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Original para a Internet

Vigie seu pensamento, e encontre progresso e cura

Da edição de janeiro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 3 de outubro de 2019.


A bola de tênis estava vindo em minha direção mais rápida, mais alta e com mais rotação do que eu estava acostumado, e minhas devoluções estavam passando pela linha de base, muito para a esquerda e muito para a direita. “Olhe a bola, olhe a bola. Você não está olhando a bola!” gritava meu amigo do outro lado da rede, enquanto praticávamos nossos backhandse forehands. Eu tinha certeza de que estava olhando a bola, mas trinta minutos depois, descobri que ele tinha razão. Aquele pequeno detalhe de olhar a bola por mais um único segundo fazia uma grande diferença. Essa tinha sido a simples observação de um jogador mais bem treinado, e me ensinou a rebater com mais perfeição e firmeza.

Mais tarde, as palavras do meu amigo tiveram um maior significado e me levaram a alguns questionamentos: Como estou “olhando a bola” — mantendo minha atenção em Deus, o Amor, a Verdade, a Mente divina — no meu dia a dia? Será que, como no jogo de tênis, o pensamento espiritual no meu dia a dia precisava de algum ajuste?

Esses eram questionamentos válidos, pois percebi recentemente que minhas orações sobre os acontecimentos regionais, nacionais e internacionais não estavam acalmando meu medo nem me fazendo nutrir sentimentos cristãos. Isso não era comum para mim, porque a oração geralmente me traz paz à mente. Mas sem perceber, eu estivera compensando o fato de não encontrar conforto na oração, aferrando-me às notícias que pudessem validar meu ponto de vista e reforçar minha sensação de segurança. Esse método inevitavelmente desmoronou, levando-me à irritação, à impaciência e ao desespero, quando, por exemplo, meu mecanismo de busca na Internet me trazia notícias e artigos que eram contrários à minha opinião. Passei a ter uma visão “invertida” da “imagem refletida” da criação de Deus (ver Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, p. 502) — uma visão do mundo como se estivesse dividido entre gente boa e gente má, e bilhões de pequenas mentes diferentes — algumas boas, outras más — controlando homens, mulheres, crianças e governos.

As consequências de fundamentar nossas ações em uma ideia distorcida não estavam claras para mim até que, certo dia, enquanto dirigia para casa, fiquei alarmado com minha presunção de uma retidão pessoal, ao sentir raiva dos motoristas na estrada. Estas palavras de Ciência e Saúde descrevem o beco sem saída em que eu me encontrava: “O exercício da vontade produz um estado hipnótico, prejudicial à saúde e à integridade do pensamento. Portanto, é preciso estar vigilante e em guarda contra isso. Encobrir a iniquidade impedirá a prosperidade e o triunfo final de qualquer causa. A ignorância quanto ao erro a ser erradicado frequentemente te expõe a sofrer seus abusos” (p. 446).

Quando nos firmamos em Deus como o Princípio divino que governa o verdadeiro existir de todos, encontramos equilíbrio e soluções tranquilas para todo tipo de desafio.

Nessa mesma época, minha mulher, que não sabia das minhas lutas, começou a me mostrar muitas notícias veiculadas na edição diária on-line do The Christian Science Monitor Daily. Eu já era leitor da edição impressa semanal do Monitor, o MonitorWeekly, que era entregue em nossa casa, então não demorou muito para eu dar atenção aos artigos sugeridos que ela com entusiasmo me mostrava. Na página inicial do Monitor, vi esta chamada: “A perspectiva é importante. Reduzir as notícias a frases agressivas e tomar partido por um dos lados faz com que a história não seja contada por inteiro. O progresso vem quando desafiamos aquilo que ouvimos e também damos atenção a outros pontos de vista”. Tomei isso como uma leve repreensão e um chamado para despertar e apoiar mais completamente a missão do Monitor de “não prejudicar ninguém, mas abençoar toda a humanidade” (Mary Baker Eddy, The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 353). Resolvi voltar-me mais a Deus em oração, ser mais amoroso e mais paciente com meu próximo. Sempre que preciso de inspiração, lembro-me da estrofe deste hino: 

Ó vinde ver, o Mestre diz;
 Com a Verdade, livres sois.
Ao mundo, a morte trouxe dor,
   Mas eu sou vida, vinde a mim.
(Elizabeth C. Adams, Hinário da Ciência Cristã, 188, trad. © CSBD)

Um mês depois, durante o almoço após uma partida de duplas, tive uma forte divergência de ideias com um dos meus parceiros de tênis, sobre os líderes políticos rivais das eleições provinciais seguintes no Canadá. A discussão se transformou em uma triste e desagradável guerra de egos. Entretanto, quando nos encontramos novamente, decidi manter o lema do Monitor, de “repensar as notícias”, e “abençoar toda a humanidade”. Então, ouvi o ponto de vista dos meus amigos com a civilidade, a gentileza e a paciência que encontrei por meio da oração — tanto que outro amigo que estava nos ouvindo achou que eu havia mudado de lado. No fim, paramos de fixar nossos olhos em nossas “páginas de opinião” mentais, e de discutir. Nós nos engajamos em um diálogo aberto e transparente, que nos ajudou a não nos prender a nossas diferenças políticas e a chegar ao cerne dos vários assuntos que eram de interesse mútuo. 

Acredito que naquele dia, ao conseguirmos encontrar um terreno em comum para ouvir e apoiar um ao outro, avançamos no empenho de apoiar a comunidade, a província, o país e o mundo. Para mim, foi também uma vitória sobre a presunção de uma retidão pessoal. Essa experiência foi seguida por outras, ao longo dos meses seguintes, que conduziram minha decisão de confiar somente em Deus, a Mente única e onipotente de todos nós, para me guiar a respostas frutíferas.

Este trecho de Ciência e Saúde descreve minha atitude e abordagem nos últimos anos. “Referindo-se à sua campanha, o General Grant disse: ‘Proponho manter esta linha de combate até o fim, ainda que tome todo o verão’. A Ciência diz: tudo é a Mente e a ideia da Mente. Tens de manter essa linha de combate. A matéria não pode te oferecer nenhuma ajuda” (p. 492).

Manter o “olho na bola” na Ciência Cristã tem a ver com compreender a Deus e ficar junto a Ele, como o Princípio divino que governa o verdadeiro existir de todos. Quando fazemos isso fielmente, encontramos equilíbrio e soluções tranquilas para os desafios, grandes ou pequenos, dentro ou fora da quadra de tênis.

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