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Original para a Internet

Reivindicar nossa imunidade divina

Da edição de setembro de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de julho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de 21 de novembro de 2016 do Christian Science Sentinel.


Quando estava no Serviço Diplomático dos Estados Unidos, trabalhando em embaixadas no exterior, eu gozava da proteção da imunidade diplomática. Essa imunidade legal, estabelecida na Convenção de Viena de 1961, permite aos diplomatas que atuam em um país estrangeiro exercer suas funções sem a interferência de leis ou autoridades locais. A proteção outorgada pelo direito internacional é especialmente importante para diplomatas que atuam em nações que são hostis ao seu governo de origem. 

Recentemente compreendi que, em termos gerais, a situação de um diplomata é muito semelhante à própria situação humana. Embora pareça que estamos sujeitos às assim-chamadas leis do pecado, da doença e da morte, somos, em realidade, os representantes do Espírito divino e temos imunidade a essas supostas leis da matéria. Onde quer que vamos e em qualquer situação que nos encontremos, permanecemos sujeitos somente às leis espirituais de Deus, em todos os momentos.

Referindo-se a si mesmo e seus discípulos, Jesus disse: “Eles não são do mundo, como também eu não sou... Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (João 17:16, 18). Mais tarde, durante seu julgamento, Jesus disse a Pilatos: “...O meu reino não é deste mundo. ... Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (João 18:36, 37). Poderíamos dizer que Cristo Jesus via a si mesmo como alguém de fora, que não está sujeito às leis locais, baseadas em um senso de realidade não iluminado.

Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, explica em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Jesus andou sobre as ondas, alimentou a multidão, curou os doentes e ressuscitou os mortos em oposição direta às leis materiais” (p. 273).

O Apóstolo Paulo instou aos cristãos: “...não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). Ele também disse: “...receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Coríntios 11:3).

No serviço diplomático, há regulamentos que obrigam os diplomatas a retornarem ao país de origem depois de alguns anos no exterior, para evitar que assimilem demasiadamente a cultura e os costumes locais. Isso evita que eles comecem a seguir a cultura e as normas locais, que podem não estar de acordo com as leis e as políticas de seu próprio país.  Não é algo semelhante a isso  que Paulo estava dizendo, quando  nos advertiu para não sermos corrompidos pelo mundo e suas leis e práticas?

Paulo também declarou: “...a nossa pátria está nos céus” (Filipenses 3:20). A cidadania nessa pátria foi conferida ao homem (cada um de nós) criado à “imagem e semelhança” espiritual de Deus, tendo domínio sobre toda a terra (ver Gênesis 1:26-28). Essa é a verdade que Jesus veio ensinar e provar para a humanidade. As cartas aos Hebreus, Coríntios e Colossenses, se referem a Jesus, o Filho de Deus, como a imagem de Deus. Ele mesmo explica, em seu Sermão do Monte, como nós também podemos demonstrar essa imagem divina em nossa própria vida; mediante a humildade, a mansidão, a misericórdia, a pureza e atuando como pacificadores, podemos cumprir as responsabilidades da cidadania celestial. 

A lei do Amor é a lei do céu, e seus cidadãos estão sujeitos somente a essa lei, onde quer que estejam. A Sra. Eddy fala disso neste trecho: “Jesus ajudou a reconciliar o homem com Deus, dando ao homem um senso mais verdadeiro do Amor, o Princípio divino dos ensinamentos de Jesus, e esse senso mais verdadeiro do Amor faz com que o homem seja redimido da lei da matéria, do pecado e da morte, pela lei do Espírito — a lei do amor divino” (Ciência e Saúde, p. 19).

A prova de que a lei do Amor se sobrepõe às chamadas leis da matéria fica clara em uma experiência que eu tive durante uma estada no exterior. Eu visitava um país amigo que estava debatendo uma determinada política do meu governo. Devido a esse debate, havia protestos hostis ao governo de meu país, envolvendo dezenas de milhares de cidadãos locais. Eram manifestações pacíficas, mas os ânimos iam ficando exaltados. Depois de assistir a um desses protestos emocionais, fiquei muito doente. Acho que nunca antes havia me sentido tão mal e de forma tão súbita. Reconheci que precisava reivindicar minha imunidade contra a raiva febril que havia observado. 

Já estava no programa voltar ao meu país logo nos dias seguintes a essa situação e eu contatei um praticista da Ciência Cristã para pedir apoio em oração. Conversamos sobre uma declaração de Ciência e Saúde que parecia muito relevante para o problema: “Revestido com a armadura do Amor, tu não podes ser atingido pelo ódio humano” (p. 571). Como cidadão do céu, sob a lei do Amor, logicamente eu estava imune ao ódio, uma crença do mundo. Durante o voo de volta para casa, recuperei-me da doença e quando o avião aterrissou ela havia sido praticamente esquecida. Aliás, só recentemente lembrei-me dela, anos mais tarde.

Como um diplomata que mantém mental e legalmente seu status de imunidade, também nós todos temos igualmente essa capacidade de manter conscientemente nossa cidadania celestial. A Sra. Eddy aborda novamente isso em Ciência e Saúde, quando se refere à revelação de João, no Apocalipse: “Essa é a autoridade bíblica para concluir que tal reconhecimento do existir é, e sempre foi, possível aos homens no atual estado da experiência humana—que podemos ficar conscientes, aqui e agora, de que já não existem a morte, a tristeza e a dor. Esse é de fato um vislumbre antecipado da Ciência Cristã absoluta. ... Ao leres isso, lembra-te das palavras de Jesus: ‘O reino de Deus está dentro de vós’. Essa consciência espiritual é, portanto, uma possibilidade presente” (pp. 573–574). 

Nossa verdadeira cidadania celestial está dentro de nós e a levamos conosco onde quer que estejamos. Para desfrutar de seus benefícios, precisamos declarar nossa imunidade às leis e crenças do mundo e reivindicar nossos direitos como filhos de Deus.

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de julho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de 21 de novembro de 2016 do Christian Science Sentinel.

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