Nunca vou esquecer de como me senti em meu primeiro dia de aula no Ensino Médio. Havia acabado de me mudar de Saint Louis, Missouri, para Denver, Colorado, EUA, ou seja, de Principia, uma pequena escola particular para Cientistas Cristãos, para uma grande escola pública. Sem perceber, havia me convencido de que só poderia ser aceita e amada por pessoas que compartilhavam da minha religião. Fiquei apavorada por ter de frequentar uma escola onde a única pessoa conhecida era meu irmão. Os professores não me conheciam, e não havia nenhuma restrição quanto à forma de se vestir; os alunos usavam piercings, tatuagens, cabelo rosa. Tudo era tão diferente!
A carga de trabalho não ajudava. Havia me matriculado no maior número de cursos avançados e de habilitação que meu horário permitia e, ainda por cima, para mim era intolerável ter de participar de corridas de cross-country, que acontecem usualmente em terrenos acidentados, fora das pistas regulares de corrida. Durante toda a primeira semana de aulas chorava sem parar, com saudades dos meus antigos professores e amigos. Toda noite ia para casa e chorava ainda mais, implorando aos meus pais que me deixassem voltar para a escola no Missouri. Eles me diziam qe este era o momento perfeito para eu colocar em prática o que havia aprendido na antiga escola e na Escola Dominical da Ciência Cristã. Certa noite, meu pai riu-se quando descrevi os meus medos.
“O quê?!” Perguntei. Como ele podia ser tão insensível!
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!