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Original para a Internet

Curas durante a Segunda Guerra Mundial e ao longo de minha vida

Da edição de junho de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 9 de abril de 2019.


Já faz muito tempo que eu deveria ter enviado minha expressão de gratidão aos nossos periódicos, pelas muitas bênçãos que recebi graças ao meu estudo da Ciência Cristã. Devo até mesmo minha vida à aplicação da Ciência do Cristo, como está revelada na Bíblia e explicada no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras,de Mary Baker Eddy.

Quando eu era criança, em uma Alemanha devastada pela guerra, minha família enfrentou inúmeros desafios muito sérios, inclusive doenças graves. Entretanto, confiávamos totalmente na Ciência Cristã, apesar desta ser proibida pelo regime nazista. Quem tinha em casa o livro-texto e literatura da Ciência Cristã podia ser punido com prisão ou coisa pior. Minha mãe declarava repetidamente que sem a Ciência Cristã nós não teríamos sobrevivido! 

Um dos maiores desafios que enfrentei foi difteria, que me deixou totalmente paralisado. Como exigido pelas autoridades, fui levado para um hospital infantil. Não esperavam que eu sobrevivesse. De acordo com os médicos, mesmo se fosse possível conseguir a medicação necessária, havia menos de cinco por cento de chance de eu sobreviver. Minha mãe, meu pai (que na época fora recrutado pelo exército alemão), e uma praticista muito corajosa e dedicada me apoiaram em oração durante toda essa experiência. Por fim, fiquei completamente curado tanto da difteria quanto da paralisia, para surpresa dos médicos e da equipe do hospital.

Logo após a guerra, durante um período de extrema privação e fome, fui acometido de disenteria aguda, que muitas vezes era fatal naquela época. Mais uma vez fui hospitalizado, como as autoridades exigiam. A mesma dedicada praticista me deu tratamento pela Ciência Cristã. Ela declarava o cuidado sempre amoroso de Deus por Seus filhos, independentemente da circunstância humana. Embora minha mãe tivesse sido informada pelas autoridades do hospital de que, sem a alimentação adequada (o que não existia na época) era improvável a minha sobrevivência, nosso medo se dissolveu graças a uma compreensão mais clara sobre o que constitui o verdadeiro alimento espiritual do homem. 

Sob a perspectiva humana, esse período foi o mais grave. Mas a necessidade humana foi inesperadamente satisfeita por um soldado afroamericano que estava servindo ali perto, nas forças americanas de ocupação, as quais eram então segregadas. Esse amoroso soldado dividia suas rações diárias comigo, um garotinho alemão que recebera alta do hospital, com uma questionável perspectiva de sobrevivência, e que estava passando extrema necessidade. Verdadeiramente, essa foi uma evidência divina do cuidado de Deus e uma demonstração da verdadeira fraternidade do homem, mesmo em tempos extremos. Embora eu não me lembre exatamente quando ocorreu a cura, a disenteria foi totalmente curada.

Por diversas razões, inclusive o fechamento das escolas na Alemanha depois do final da guerra durante algum tempo, para que os professores pudessem ser “desnazificados” ou substituídos, eu não recebi educação escolar formal e sistemática até os nove anos de idade. Consequentemente, minhas notas foram ruins durante todo o período escolar e eu tinha uma grande falta de confiança em mim mesmo. Um psicólogo da escola, por quem fui avaliado a pedido do diretor do internato inglês onde eu estudava, concluiu que não era realista nenhuma expectativa de eu chegar a entrar em uma universidade; havia dúvida até de que eu conseguisse concluir com êxito o ensino médio.

Acabei conhecendo, em um culto de uma igreja da Ciência Cristã, um professor universitário americano que estava lecionando na Alemanha em um programa de bolsas de estudo Fulbright Fellowship. Esse professor era um Cientista Cristão dedicado e quis me ajudar. Apesar das minhas notas desastrosas no ensino médio, ele conseguiu que eu entrasse na universidade em que ele ensinava nos Estados Unidos. Sem dúvida, só fui aceito devido a essa intervenção.

