Recentemente, em um domingo, na igreja, esta frase tão conhecida da “declaração científica sobre o existir”, do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, chamou particularmente minha atenção: “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita...” (p. 468). Eu já tinha ouvido e lido isso milhares de vezes mas, dessa vez, aquela afirmação audaz do absoluto controle espiritual me causou uma forte impressão.
Naquele fim de semana, minha esposa e eu estivéramos hospedados na casa de amigos, em uma cidade distante da nossa. Após a igreja, almoçamos com esses amigos, arrumamos a bagagem no porta-malas, e passeamos de carro pelos pontos turísticos da cidade, por várias horas. Antes de tomar o caminho da nossa casa, procurei meu tablet, mas não conseguia encontrá-lo. Lembrei-me de que, depois do almoço, o havia colocado em uma bolsa junto com outro aparelho eletrônico, e havia apoiado a bolsa em cima do carro, enquanto arrumava as outras coisas no porta-malas. Meu coração disparou. Não me lembrava de ter tirado a bolsa do teto do carro antes de passearmos pela cidade, horas antes.
Procuramos por todo canto, mas em vão. Refizemos todo o percurso até a casa dos nossos amigos, mas não encontramos nem sinal da bolsa. Ficou óbvio que ela devia ter caído na estrada, em algum ponto do trajeto. Nesse momento, ocorreu-me que, usando um aplicativo do meu smartphone, eu poderia bloquear os dois eletrônicos e também postar ali o número do meu celular, para que alguém pudesse entrar em contato comigo.
Como o medo e a ansiedade invadiam meu pensamento, eu me acalmei um pouco com várias verdades que aprendera na Ciência Cristã. Afirmei que, por ser Deus a Mente infinita, nada pode estar fora de lugar ou perdido no reino de Deus. Também afirmei que não há acidentes e que o homem, por ter sido criado por Deus e refletir perfeitamente as qualidades divinas, não pode deixar de ser honesto.
Continuando a orar, minha esposa e eu decidimos iniciar a viagem de volta para casa. Por uma hora ficamos em silêncio no carro. Eu estava travando uma dura batalha contra a recriminação própria, o sentimento de culpa e o desânimo. Para complicar as coisas, eu me lembrei de ter colocado também a minha carteira naquela bolsa! Foi nesse crescente turbilhão mental que aquelas palavras ouvidas no culto iluminaram meu pensamento: “Tudo é a Mente infinita e sua manifestação infinita...”
De imediato senti um senso bastante claro do controle absoluto da Mente sobre todas as coisas... em toda parte! Fiquei calmo, apreciando a significância desse fato irreversível.
Poucos minutos depois, meu celular tocou. A pessoa disse, em um inglês não muito fluente, que estava com meus pertences e descreveu o conteúdo da bolsa. Exclamei: “Deus é bom”! O homem respondeu: “Sim, Ele é bom mesmo. Eu estava vindo da minha igreja e achei sua bolsa na estrada”. E continuou: “Está escrito na Bíblia que, quando encontramos alguma coisa que pertence a outra pessoa, devemos devolver”. A emoção naquela hora foi tão forte que ficou difícil responder!
Ele disse que no dia seguinte enviaria a bolsa pelo correio. Passei para ele o endereço e agradeci-lhe novamente. O pacote chegou depois de um dia e meio, completamente intacto. Sem dúvida estou agradecido por recuperar os objetos, devido ao valor e importância deles, mas muito mais do que isso, eu valorizo esse irmão em Cristo, esse companheiro de viagem espiritual que incorporou tão naturalmente a Regra Áurea. Essa experiência foi para mim uma prova inquestionável da manifestação infinitamente boa da Mente.
Norm Bleichman
Newburyport, Massachusetts, EUA
Publicado anteriormente como um original para a Internet em 7 de novembro de 2017.
