Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

A solução para a pobreza espiritual

Da edição de abril de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


Freqüentemente, definimos a pobreza em seus termos básicos: a dolorosa falta de alimento ou o clamor por abrigo, por exemplo. Contudo, existe também uma pobreza espiritual que é igualmente muito debilitante. Ela pode surgir como uma fome por amigos, propósito, oportunidades, status; como falta de idéias, de inspiração, de inovação; como falta de sensibilidade e de afeição.

No mundo industrializado existe tamanha avalanche de coisas materiais com o objetivo de gratificar os desejos humanos, que se poderia chamar de "pobreza da abundância", na qual as pessoas tentam aplacar sua sensação de vazio, por meio do vício, do consumo desenfreado, dos relacionamentos impulsivos, os quais são, em última análise, insatisfatórios.

Falando desse sentido mortal de vida, o profeta Ageu disse: "Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado" (Ageu 1:6).

Naturalmente, não é errado desejar boas coisas. A questão é, de onde as boas coisas provêm e qual a substância delas? Cristo Jesus garantiu: "Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas cousas vos serão acrescentadas" (Lucas 12:31). Esse grande ensinamento do Mestre orienta a nos afastar da crença de que podemos encontrar satisfação na vida, saciando-nos com bens materiais.

O bem é inteiramente espiritual

Ajuda muito compreender que o bem é inteiramente espiritual, encontrado somente em Deus, o Espírito. Quando buscamos o reino de Deus, o Espírito, nos é assegurado que o bem que recebemos será permanente e real. Quando reconhecemos a nós mesmos como espirituais, sob os cuidados de um Deus amoroso, podemos nos libertar de impulsos materialistas que realmente não nos trazem paz.

O Salmista tornou claro o elo que existe entre a identidade espiritual e a satisfação, quando escreveu: "...quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança" (Salmos 17:15).

Como o reflexo em um espelho inclui tudo o que a pessoa em frente ao espelho possui, você e eu refletimos a Deus e expressamos Seu bem infinito. Quando despertamos para a nossa identidade verdadeira como a semelhança de Deus, ou seja, quando nos sentimos alimentados e sustentados pelo Amor divino, descobrimos que já possuímos todo o bem por reflexo.

A solução fundamental para a pobreza, então, é a compreensão de nossa identidade verdadeira como os filhos e filhas de Deus, nossa única origem real. O conceito de homem como mortal, portanto limitado, por definição presume carência endêmica. Essa percepção sobre o homem como separado do Amor divino, a fonte de todo o bem, é um conceito errôneo que não tem nenhuma realidade, porque Deus criou somente o bem e a perfeição.

Temos uma conexão eterna com Deus

Percebermos a nós mesmos como espirituais, exige uma mudança de pensamento. Jesus disse: "...se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3), e "nascer de novo" significa recuperar nossa relação pré-existente e eterna com Deus como nosso Pai-Māe, ou seja, não nascidos da carne; não tendo começado na matéria ou através da matéria.

O caminho para essa compreensão está claramente explicado por Mary Baker Eddy em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: "Se os homens compreendessem que sua verdadeira fonte espiritual é toda bem-aventurança, esforçar-se-iam por refugiar-se no espiritual e estariam em paz; porém, quanto mais profundo o erro em que a mente mortal está mergulhada, tanto mais intensa a oposição à espiritualidade, até que o erro ceda à Verdade" (p. 329).

O esforço para recorrer à nossa fonte espiritual é realmente uma luta com o nosso próprio senso falso de existência. Nós não criamos nossa união com Deus. Nós a descobrimos, porque ela já é um fato espiritual. Nós não criamos um tesouro enterrado na areia; nós o descobrimos quando removemos a areia.

Deveríamos constantemente nos esforçar para rejeitar o materialismo

Supõe-se que a mente mortal seja o oposto da Mente divina, ou Deus. Ela sugere todo tipo de pensamentos errôneos, a fim de nos convencer de que somos algo que não somos, ou seja, areia em vez de tesouro. Jesus ensinou que temos de, constantemente, rejeitar o materialismo e a tentação da carne, a fim de reconhecermos e aceitarmos o bem que já está à mão.

A sensualidade, o elemento básico da mente mortal, talvez seja a tentação carnal que mais necessita ser destruída. Ela afasta nossos pensamentos de Deus, o Espírito puro e não adulterado, a fonte de todo o bem, e alimenta todas as características que geram a limitação. Ela é ávida, egoísta e busca satisfação em coisas materiais.

O Cristo, o poder divino que animava a vida de Jesus, é o oposto de toda a sensualidade. Ele é a expressão do Próprio Deus. O Cristo opera em cada faceta da vida, por meio da lei espiritual, o Espírito Santo ou Ciência divina. Ele penetra as trevas da mente mortal arrogante.

Ninguém está fora do alcance do Cristo

Não existe nenhum muro de resistência que o Cristo não possa penetrar, nenhuma voluntariosidade que não possa suavizar, nenhuma auto-indulgência que não possa dissolver. Ninguém pode cair tão profundamente em um poço de sofrimento, que o Cristo não possa encontrá-lo e trazê-lo de volta para a luz. Isso se dá porque o Cristo está constantemente falando à consciência humana, dizendo que, agora mesmo, somos os filhos de Deus, amados, acalentados e cuidados.

O materialismo e o sensualismo são incapazes de resistir à atividade e presença perpétuas do Cristo. A parábola de Jesus sobre o filho pródigo mostra isso muito claramente. O filho insensato, ilustrando a visão materialista da vida, deixa a casa de seu pai, toma todas as suas posses e as perde pela autoindulgência. Sua vida fica reduzida a uma pobreza abjeta.

Contudo, seu sofrimento finalmente faz com que ele "caia em si mesmo" e desperte para as exigências do Cristo. Ele volta para seu pai, Deus, a fonte de todo o bem, e descobre que, na verdade, não havia perdido nada.

Ciência e Saúde mostra o que acontece no pensamento: "Despertando ante o mandado do Cristo, os mortais experimentam sofrimentos. Isso os obriga, como homens que se estão afogando, a fazer esforços vigorosos para salvar-se; e pelo amor precioso de Cristo, esses esforços são coroados de êxito" (p. 22).

O Cristo dispersa a neblina limitadora do materialismo

O Cristo renova e regenera a mente mortal, destruindo a sensualidade e a neblina do materialismo, que limita nossa experiência. A ninguém, em qualquer nação, podem ser negadas as ministrações do Cristo, porque ele está sempre presente na consciência humana.

O chamado de pastor do Cristo e a atividade do Espírito Santo nos asseguram a promessa de que Jesus está disponível hoje: "Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino" (Lucas 12:32).

Essa garantia está destinada a cada um de nós, não importa quem somos ou onde estamos. Nesse reino, que está aqui, agora, não existe nenhuma carência, nenhum ser não realizado. Na presença de Deus, todas as necessidades são abundantemente supridas.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 2008

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.