"Temer é crer!" Esse anúncio de um recente filme de terror me cumprimentava toda vez que entrava na Internet para checar meus e-mails. Com base naquilo que aprendera em meu estudo da Ciência Cristã sobre a natureza da vida e do universo, ele me fazia rir, pois sabia que sua mensagem era absolutamente verdadeira.
Quando tememos alguma coisa, acreditamos que podemos ser prejudicados por ela. Consequentemente, quando acreditamos que alguma coisa possa nos prejudicar, nós a tememos.
Esses dois aspectos do pensamento estão inexoravelmente conectados. Com certeza, é legítimo temer algo que pode nos causar danos. Entretanto, muito frequentemente, o que tememos na verdade não tem poder, a não ser que estejamos dispostos a Ihe dar poder por Ihe dar crédito.
Há aproximadamente dois anos, percebi que caíra na armadilha de temer e acreditar, e o resultado foi sofrimento. Eu estivera me sentindo muito bem, mas, três fortes espirros repentinamente estremeceram todo meu corpo. Estava em meio a um violento resfriado.
Descobrira que a oração é o meio mais rápido de deter a doença
Parei imediatamente tudo o que estava fazendo e comecei a orar, porque descobrira que esse é o meio mais rápido de deter a doença. Volvi meu pensamento, em todos os momentos do dia, para o que é espiritualmente verdadeiro a meu respeito, para o que o Amor divino, meu Pai-Mãe Deus, sabe ser verdadeiro sobre mim.
Uma vez que essa era a "época do ano" em que milhares de pessoas têm resfriados, uma ideia aceita pela maioria é que "é assim mesmo que as coisas devem ser." Entretanto, eu sabia que, como primeiro passo, precisava parar de acreditar naquilo que Mary Baker Eddy chamou de "consentimento geral".
Em um artigo intitulado "Contágio", ela escreveu: "As pessoas acreditam em doenças infecciosas e contagiosas, e que qualquer um está sujeito a contraí-las, em virtude de determinadas causas predisponentes e excitantes. Esse estado mental nos prepara para contrair qualquer doença, sempre que se apresentem as circunstâncias que, acreditamos, a provocam" (Miscellaneous Writings 1883-1896, pp. 228-229).
O contágio não tem poder de nos causar danos
Mary Baker Eddy esclarece nesse artigo que o contágio não tem poder de nos causar danos. Deus é o único poder e Sua criação é espiritual, sujeita apenas a causas espirituais e a seus efeitos.
Havia estudado essa ideia muitas vezes e achei que era um bom momento para começar a orar para derrotar os sintomas de resfriado, mas parecia haver outras coisas acontecendo por trás desse problema específico. Sentei-me calmamente e aquietei meu pensamento para que pudesse ouvir o que Deus tinha a me dizer.
Uma imagem dos acontecimentos que ocorreram mais cedo naquele dia, passou pela minha mente. Havia me apresentado como voluntária para ajudar na classe do jardim de infância da minha filha e havia crianças com o nariz escorrendo por toda parte. Visões de germes e bactérias por toda a sala e sobre as mesas que eu limpara haviam se instalado em meu pensamento. Havia permitido que permanecessem ali.
Os germes não tinham nenhum poder para me fazer adoecer
Ora, pensei, ali estava meu verdadeiro problema. Não o fato de ter estado próxima de crianças doentes ou de mesas cheias de germes, mas o fato de eu ter acreditado, de forma imprevidente, no temor generalizado, na crença de que essas situações poderiam me tornar (ou aquelas crianças) doente. Os germes não têm nenhum poder de me fazer adoecer; era minha crença neles e o temor que sentia por eles que estavam por trás dos sintomas de resfriado que sentia.
Mary Baker Eddy escreveu: "Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver concretizados no corpo, tu te governas harmoniosamente" (Ciência e Saúde, p. 392). Eu tinha lido esse trecho muitas vezes em Ciência e Saúde, e certamente o apliquei naquele momento. Havia permitido a entrada de conclusões desarmoniosas e estava colhendo um resultado muito desarmonioso.
A passagem continua: "Quando se apresenta a condição que, segundo dizes, causa a moléstia, quer seja ar, exercício, hereditariedade, contágio ou acidente, então desempenha tua função como porteiro e veda a entrada a esses pensamentos e temores doentios. Exclui da mente mortal os erros nocivos; então, o corpo não poderá sofrer por causa deles" (Ibidem, p. 392).
Não tinha de me livrar de "germes". Os pensamentos e os temores insalubres que haviam penetrado em minha consciência eram o que precisava ser corrigido, não o que havia entrado em meu corpo. Essa correção era algo que eu podia fazer!
Deus nunca havia criado germes ou doença
Imediatamente reconheci que um Deus todo-bom e todo-poderoso nunca havia criado germes ou doença, portanto, eles não tinham nenhum poder para fazer algo contra mim ou qualquer outra pessoa. Deus criara tudo e fizera tudo bom, puro e perfeito. Não havia espaço naquela criação para algo como bactérias e germes improdutivos, e isso é definitivo.
Aquele foi o fim do problema, exatamente naquele momento. Pensamento corrigido, crença removida, medo acalmado, resultado: corpo saudável. Passei o resto do dia livre dos sintomas e trabalhei naquela sala de aula em outras ocasiões, sem mais problemas.
Na conclusão de seu artigo "Contágio", Mary Baker Eddy mencionou: "Um estado mental cristão e calmo é melhor preventivo contra o contágio do que uma droga ou qualquer outro método sanitário possível; e o "perfeito Amor" que "lança fora o medo" é defesa segura" (Miscellaneous Writings 1893-1896, p. 229).
Podemos confiar que essa defesa segura sempre virá em nosso socorro, exatamente como o fez naquele dia em meu caso, como também para nos proteger antecipadamente, como tem continuado a fazer por mim. Sempre que me volvo para a natureza do Amor, Deus, sei que estou fazendo uso do melhor método preventivo contra a doença.