Embora as notas do primeiro ano na universidade não fossem encorajadoras, foi nesse período que comecei a me interessar seriamente em compreender a Ciência Cristã e nela confiar, em vez de depender do apoio dos meus pais ou de praticistas da Ciência Cristã. Com a orientação desse professor, que se tornaria também meu professor na Escola Dominical, consegui mudar o que eu pensava de mim mesmo, ou seja, que eu era um aluno que lutava para acompanhar o programa de estudos. Passei a ter uma compreensão mais completa da minha verdadeira natureza como expressão e manifestação da inteligência infinita, da sabedoria e da atividade correta da Mente. Criado à imagem e semelhança de Deus, totalmente espiritual, eu expressava as qualidades infinitas do sempre amoroso Pai-Mãe Deus. 

À medida que fui obtendo a compreensão da minha verdadeira e única natureza, isso ficou evidente na minha vivência. Eu era incluído com frequência na lista de destaque do reitor e recebi outros prêmios acadêmicos. Também finalizei meu bacharelado em menos de quatro anos, de modo que pude começar e terminar o mestrado na disciplina que escolhi. 

O exame final do mestrado, que abrangia uma grande gama de conhecimentos, foi outra oportunidade de confiar na orientação da Mente. Fiquei desanimado quando vi que, embora a prova tivesse apenas quatro questões, eu só estava preparado para responder a primeira. Concentrei-me naquela questão da melhor maneira que eu podia. Sem saber o que escrever nas outras três, declarei silenciosamente a presença da Mente divina e que eu, como expressão dessa Mente única, refletia domínio infinito. À medida que orava, as ideias iam fluindo e eu as escrevia na folha da prova. Até hoje eu não tenho certeza do que escrevi; entretanto, semanas depois, quando os resultados foram publicados, eu havia passado com ótima pontuação. Aliás, minhas notas nas três últimas questões foram melhores do que a da primeira.

Alguns anos depois, pediram-me que fizesse um exame médico devido a uma mudança de emprego e me disseram que eu estava com a pressão arterial muito alta. O médico recomendou tratamento imediato. Eu segui o conselho quanto a fazer tratamento, mas o fiz por meio da aplicação da Ciência Cristã, como se ensina na Bíblia e nos escritos da Sra. Eddy. Eu reivindicava constantemente que, como imagem e semelhança de Deus, eu nunca poderia sofrer ou estar sujeito a falsas alegações ou sugestões de pressão alta. Ciência e Saúde explica que os “Os Cientistas Cristãos têm de viver sob a constante pressão do mandamento apostólico de se retirar do mundo material e se apartar dele” (p. 451). Isso para mim queria dizer que a única pressão que eu poderia sentir era a pressão divina, ou a exigência de rejeitar a crença de que o homem é um mortal em luta, e substituí-la pela verdade do homem real criado espiritualmente por Deus. Embora eu não saiba quando a cura aconteceu, os exames médicos seguintes exigidos pelos meus empregadores atestaram que minha pressão arterial estava normal.

Tive depois outras curas com a aplicação da Ciência Cristã, inclusive recentemente, quando eu estava nadando no Mediterrâneo e fui atingido por uma água-viva. A erupção resultante e a dor excruciante foram instantaneamente curadas quando apliquei esta declaração do nosso livro-texto: “O grandioso Eu Sou fez tudo o ‘que foi feito’. Portanto, o homem e o universo espiritual coexistem com Deus” (Ciência e Saúde, p. 267). Compreendi que “homem” se refere a cada indivíduo como ideia espiritual de Deus. E estava claro para mim que todas as ideias de Deus, até mesmo os peixes no oceano, vivem em completa harmonia uns com os outros. Uma ideia não podia machucar ou prejudicar outra. 

Também fui curado dos sintomas de gripe, crises severas de tontura e de um ferimento grave na coxa devido a uma séria queda no gelo poucas horas antes de tomar um avião para uma viagem internacional. Os terríveis comentários de um médico que havia sido chamado por um vizinho (sem o meu conhecimento), o qual vira a queda, foram imediatamente invertidos e substituídos pelo conhecimento de que eu não estava sujeito à crença de que o homem foi criado materialmente e caiu de um estado de perfeição. Consegui pegar meu voo e a tripulação gentilmente me disponibilizou três assentos para eu me deitar durante as nove horas em que estivemos no ar. Embora a cura tenha levado algum tempo, foi completa.

Sou muito grato por essas e muitas outras curas e provas do amor de Deus demonstrado por meio da Ciência Cristã, o Confortador prometido na Bíblia.

Hans-Martin von Tucher
Rottach-Egern, Alemanha

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