Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Esperança e consolo diretamente do Japão

Da edição de junho de 2011 dO Arauto da Ciência Cristã


Os artigos desta seção foram originalmente escritos assim que os terremotos, seguidos de tsunami, ocorreram no Japão, em março deste ano. Fujiko, que é Praticista, Conferencista e Professora de Ciência Cristã, estava no Japão durante esses eventos e escreveu este artigo de lá. Ela foi Presidente dA Igreja Mãe de 7 de junho de 2010 a 5 de junho de 2011, e divide seu tempo entre Pleasant Gap, Pensilvânia, EUA, e Tóquio, Japão, onde leciona.

Aqui em Tóquio, criei um arquivo de e-mails chamado "bênçãos da terra" (não "terremoto"), uma coleção de mais de 150 mensagens de bênçãos e de esperança para que o Japão sobreviva a um dos acontecimentos mais tristes da história recente.

A razão pela qual chamo esse arquivo de "bênçãos da terra" é porque insisto em ver a beleza das dádivas da terra, ao invés de analisar as calamidades causadas pela natureza.

A única maneira que temos para melhorar este planeta, que é o nosso lar, é ver a terra a partir de uma perspectiva mais espiritual, a fim de compreendermos o significado de "Venha o teu reino" e "Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu", declarações de Cristo Jesus na Oração do Senhor, que ele deixou para toda a humanidade. A fundadora de The Christian Science Monitor e dO Arauto, Mary Baker Eddy, acrescentou a essas linhas aquilo que ela definiu como sendo seu sentido espiritual: "O Teu reino já veio; Tu estás sempre presente"; e "Faze-nos saber que—como no céu, assim também na terra—Deus é onipotente, supremo" (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, pp. 16-17).

A única luz no fim de um longo túnel de materialismo é a espiritualização do nosso pensamento. Em meio à devastação, é fácil tentar medir nossa existência a partir de uma perspectiva material, ou seja, o medo da privação e a sensação da necessidade de lutar contra o suprimento limitado, quer seja de energia ou de oportunidade. Mas isso nos leva somente a repetir a história da criação e da destruição materiais. Além disso, confiar na força material para vencer conflitos e inquietações é outro aspecto da perspectiva material improdutiva.

Uma perspectiva espiritual, porém, pode ser expressa diariamente em paciência, calma e paz. Podem essas qualidades acalmar os efeitos de um terremoto e de um tsunami?

Quando o terremoto, o maior que já vivenciei, atingiu Tóquio, minha vizinha foi consolada por um americano que apareceu e lhe disse firmemente: "Daijyobu desu, daijyobu" ("Está tudo bem, está tudo bem"). Minha vizinha disse que se sentiu repentinamente banhada pela paz e o medo desapareceu. O que estava por trás dessas simples palavras?

Tal comentário me lembrou do relato de Jesus, que literalmente acalmou uma tempestade ao dizer, certamente com firmeza e em voz alta, "Acalma-te, emudece!" (Marcos 4:39).

Pode o simples fato de pronunciar a mera frase: "Acalma-te, emudece" acalmar uma tempestade, o vento e o fogo? Ou seria algo mais, como perceber com convicção nosso "domínio" sobre a terra, a partir de uma perspectiva mais elevada do que a física, um ponto de vista metafísico e espiritual?

Ouvi recentemente um comentário que concluía que Jesus não acalmou a tempestade, mas, em vez disso, convidou aqueles que estavam ao seu redor para a sua paz, a paz que provém do domínio sobre as leis da física. Sob a lei divina, a tempestade se tornou nula, o nada, sem nenhum poder. A tempestade não era a força real para o mestre sanador. A paz o era.

Jesus prometeu nos dar a paz, mas não como uma condição humana, como mera ausência de guerra ou conflito. Para mim, ele queria dizer a paz eterna, que prevalece sobre o universo e o mantém em ordem.

Será que perdemos essa paz? Não, nunca! Podemos senti-la aqui e agora. Nascemos com essa paz e podemos revivê-la e trazê-la para a própria linha de frente da nossa consciência, a fim de exercermos nosso domínio sobre a "terra", que é descrita por Mary Baker Eddy como representando "uma ideia composta" (Ciência e Saúde, p. 585). Sob essa luz, podemos ver a terra como composta de ideias espirituais, ou seja, todas as ideias corretas, tais como: paz, calma, inteligência, criatividade, generosidade e amor. Além disso, o homem, incluindo cada um de nós criado à imagem e semelhança de Deus, conforme declarado no primeiro capítulo do Gênesis, é a ideia mais elevada e pode ter domínio sobre o que chamamos "natureza". A natureza deve coincidir com a vontade divina, que é harmoniosa e boa. Portanto, o desastre não é natural, mas desnatural. Jesus é o professor e modelo que nos mostrou como ter domínio sobre a tempestade e outros ruídos que nos impedem de exercer nosso direito divino.

A paz e a calma foram muito expressadas aqui no Japão, não porque sucumbimos ao desastre, mas porque, de forma inata, sabemos e sentimos essa paz com amor. Durante a época do Natal, Jesus é chamado com frequencia de "Príncipe da paz" e nos lembramos do relato bíblico sobre os anjos que declaram a verdadeira e única vontade de Deus: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem" (Lucas 2:14).

Jesus também disse: "Deixovos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Essa paz pode curar. Neste dia, podemos estar conscientes dessa paz, declarando nosso domínio espiritual sobre a destruição material.

Toda a oração e o amor que vocês estão nos enviando traz essa paz ao mundo inteiro—o domínio sobre a terra, nosso maravilhoso lar.

Esta é a tradução do artigo religioso de The Christian Science Monitor, do dia 14 de março de 2011, intitulado em inglês "Hope and comfort from Japan".

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 2011

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.