Há muitos anos, minha rotina pela manhã, sempre, antes de erguer a cabeça do travesseiro, é dizer: “Obrigada Deus, por este lindo dia! Hoje é o dia que Deus fez e eu me alegrarei e regozijarei nele”.
No entanto, recentemente, certa manhã eu acordei e não me senti bem. Pensei: “Ah, seria melhor eu ficar na cama e descansar. Não estou bem”. Eu estava com todos os sintomas de gripe. Primeiro, fui tentada a ouvir esses pensamentos e ficar na cama. Ao invés disso, porém, eu me sentei, agradeci a Deus pelo dia e em seguida me levantei.
Decidi ligar para uma Praticista da Ciência Crista, pedindo tratamento por meio da oração. Quando consegui falar com ela, as palavras que saíram da minha boca me surpreenderam um pouco. Eu disse: “Estou ligando porque estou com sintomas de gripe, mas não quero nutrir pensamentos de doença. Gostaria de passar este dia conhecendo melhor a Deus”. A praticista concordou em orar por mim.
Embora os sentidos físicos tornassem difícil não ficar olhando para os sintomas, optei, em vez disso, por concentrar minha atenção somente naquilo que meu senso espiritual, ou seja, minha compreensão a respeito de Deus e de mim mesma como Sua filha, me dizia. Portanto, a cada sintoma que pudesse me fazer sentir como se minha vida estivesse separada de Deus, imediatamente e cheia de convicção eu declarava o que eu sabia ser espiritualmente verdadeiro.
No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, agarra-te firmemente a Deus e Sua ideia. Não permitas que coisa alguma, a não ser Sua semelhança, permaneça no teu pensamento. Não deixes que o medo ou a dúvida obscureçam tua clara compreensão e tua calma confiança de que o reconhecer a vida harmoniosa — como a Vida é, eternamente — pode destruir toda sensação dolorosa daquilo que a Vida não é ou toda crença naquilo que ela não é. Deixa que a Ciência Cristã, em vez de o senso corpóreo, sustente tua compreensão do existir, e essa compreensão suplantará o erro pela Verdade, substituirá a mortalidade pela imortalidade e imporá silêncio à desarmonia mediante a harmonia” (p. 495).
Sinto-me grata ao dizer que tive um dia muito ativo e produtivo, limpando o jardim e trabalhando no quintal, bem como me dedicando a outras atividades. Vejo bem claramente agora que o Cristo, a ideia espiritual de Deus, estava falando comigo desde o instante em que acordei. A gripe nunca precisou ser curada (foi por isso que eu não conservara no pensamento nenhuma noção de que algo devia ser curado), mas minha compreensão a respeito de Deus precisava se expandir e o medo e a dúvida precisavam desaparecer. Mary Baker Eddy também escreve em Ciência e Saúde: “O Ser Divino tem de ser refletido pelo homem — senão o homem não é a imagem e semelhança dAquele que é paciente, terno e verdadeiro, Aquele Um e Uno totalmente digno de ser amado; mas compreender a Deus é obra da eternidade e exige consagração absoluta de pensamento, energia e desejo” (p. 3). Meu desejo não foi consertar o que eu sabia que era já a perfeita ideia de Deus; em vez disso, foi um puro e sincero desejo de conhecer melhor a Deus. De fato, foi o que eu fiz, conhecer melhor a Deus por meio dessa cura.
Também me dei conta de que a cada desafio que surge, estou mais propensa a buscar a Deus. Minha confiança nEle se torna mais forte a cada cura. Estou percebendo, também, que não oro para que a matéria fique melhor ou mais confortável, mas para ver a mim mesma de modo mais espiritual. Todos podemos fazer isso, passo a passo, ao compreendermos melhor a Deus. “Emerge suavemente da matéria para o Espírito” (Ciência e Saúde, p. 485) é uma bela e confortadora ideia.
Sou muito grata por essa inspiração, pelo progresso da minha compreensão a respeito de Deus e pela ajuda em oração por parte da praticista. Também sou grata a Deus por Mary Baker Eddy e sua interpretação espiritual das Escrituras, que apresenta os ensinamentos de Jesus e outras passagens bíblicas de um modo que se aplica de maneira prática em nossa vida diária.
Sheryl Bristow
Aberdeen, North Carolina, EUA
