“Tenho certeza de que ainda estarei dançando quando tiver noventa anos!” Essa era uma afirmação que eu frequentemente fazia a meus amigos. Eu praticava balé desde os doze anos. A maior parte do meu tempo durante uns trinta anos consistiu em tomar aulas de balé. Eu não podia imaginar minha vida sem a dança. Era essa a minha alegria, o meu desafio e o meu desejo de chegar o mais perto possível da perfeição. O balé definia minha zona de conforto e, naquela época, definia também, até certo ponto, minha identidade.
Mas ao mesmo tempo, crescia o meu desejo de me dedicar à prática da cura pela Ciência Cristã. Eu sentia a necessidade de mudar meu foco. Em vez de dar grande importância à dança, eu deveria dar importância máxima à prática da cura. É claro que podemos praticar a Ciência Cristã onde quer que nos encontremos. Na verdade, o que eu precisava abandonar era o desejo compulsivo de me dedicar ao balé ao extremo. Não se tratava de deixar o balé em si. Esse sentimento me obrigou a orar profundamente quanto ao meu desejo de continuar com o balé, mesmo depois de estar na prática pública da cura pela Ciência Cristã.
Esta passagem de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, me fez parar para pensar: “A hora para o reaparecimento da cura divina se estende por todos os tempos; e todo aquele que deposita tudo o que tem de terrenal no altar da Ciência divina, bebe nesse momento do cálice de Cristo, e fica dotado do espírito e do poder da cura cristã” (p. 55). “Tudo o que [eu tenho] de terrenal?” Será que isso significava que eu tinha de estar disposta a deixar para trás aquilo que eu achava que dava alegria e expressão artística à minha vida?
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