Conheci a Ciência Cristã durante a adolescência, quando sofria de constantes crises de bronquite. Naquela época, meu pai tinha uma mercearia que ficava muito próxima a uma igreja da Ciência Cristã. Certo dia, alguns membros dessa igreja, que também eram fregueses da mercearia, notaram a tristeza de minha mãe e lhe perguntaram o motivo de sentir-se daquela forma. Ao relatar meu problema de saúde, eles a convidaram para assistir a um culto da Ciência Cristã. Logo passei a frequentar a Escola Dominical da Ciência Cristã.
Naquela época eu estava com 15 anos de idade, mas já percebia que os conceitos ensinados na Escola Dominical eram diferentes de tudo o que eu conhecia e isso me agradava muito, pois abria meu pensamento para uma compreensão melhor de Deus.
Meu problema de saúde, contudo, piorava gradativamente, até que se agravou demais. Então, pedi para uma Praticista da Ciência Cristã que orasse por mim.
Começamos o tratamento pela oração, mas um dia tive uma crise muito forte e acabei sendo levado ao hospital. Ao receber alta, percebi que necessitava me dedicar com mais afinco ao estudo da Ciência Cristã, buscar inspiração e seguir com mais seriedade as orientações da praticista. Para que eu me sentisse mais fortalecido, ela começou a me explicar que Deus é Amor e me incentivava a procurar na Bíblia e em Ciência e Saúde as referências que declaravam a onipotência de Deus e as verdades sobre minha filiação espiritual e perfeita.
Lembro-me de ter estudado bastante o capítulo 4 da Primeira Epístola de João, mas este versículo, em especial, chamou bastante a minha atenção: “...Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” (4:16). Outra passagem que me tocou foi: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13:13). Entendi que a percepção que eu tinha de amor era apenas humana, a de um sentimento entre duas pessoas. Entretanto, ao ler essas passagens, passei a compreender o Amor como um dos sete sinônimos de Deus, algo muito amplo e que abrange a toda a humanidade, não apenas a um número restrito de pessoas.
Procurei em Ciência e Saúde alguns trechos que ampliassem meu conceito sobre Deus e encontrei dois no capítulo intitulado “Recapitulação”. O primeiro foi: “Deus é Mente, Espírito, Alma, Princípio, Vida, Verdade, Amor, incorpóreos, divinos, supremos, infinitos” (p. 465), e o segundo: “...Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo...” (p. 468). Esse estudo de fato expandiu minha compreensão sobre Deus. Ao refletir sobre a frase: “Deus é Tudo-em-tudo”, comecei a entender que se Ele é infinito e é Amor, eu, como Sua imagem e semelhança, só posso refletir o bem, nunca o mal, a doença ou o medo. Percebi que os sintomas de bronquite eram apenas uma sugestão, não a verdade sobre a perfeição de Deus, a qual eu reflito. Mais à frente, no mesmo capítulo, li a definição de homem, termo que engloba homens, mulheres e crianças: “O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos e de outros elementos materiais. As Escrituras nos informam que o homem é feito à imagem e semelhança de Deus...” (p. 475). Reconheci então que, se Deus é Espírito, eu, como Seu reflexo, sou espiritual, e expresso somente aquilo que Deus é, o bem. A praticista me explicava esse conceito fazendo esta analogia: assim como o raio de sol é um com o sol, sua fonte de calor e de luz, eu também sou um com Deus; eu coexisto com Ele. Essas ideias foram elevando meu pensamento a Deus, o que alterou minha postura diante do problema.
Essa mudança de atitude me deu forças, quando tive outra crise muito forte de bronquite. Naquele dia, decidi não tomar mais nenhuma medicação nem ir para o hospital, mas liguei para a praticista e lhe pedi que me apoiasse em oração. Dormi pouco durante a noite, mas estava seguro de que poderia colocar em prática o que aprendia na Ciência Cristã, e alcançar a cura permanente pela oração.
Conseguir passar a noite sem fazer uso de remédios e inalações, ou sem ir para o hospital, representou uma grande vitória para mim, pois eliminou o grande medo que eu tinha daqueles sintomas. Na manhã seguinte, encontrei com a praticista e informei a ela que eu permaneceria firme no tratamento pela Ciência Cristã.
A partir daquela ocasião, que ocorreu em 1978, as crises foram se tornando cada vez mais amenas, esporádicas e fáceis de serem vencidas, pois eu perdera o medo e adquirira cada vez mais a firmeza de que poderia enfrentar o problema somente pela oração, procedimento que mantive até alcançar a cura completa, em 1984, quando tive a última crise de bronquite.
Lembro-me de uma ocasião, que ocorreu algum tempo após meu casamento, quando minha esposa ameaçou ter uma crise igual às que eu tivera. Como ela também estudava a Ciência Cristã, oramos juntos, reconhecendo a irrealidade de algo que não procede de Deus. Ela ficou totalmente livre dos sintomas de bronquite.
Alguns anos mais tarde, esse problema também apareceu no Fábio, nosso primeiro filho. Ainda pequeno, com um ano e meio, notamos que ele apresentava os mesmos sintomas. Para acalmar o medo que os avós sentiam de que a situação se agravasse, levamos o Fábio ao hospital em uma das crises. Entretanto, minha esposa e eu percebemos a necessidade de orar para livrar nosso filho daqueles sintomas e pedimos que um praticista nos apoiasse pela oração.
Naquela noite, no quarto do Fábio, enquanto orava e lia passagens que haviam me ajudado a alcançar a cura, observei que ele expeliu algo amarelo, voltou a respirar normalmente e adormeceu. Naquele momento, percebi que meu filho estava curado. De fato, ele não apresentou mais os sintomas. Fiquei muito grato a Deus por essa cura instantânea. Hoje, Fábio tem 23 anos e é um rapaz saudável.
O estudo e prática da Ciência Cristã fortaleceram a minha fé e trouxeram bênçãos para minha família e para mim. Ao longo dos anos, temos obtido saúde e harmonia em todos os aspectos de nossa vida.
