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Original para a Internet

Estabilidade em tempos instáveis

Da edição de setembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de julho de 2017.
Publicado originalmente no The Christian Science Monitor, em 27 de fevereiro de 2017.


Há alguns anos, uma das atrações que eu vi em um parque de diversões consistia em caminhar sobre uma superfície que afundava a cada passo que você dava, na tentativa de fazer o percurso inteiro. A graça era tentar manter o equilíbrio, lutando para chegar até o final da trilha! 

Às vezes, os períodos de turbulência e instabilidade se parecem um pouco a isso, mas o fato é que nesses casos geralmente não achamos nenhuma graça. Se nos sentimos sem estabilidade e inseguros sobre o futuro, e já não podemos contar com as coisas nas quais confiávamos para nossa segurança, tais períodos nunca são bons nem desejáveis. Mas eles podem realmente se transformar em bênçãos, quando nos forçam a olhar para além da confiança que depositamos na matéria, e então constatamos que jamais podemos estar separados de Deus. 

A Bíblia está repleta de passagens encorajadoras que transmitem ideias profundas quanto ao relacionamento imutável que temos com nosso Pai-Mãe Deus. No livro dos Salmos, por exemplo, vemos a enorme confiança que o Salmista deposita em Deus como refúgio contra a turbulência da materialidade: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam... O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio” (46:1-3, 7).

Cristo Jesus ensinou e demonstrou para todos nós, de várias maneiras, que Deus é a fonte constante e imutável de todo o bem. Por exemplo, na parábola sobre os lírios, que não fiam nem tecem e, contudo, são vestidos, e os corvos que “não semeiam, nem ceifam”, mas são alimentados (ver Lucas, capítulo 12), Jesus mostra que podemos ter uma confiança inabalável em Deus para prover tudo o que necessitamos. Ele também tranquilizava os que o ouviam falar, assegurando-lhes: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (versículo 32).

Deus nos dá “o reino”, tudo o que é necessário para nossa felicidade e bem-estar. Seu governo harmonioso é constante, visto que Ele é o Amor infinito e imutável, o Princípio divino que sustenta a criação, que nunca muda e jamais nos abandona. Como filhos de Deus, cada um de nós é espiritual, a expressão ou a imagem de Deus. O Princípio divino nos mantém completos e seguros, por meio de Sua lei do bem imutável. Essa realidade espiritual não é discernida por meio dos sentidos físicos, por meio do raciocínio materialista. Mas ela se torna cada vez mais evidente para nós, à medida que aprendemos a confiar naquilo que o senso espiritual nos informa sobre Deus.

Há muitos anos, no meu emprego, tudo ao meu redor estava mudando e desmoronando. Devido a alterações organizacionais, fui informado de que meu cargo já não era necessário e me deixaram sem meu assistente. Ao invés de reclamar, aguardei silenciosamente a disposição que Deus dá aos acontecimentos, sabendo que esse Princípio infalível, amoroso, estava governando e cuidaria de mim exatamente da maneira certa.

Apesar das repetidas indicações de que haveria modificações iminentes, continuei a confiar em Deus e a esperar. Afinal, passou um ano inteiro e só então é que meu cargo foi eliminado. A essas alturas, minhas próprias circunstâncias eram tais que a mudança acabou sendo harmoniosa e não me prejudicou. Saí do emprego sentindo-me completamente em paz.

À medida que nos tornamos mais conscientes da harmonia constante do governo de Deus, conseguimos orar com maior eficácia nos casos de perturbações mais graves. A confiança em Deus, a Mente divina infinita, nos torna menos inclinados a simplesmente deixar as coisas nas agitadas mãos da mente mortal, essa mentalidade material na qual a assertividade voluntariosa, a raiva e a animosidade às vezes parecem repetir sempre as mesmas situações. Essas ocorrências requerem oração, discernimento espiritual e confiança em Deus, visto que Ele envolve e governa toda a Sua criação.

Referindo-se a Deus, Mary Baker Eddy declara no livro-texto da Ciência Cristã: “A verdadeira jurisdição do mundo está na Mente, que controla todo efeito e reconhece que toda a causalidade pertence à Mente divina” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 379).

E em outro lugar ela escreve: “…enfrentemos mansamente as convulsões da mente mortal, perdoemo-las com misericórdia, meditemos sobre elas com sabedoria e esquadrinhemo-las com amor, para que suas repentinas investidas nos ajudem, não a reagir, mas a desfrutar permanentemente de uma alegria estável.” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 201).

A paz, a estabilidade e a alegria verdadeiras são encontradas quando se compreende a Deus, cujo amor e governo são imutáveis. Essa é a verdade para cada um de nós, individualmente, e para toda a humanidade.

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de julho de 2017.
Publicado originalmente no The Christian Science Monitor, em 27 de fevereiro de 2017.

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