Freqüentemente, definimos a pobreza em seus termos básicos: a dolorosa falta de alimento ou o clamor por abrigo, por exemplo. Contudo, existe também uma pobreza espiritual que é igualmente muito debilitante. Ela pode surgir como uma fome por amigos, propósito, oportunidades, status; como falta de idéias, de inspiração, de inovação; como falta de sensibilidade e de afeição.
No mundo industrializado existe tamanha avalanche de coisas materiais com o objetivo de gratificar os desejos humanos, que se poderia chamar de "pobreza da abundância", na qual as pessoas tentam aplacar sua sensação de vazio, por meio do vício, do consumo desenfreado, dos relacionamentos impulsivos, os quais são, em última análise, insatisfatórios.
Falando desse sentido mortal de vida, o profeta Ageu disse: "Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado" (Ageu 1:6).