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Negros… Brancos… Vitória sobre o preconceito

Da edição de julho de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em francês publicado na edição de abril de 2017 de Le Héraut de la Science Chrétienne.


Depois de desembarcar em Genebra, na Suíça, eu precisava continuar a viagem para outra cidade, onde amigos estavam me esperando. Tive uma linda experiência durante essa viagem que fazia pela primeira vez. Eu já estava no trem quando percebi que a conversa telefônica com meu amigo ia ser interrompida por falta de créditos. Para mim, seria difícil comprar mais minutos imediatamente e estava com medo de me perder, sem as instruções do meu amigo. 

No trem, havia negros africanos um pouco longe de mim, à minha esquerda, e havia brancos ao meu lado, à minha direita. Para mim, parecia óbvio que eu teria de pedir ajuda a alguém. Quando eu estava prestes a pedir ajuda à pessoa sentada ao meu lado, um pensamento muito negativo, com relação a mim mesmo, ao conceito de raça, e à ajuda que eu necessitava, passou de repente pela minha mente: pensei que seria inútil pedir ajuda para a pessoa sentada ao meu lado, simplesmente porque a pele dela era branca. Sem motivo algum, eu imaginei uma cena em que ela começaria a me denegrir, a me ver como um “negrinho” perdido no meio da Suíça. Senti-me completamente incapaz de me comunicar com ela. Era como se uma parede mental sem nenhum fundamento tivesse sido erigida repentinamente à minha frente e me impedisse de fazer qualquer coisa!

Depois de alguns minutos de confusão, reagi e comecei a me fazer muitas perguntas: Quem sou eu? Quem são os brancos? Quem são os negros? A cor da nossa pele está realmente nos impedindo de expressar a nós mesmos? Sou simplesmente um mortal definido pela minha raça? Comecei a orar, como a Ciência Cristã me ensinou, a fim de encontrar respostas a essas perguntas.

Tomei consciência da minha identidade espiritual como filho de Deus, criado à imagem e semelhança dEle. Usando o termo genérico homem, que se refere a todo homem, mulher e criança, Mary Baker Eddy diz em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O homem não é matéria; não é constituído de cérebro, sangue, ossos nem de outros elementos materiais... Ele é a ideia de Deus, ideia composta que inclui todas as ideias corretas; o termo genérico para tudo o que reflete a imagem e a semelhança de Deus; a consciente identidade do existir, como mostra a Ciência, na qual o homem é a reflexão, o reflexo, de Deus, ou seja, da Mente, e portanto é eterno; ...” (p. 475). Isso definia o que eu era, e o que nós todos somos, nem mais, nem menos. Esse homem não pertence a uma raça material limitada! Ele é livre, feliz, e sempre consciente de sua identidade espiritual, porque é constituído por Deus, o Espírito, a quem ele reflete.

A cor da pele não é a substância do homem; ela não o define. Na melhor das hipóteses é um símbolo humano da beleza espiritual originária de Deus. Eu podia então acalentar a ideia de que a pele era incapaz de tornar-se um obstáculo e nos impedir de expressar qualidades espirituais.

Muito naturalmente, depois de corrigir, em espírito de oração, essa sugestão maligna com relação a mim mesmo e, portanto, também com relação ao meu próximo, senti-me completamente livre para explicar minha situação à jovem branca sentada ao meu lado. Eu lhe disse que gostaria de usar o celular dela para ligar de volta para meu amigo. Não sei como descrever a presteza e a simpatia com que a jovem me emprestou seu celular. Eu só queria fazer uma chamada por alguns segundos, ou enviar uma mensagem de texto, mas ela insistiu em que eu usasse seu celular quantas vezes fosse necessário. Para mim, isso foi uma verdadeira cura. Vi cair a máscara do preconceito diante da alegria e da liberdade de apreciar o homem, não como um mortal, mas como o reflexo de Deus.

A cor da pele não é a substância do homem; ela não o define.

A moça tinha em mãos um livro que tratava da conexão mente-corpo. O livro mencionava a Deus, também. Ela conversou comigo sobre o que entendia a respeito de Deus, para minha grande alegria. Percebendo o interesse dela, compartilhei com ela alguns pontos fundamentais da Ciência Cristã e apresentei-lhe O Arauto da Ciência Cristã, edição em francês, e a tradução para o francês de Ciência e Saúde. Imediatamente ela disse que gostaria de ter seu próprio exemplar. Mostrei-lhe onde encontrar as Salas de Leitura da Ciência Cristã na lista de endereços dO Arauto, como também a loja on-line. Um mês depois, ela me enviou um e-mail, contando que havia acabado de encomendar seu primeiro livro.

Sou muito grato por essa experiência, que comprova quão importante é nos identificarmos corretamente, a fim de derrotar o preconceito e as crenças de todo tipo que pretendem limitar a atividade do Cristo na consciência humana. Consequentemente, vemos uns aos outros não como “miseráveis pecadores”, mas como filhos amados de Deus e apreciamos mais nosso próximo. Acho que essa maneira de ver espiritualmente é a base sólida para estabelecer a paz na terra. Prestamos atenção demais ao que é dito sobre cada um de nós e aos rótulos atrelados a certos grupos de pessoas. O estudo da Ciência Cristã nos ajuda a compreender que tudo isso não tem nada a ver com o homem criado por Deus.

Às vezes, reflito com muita atenção sobre o que Mary Baker Eddy escreveu em Ciência e Saúde, na página 563: “O senso humano talvez se admire da desarmonia, ao passo que, para um senso mais divino, a harmonia é o real e a desarmonia é o irreal. Podemos até ficar atônitos perante o pecado, a doença e a morte. Podemos até ficar perplexos ante o medo humano; e ainda mais assombrados ante o ódio, que levanta sua cabeça de hidra e mostra seus chifres nas muitas invenções do mal. Mas por que deveríamos ficar apavorados ante o nada”? Não há necessidade de ficarmos perplexos diante do preconceito e de outras montagens mentais construídas contra nações, povos ou contra determinados grupos.

Meu trabalho diário consiste em afirmar as verdades que já conheço sobre Deus, Sua natureza e Sua relação com cada um de nós. Então, estou pronto para estabelecer em meu pensamento o reino, ou governo supremo da Verdade, da Vida e do Amor divinos, que retira a máscara do preconceito e traz a cura.

Minha estada na Suíça foi muito boa e fiz novas amizades que se desenvolveram ao longo dos anos.

Tradução do original em francês publicado na edição de abril de 2017 de Le Héraut de la Science Chrétienne.

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