Cresci em uma família de militares, o que significava mudar muitas vezes de residência. A cada mudança, eu percebia que ficava cada vez mais introvertida, tímida e sensível.
Eu frequentava a Escola Dominical da Ciência Cristã, onde aprendi que reflito a Deus, a única Mente. À medida que orava para vencer a timidez, comecei a raciocinar com o fato de que há uma única Mente — de que não há uma mente humana que julga, e outra que é julgada — e essa verdade me ajudou. Eu sabia que Deus é o Amor, e que estou em segurança no Amor. A frase de Mary Baker Eddy, que diz: “a sensitividade às vezes é apego ao ego” (Message to The Mother Church for 1900[Mensagem À Igreja Mãe para 1900], p. 8), também me ajudou, e procurei pensar com mais desprendimento do ego, sem ficar tão sensível ao que eu achava que os outros poderiam pensar de mim.
Embora estivesse fazendo algum progresso, eu ainda tinha dificuldade de falar em público. No primeiro ano da faculdade, matriculei-me em um curso de oratória e todo o medo e a timidez voltaram à tona. Durante a primeira tarefa, fiquei tão nervosa que perdi totalmente a voz e fiquei paralisada na frente da turma, sem conseguir falar. O instrutor me enviou a um fonoaudiólogo, que tentou conversar comigo e fazer-me falar, mas eu permaneci em silêncio. Ele declarou que meu problema era simplesmente uma “alteração na voz”, que eu ficaria bem, e me despediu. Isso não fez o menor sentido para mim, eu sabia que o problema era o medo.
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