“Quem canta seus males espanta”. Esse provérbio popular me faz lembrar dos dizeres populares que minha avó materna sempre narrava em momentos oportunos.
“A música é o ritmo da cabeça e do coração” (Ciência e Saúde, p. 213). Para mim, essas palavras de Mary Baker Eddy mostram que a música eleva a alma. Uma prova disso é que quando cantamos hinos com alegria e entusiasmo nos cultos dominicais das igrejas da Ciência Cristã, elevamos o pensamento em melodiosas orações.
Tenho enorme apreço pelo Hinário da Ciência Cristã e uso bastante os hinos em minhas orações. Certo domingo, um jovem membro da Sociedade de Ciência Cristã que freqüento, comentou que meu hinário estava bem “velhinho” e eu lhe respondi que era porque eu o utilizava bastante. O Hinário é sem dúvida um complemento para o estudo dos Cientistas Cristãos, pois, em qualquer necessidade, os hinos cumprem sua missão de anjos e sempre confortam com a inspiração de que necessitamos para achar consolo.
Certa vez, meu marido e eu precisamos dirigir de Laguna para Florianópolis. Fiquei um pouco preocupada, pois, devido a uma situação de emergência, viajaríamos 150km durante a noite.
Logo, lembrei-me de um hino bastante oportuno, cujas primeiras estrofes dizem:
"Deus é salvação segura;
Sob o seu poder estás.
Nunca deixes tal morada,
Pois alento ali terás.
Hostes de anjos ele manda
A velar teu viajar;
Se em hostis caminhos andas.
Teu refúgio Deus será”.
(Hinário da Ciência Cristã, 33)
Fui me acalmando, quando, de repente, após passarmos por uma curva bastante fechada e perigosa, deparamo-nos com dois caminhões vindo em nossa direção. Dirigíamos em uma pista de mão dupla e um caminhão estava ultrapassando o outro, ou seja, não haveria espaço para nosso carro passar e a colisão com um deles era certa.
Rapidamente, lembrei-me da terceira estrofe do hino 33 do Hinário:
Os hinos me vêm ao pensamento por inspiração e cumprem seu propósito sanador.
“Em meu Deus não há tumulto,
Mal sutil, nem agressão;
Nunca temas laço oculto,
Nessa eterna habitação”.
Em uma fraçāo de segundos, os caminhões acertaram suas posições e nosso carro passou normalmente.
Continuei a cantar o hino, com o coração transbordando de gratidão; era como se as portas do Amor tivessem aberto o caminho para nós.
Sempre que preciso, os hinos me vêm ao pensamento por inspiração e cumprem seu propósito sanador.
Os hinos também me ajudaram certo dia, durante as férias de varão de 2004, quando acordei com um forte mal-estar e sintomas de gripe.
Como era aniversário de um dos meus netos, aquele seria um dia bastante atarefado. Depois do desjejum, levei o aniversariante para cortar o cabelo. Logo depois, iríamos com a família para nossa casa na praia, onde haveria uma festinha para o menino. Ninguém notou meu desconforto.
No caminho para a barbearia, procurava elevar o pensamento para me livrar do mal-estar. Naquele momento, passamos em frente a uma farmácia, o que me fez lembrar das propagandas de remédios que prometem alívio imediato para os sintomas que sentia. Contudo, rebati a sugestão de que precisava tomar algum medicamento, pois a cura é espiritual. Lembrei-me desta mensagem:
“Fiel ao alto ideal,
Escuta a voz que há em ti;
Teu ser perfeito, tão real,
Jamais pecou sublime é”.
(Hinário da Ciência Cristã, 20)
Como aconteceu na estrada, continuei a cantarolar todo o hino e a manter o pensamento nessas verdades. Tudo o que precisava ser feito naquele dia foi cumprido. A festinha foi um sucesso, meu neto estava muito feliz vestido com o uniforme de seu time favorito.
Ao final do dia, lembrei-me do desafio da manhã e me dei conta de que a dor havia sumido naturalmente, sem que me apercebesse.
Há alguns anos, fomos presenteados com uma coleçāo de CDs que contém hinos do Hinário da Ciência Cristã. O presente foi muito bem-vindo, afinal, é uma maneira de aprender a cantar de cor todos os hinos que tanto me inspiram.
