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Original para a Internet

Edificar nossa vida sobre a rocha da Verdade

Da edição de junho de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 9 de abril de 2019.


Um dos sermões mais amados, já proferidos, o Sermão do Monte, de Cristo Jesus, termina com o argumento de que, antes de construirmos algo, precisamos cavar fundo, bem fundo. 

Jesus comparou seus ouvintes e seguidores a “um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha”. Aqueles que conheciam seus ensinamentos, mas não os praticavam, ele os comparou a “um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína” (Mateus 7:24–27).

Jesus não estava falando a engenheiros; os ouvintes de seu sermão vinham de todas as classes sociais e profissões. A mensagem era clara: quando edificamos nossa vida e nosso legado, temos escolhas a fazer. Podemos escavar e construir sobre o alicerce sólido dos valores do Cristo, os quais nos trazem saúde, alegria e prosperidade. Ou podemos construir nas areias movediças, sem substância e muitas vezes atraentes, dos valores materiais, que terminam em carência, limitação e destruição.

A convicção que Jesus tinha da unidade do homem com Deus era o fundamento inabalável, a partir do qual ele invertia as sugestões do pecado, da doença, da deformidade e da morte — crenças prevalecentes, construídas sobre o falso fundamento das teorias materiais. Por não estarem amparadas na força da Verdade, essas teorias caíam por terra, juntamente com a aparência que as sustentava e, assim, era total a ruína dessas “casas” — dessas crenças. 

A referência de Jesus à construção sobre alicerces sólidos é mais do que uma lição moral. Também nos dá um vislumbre da natureza do mal e, portanto, proporciona uma compreensão de como desarmar a alegação de que o mal seja algo real. 

Visto que Deus é o Espírito, Sua criação tem de ser espiritual. O mal, o termo genérico para o pecado, a doença e a morte, não foi criado por Ele, portanto, não tem nenhum elemento de espiritualidade. Não tem fundamento espiritual sobre o qual construir a si mesmo ou se afirmar.

O senso que o Apóstolo Paulo tinha de batalha espiritual começa com o reconhecimento da natureza ilusória dessas alegações imaginárias, e firma o pensamento sobre a rocha do Cristo, a Verdade. Ele diz: “...as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo...” (2 Coríntios 10:4, 5). O pensamento que está fundamentado no Cristo não se impressiona com o tumulto do mal, porque o mal não tem fundamento e, portanto, não tem poder.

Tomar decisões e agir com base na honestidade alicerçada na rocha da Verdade, abençoou a mim, minha empresa e os investidores.

Quando eu estava à frente de uma empresa, há alguns anos, precisei me preparar para a que, tudo indicava, seria uma difícil reunião com o Conselho. Vários meses de queda nos lucros haviam me deixado com poucas notícias positivas para dar aos investidores. Um colega, então, sugeriu que poderíamos aumentar o índice de lucratividade da empresa, não com o aumento das vendas, que é como os negócios normalmente crescem, mas com a redução de despesas futuras, necessárias para o crescimento da empresa. Seria como pensar que podemos melhorar nosso orçamento pessoal, deixando de comer! Era uma tentativa de reduzir as más notícias, ignorando o senso comum; era a receita para o fracasso. Mesmo assim, achando que isso levaria a uma reunião mais positiva, aceitei a sugestão.

Felizmente para a empresa, um membro do Conselho percebeu o artifício por trás da ideia. Fui censurado por criar a ilusão de boas-novas, contrariamente aos princípios dos bons negócios. Lição aprendida.

Em outra ocasião, constatei os benefícios incontestáveis de se construir sobre o fundamento seguro da honestidade e da verdade. Minha empresa estava em negociação com um novo investidor sobre injetar dinheiro na empresa, que muito precisava disso. O investidor expressara especial interesse por uma pessoa que acabáramos de contratar como vice-presidente de vendas, argumentando que ele era exatamente o que a empresa necessitava.

Dois dias antes de a empresa investidora chegar à decisão final, esse funcionário nos informou que recebera de outra firma uma oferta de trabalho irrecusável e que, portanto, nos deixaria. Meu primeiro pensamento foi de que isso afetaria o ânimo dos investidores, e como faltavam só dois dias para a decisão deles, pensei em não contar nada, até que a transação estivesse finalizada. Mas, quando orei, ficou claro que a coisa certa a fazer era contar-lhes sobre a saída daquele executivo, antes de eles tomarem uma decisão. Agendei, então, uma reunião com essa finalidade.

Na reunião, apesar de estar um pouco ansioso, dei-lhes a notícia. Um profundo silêncio caiu sobre a sala, mas, então, os sorrisos começaram aos poucos a aparecer. Eles me contaram que esse funcionário era casado com uma colega deles e que ela já os havia informado sobre a decisão do marido de nos deixar. Os investidores queriam ver como eu lidaria com a situação, e minha honestidade era exatamente o que eles esperavam ver. Naquele mesmo instante tomaram a decisão de trabalhar comigo. Tomar decisões e agir com base na honestidade alicerçada na rocha da Verdade, abençoou a mim, minha empresa e os investidores.

Quando confrontados pela adversidade, nossa melhor defesa é saber que a Verdade sempre prevalece e que a atividade vinda de pensamentos sem fundamento não tem poder para nos influenciar. O mal não tem poder para montar qualquer oposição ao bem, assim como uma folha caindo da árvore não tem poder para fazer parar o vento que a leva. “Precisamos abandonar os fundamentos dos sistemas materiais, por mais que o tempo os tenha consagrado, se quisermos ter o Cristo como nosso único Salvador” escreve Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 326). Temos a autoridade espiritual para resistir às alegações do mal e afirmar a presença e onipotência de Deus e do bem divino. Um lindo hino diz:

Tu és Cristo, ser real,
Fundamento espiritual.
Nossos males vem curar,
Paz na terra faz’ brotar.
Rocha santa, eternal,

És Verdade divinal. 
(Frederic W. Root, Hinário da Ciência Cristã, 293, trad. © CSBD).

Nossa Igreja está construída sobre a rocha dos ensinamentos de Cristo Jesus. O pensamento humano talvez tente sabotar o bem que a Igreja faz, sugerindo que a Igreja é irrelevante, impraticável, não é popular ou está desatualizada. Mas, quando permanecemos alertas à verdade espiritual, percebemos a irrealidade das alegações sem fundamento e compreendemos que o alicerce da nossa Igreja é espiritual e, portanto, é firme e inabalável. 

Nosso alicerce espiritual já está firmemente estabelecido. Como filhos de Deus, estamos eternamente ancorados na rocha do Cristo. Nossa união com o Pai é nosso lar permanente, que jamais pode ser enfraquecido pelas areias movediças do pensamento mortal, porque está fundamentado no infinito Amor. O único aspecto da construção do qual devemos cuidar é reforçar nossa defesa mental contra a sugestão de que exista, ou tenha jamais existido, um universo material. Não estamos sozinhos nesse esforço. Como diz Paulo: “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós. Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3:9–11). Quando temos essa compreensão, constatamos que nossa vida e nosso legado estão firmemente estabelecidos na rocha da Verdade, o Cristo.

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