Sou atleta ávido, que gosta da maioria dos esportes, especialmente hóquei, futebol e corridas. Na temporada de futebol do outono passado, eu estava disposto a trabalhar duro pela minha equipe e ganhar alguns jogos. Eu era o capitão e achava que esse seria o ano para começar a liderar e a realmente fazer a diferença no campo de futebol.
O problema é que sempre que eu tentava treinar com mais afinco, eu sentia pontadas agudas em uma perna, dificultando muito meu desempenho. Quando a dor apareceu pela primeira vez, tentei lidar com ela afrouxando um pouco meu esforço pelo resto do treino, tentando simplesmente continuar jogando até o fim. Mas depois disso, em todos os treinamentos, eu não conseguia me livrar da dor. Quanto mais eu jogava, mais intensa ela ficava.
Eu me sentia frustrado. As palavras: “Por favor, não!” “Por que eu?” e “Por que agora?” “Por que nesta temporada?” passavam rápidas pela minha cabeça sempre que eu sentia essa dor. Durante a maior parte da minha vida, eu sempre ouvira: “seja homem” e “supere isso”, e foi exatamente isso que tentei fazer. Tentava voluntariosamente jogar a qualquer custo. E enquanto isso, eu simplesmente não conseguia entender por que a dor persistia.
Uma tarde, de novo frustrado pela dor, saí apressadamente do campo e me sentei em um banco. Então, as palavras de Cristo Jesus na Bíblia me vieram ao pensamento, fazendo com que eu me lembrasse, com toda a calma: “Não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42). Era como se a mensagem não quisesse me abandonar, porque ela continuava a se repetir sem parar. Finalmente, decidi procurar o que Mary Baker Eddy escreveu sobre essa ideia. Uma passagem que me calou fundo foi esta: “A lei do Amor diz: ‘Não se faça a minha vontade, e sim a tua’, e a Ciência Cristã prova que a vontade humana se perde na divina...” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, p. 212).
Essa declaração iluminou meu pensamento de forma incrível, e me mostrou o porquê da minha luta contra a dor. Compreendi que, durante toda a temporada, eu estivera tentando vencer à força, fazendo tudo por meio das minhas próprias energias e capacidade. Nunca me ocorrera que eu só necessitava voltar-me a Deus, e seria curado. Naquele momento, meu pensamento mudou do mais profundo desespero e frustração para um sentimento transbordante de amor e gratidão a Deus.
A cura física ocorreu imediatamente, pois na mesma hora me dei conta de que a dor desaparecera. Sem nenhuma hesitação, eu me levantei e corri de volta para o campo, jogando com vigor e entusiasmo como eu nunca havia jogado. Também terminei a temporada sem nenhuma complicação. Ainda sou atleta muito ativo e estou completamente livre da dor desde aquela mudança na maneira de pensar.
Para mim essa cura é a prova de que, em vez de tentar “vencer à força” quando enfrentamos um problema, podemos realmente nos apoiar mais em Deus. A vontade de Deus para nós é o puro bem. E à medida que submetemos nossa vontade humana à vontade divina, sempre saímos vitoriosos.
Publicado anteriormente como um original para a Internet em 17 de julho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de 22 de maio de 2017 do Christian Science Sentinel.
