a folha de uma planta.

Certo dia de verão, enquanto levava meu cachorro para um passeio, fiquei impressionado com a beleza ao meu redor, admirando os raios de sol que penetravam por entre as árvores, iluminando suas inumeráveis folhas. Para mim, cada uma dessas folhas representava uma idéia de Deus, uma expressão única de forma, cor e contorno. Cada uma delas tinha um propósito. Como cada folha contribuía para a beleza do bosque, cada uma delas era boa. Sempre estamos rodeados e sustentados pelas idéias de Deus e cada uma delas é especial, boa e bela. Elas são inumeráveis e beneficiam a todos igualmente. Para mim, essa foi uma poderosa lição sobre o abundante amor de Deus por Sua criação. Naquele momento, compreendi que minha família e eu estávamos protegidos e cuidados pelo terno e generoso Pai-Māe. Senti que pisava em solo santo.

Quando voltei para casa, o telefone tocou. Nossa filha havia recebido uma bolsa de estudos para uma ótima escola, o que colocava ao nosso alcance essa oportunida-de educacional. Uma experiência pequena, mas significativa para mim. Estivera pensando em como ajudar nossa filha. Aquele curto passeio pelo bosque me mostrou que Deus estava ajudando e que eu apenas precisava me volver a Ele.

Como cada folha contribuía para a beleza do bosque, cada uma delas era boa. Sempre estamos rodeados e sustentados pelas idéias de Deus e cada uma delas é especial, boa e bela.

Compreender a Deus como Espírito, como a única e inexaurível substância de todo o bem, pode nos trazer segurança contra os declínios na atividade econômica, os cortes de pessoal nas empresas e os custos crescentes. Todos esses desafios estão fundamentados no medo de recursos limitados, de mercados fora de controle ou de poucas perspectivas de progresso profissional. Contudo, o amor ilimitado do Espírito divino traz à luz, de forma natural, as possibilidades ilimitadas.

Isso não quer dizer que uma enorme soma em dinheiro aparecerá, como que por mágica, para sustentar um fabuloso estilo de vida. Afinal, Jesus não transformou pães e peixes em um grandioso banquete com pratos variados e sofisticados! Ele mostrou que nossos recursos espirituais, ou seja, o abundante fluxo de idéias provenientes de Deus, quando discernidos através das lentes da gratidão que sentimos por Seu amor abundante, satisfazem plenamente às nossas necessidades imediatas.

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