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O sustento divino é vitalício

Da edição de julho de 2010 dO Arauto da Ciência Cristã


Após muitos anos de trabalho dedicado a uma grande empresa, perdi o emprego e me aposentei pela Previdência Social.

Morava com minha esposa e filhos em local longínquo, para onde havia sido transferido por essa empresa fazia alguns anos. Como precisava retornar ao mercado de trabalho para recompor meus ganhos financeiros, saímos daquela localidade em busca de melhores oportunidades. Tentei várias alternativas, porém, não conseguia achar nenhum emprego estável. Então, de volta ao nosso local de origem, Curitiba, abrimos uma microempresa que durou apenas dois anos.

Às vezes, recebia notícias de ex-colegas de trabalho que sinalizavam a respeito de meus direitos sobre complementação de aposentadoria, pois a empresa em que eu trabalhava tinha um fundo previsto para ajustar o salário de funcionários aposentados. Com o passar do tempo, a empresa assumira uma nova postura de gestão que extinguiu esse benefício e o substituiu por outra modalidade. Entretanto, os funcionários que haviam se aposentado antes dessa mudança, como eu, tinham direito a receber a complementação salarial. Eu tinha conhecimento de algumas pessoas, nessa categoria, que haviam recorrido à justiça e recebido o benefício. Por outro lado, a grande maioria não o recebeu. A empresa fazia acordos e abafava os casos que afloravam na esfera judicial.

Procurei, então, assistência jurídica e meu advogado ingressou com uma ação de cobrança judicial, na área cível, no início de 2003. No decorrer do processo, foi-me apresentado um acordo judicial visando a liquidar o assunto. A quantia oferecida era considerável, mas não me proveria para o futuro. Não aceitei a proposta, pois sabia que era meu direito obter a complementação vitalícia.

Em maio de 2006, após três anos de tramitação em primeira instância, a sentença foi de improcedência em relação ao meu pedido, e eu precisaria arcar com os ônus processuais.

Lembro-me de forma clara que exatamente na semana em que saiu essa sentença judicial, ao estudar o tema da Lição Bíblica Semanal, saltou-me aos aos olhos este trecho: "O Senhor afastou as sentenças que eram contra ti e lançou fora o teu inimigo. O Rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti; tu já não verás mal algum" (Sofonias 3:15). Senti-me revigorado com essas palavras; era como se tivessem sido selecionadas especificamente para mim.

Refleti sobre essa passagem diante do naufrágio da ação judicial e da importante e enaltecedora mensagem do Profeta. Essas ideias trouxeram-me alento e esperança, pela descoberta espiritual que eleva o discernimento para além das opiniões falíveis e possibilita vislumbrar as reais e gloriosas promessas do bem sempre presente. Trouxe-me alívio saber que, na realidade divina, na qual meu direito à complementação vitalícia nunca me havia sido negado, não poderia haver uma sentença de derrota como fruto de uma injustiça.

Incontinente, meu advogado recorreu para a segunda instância do Tribunal de Justiça e em breve tempo conseguiu reverter a decisão, obtendo ganho de causa. Em meados de 2007, contudo, visando mudar esse resultado, a parte contrária utilizou um recurso especial, transferindo o processo à mais alta Corte Judicial.

Durante o tempo em que o processo tramitava, encontrei conforto em muitas passagens de Ciência e Saúde e da Bíblia, principalmente de Salmos e de Provérbios. Durante o estudo de outra Lição Bíblica Semanal, renovei minhas esperanças ao ler um trecho no qual o apóstolo João, por inspiração divina, envia carta à Igreja em Filadélfia, a qual diz: "Conheço tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. ... Venho sem demora" (Apocalipse 3:8, 11).

Também encontrei esta referência bíblica em Ciência e Saúde: "É preciso que a paciência realize sua 'obra perfeita' " (p. 454). Entendi com essas passagens que Deus é supremo e que governa o hoje e o amanhã.

Trouxe-me alívio saber que, na realidade divina, na qual meu direito à complementação vitalícia nunca me havia sido negado, não poderia haver uma sentença de derrota como fruto de uma injustiça.

Em abril de 2009, saiu a decisão definitiva negando o recurso da parte contrária e confirmando o acórdão que havia sido dado em segundo grau e que me favorecia.

Diante da vitória, registro minha profunda gratidão a todos que me ajudaram durante essa trajetória: ao apoio em oração de minha esposa, aos advogados, que expressando sabedoria e discernimento, conduziram o processo, aos praticistas da Ciência Cristã que tomaram conhecimento do processo e me apoiaram em diferentes momentos. Também sou grato à palavra inspirada da Bíblia e à Ciência Cristã, cujos ensinamentos me serviram de constante fonte de inspiração e força. Para mim, essa foi uma prova de que a justiça humana de fato pode refletir a justiça divina.

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