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Original para a Internet

Seguir o inspirado caminho designado por Deus

Da edição de janeiro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 21 de outubro de 2019.


Todos temos momentos na vida em que necessitamos tomar decisões-chave. Quando pensamos no que devemos fazer, e mesmo quando oramos a respeito do caminho a seguir, as opiniões dos outros podem nos levar a oscilar. Mas, com o passar dos anos, aprendi a ouvir atentamente a orientação de Deus.

Deus, que é a Mente infinita, está comunicando o que necessitamos compreender, agora e sempre. Para ouvir a Deus, temos de manter abertos os canais de comunicação, por meio da oração, prestando atenção assiduamente às ideias inteligentes da Mente divina. A oração requer que deixemos de lado planos e ideias preconcebidas, e prestemos atenção à orientação da Mente divina, seguindo essa orientação humildemente e com boa-vontade. E então, como diz a Bíblia, “quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele” (Isaías 30:21).   

Todos nós temos a capacidade de ouvir e seguir a orientação divina, por meio do senso espiritual que Mary Baker Eddy, em seu livro principal, define como “a capacidade consciente e constante de compreender a Deus” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 209). Podemos orar, buscando compreender que nada tem o poder de obstruir nosso senso espiritual, a nossa capacidade de permanecer em comunhão com Deus e ouvir Sua orientação.

Quando entrei na faculdade tive tempos difíceis, pois não estava feliz por ter decidido fazer a carreira de física e matemática. Meu pai era formado em engenharia elétrica, e durante o ensino médio eu gostava muito de estudar com ele essas duas matérias, ao fazer os deveres de casa, então me pareceu natural seguir os passos dele e escolher uma carreira na área de tecnologia.

Contudo, após começar a faculdade, me vi impelida a pensar mais profundamente no sentido da vida e também no meu lugar na vida. Nesse período, comecei a estudar mais a sério a Ciência Cristã, e aprendi mais a respeito de Deus e da minha relação com Ele, como completo reflexo espiritual dEle (ver meu artigo “A spiritual awakening in the dorm”, publicado no Sentinel de 3 de Agosto de 1998). Para mim era mais importante estudar a Ciência Cristã, do que qualquer outra matéria da faculdade, por isso li Ciência e Saúde de capa a capa, orando para saber como poderia usar na faculdade o que estava aprendendo com esse livro. Por meio desse estudo e das minhas preces, percebi que meus talentos e interesses indicavam que eu deveria tornar-me Praticista da Ciência Crista, ou seja, devotar-me em tempo integral à prática pública da cura por meio oração.

Ao mesmo tempo em que eu pensava no melhor modo de desenvolver as amorosas qualidades que uma praticista deveria ter, ocorreu-me estudar arte dramática. Percebi claramente que isso me ajudaria, não apenas a compreender melhor o comportamento humano, mas também a superar minha grande timidez. Sentindo-me divinamente inspirada, mudei o rumo de meus estudos, mas fiquei preocupada com a reação de meu pai, que poderia ficar decepcionado comigo por não estar mais seguindo a mesma área de formação acadêmica que ele.

À medida que prosseguia, empenhando-me no estudo da Ciência Cristã, compreendi que, por ser filha do amoroso Pai-Mãe Deus, era a Ele, meu Pai divino, a quem, acima de tudo o mais, eu deveria ser obediente. Reconheci que também meu pai era filho de Deus. E tudo acabou bem. Meu pai concordou em que eu deveria encontrar meu próprio caminho na vida. Nos anos seguintes, a formação em arte dramática e minha perseverança em estudar a Ciência Cristã realmente ajudaram a superar toda a minha timidez, e continuei a ter uma boa e afetuosa relação com meu pai. 

A verdadeira medida do êxito está no quanto prestamos atenção a Deus e seguimos a orientação que recebemos dEle.

Em várias oportunidades senti-me inspirada a seguir a orientação de Deus, em vez de ceder à pressão exercida pelos outros. Aprendi a não me avaliar com base na opinião alheia ou nos padrões humanos de riqueza, poder e prestígio. A verdadeira medida do êxito está no quanto prestamos atenção a Deus e seguimos a orientação que recebemos dEle. E fui enormemente abençoada, na proporção em que passei a dar mais valor a esta mensagem do meu Pai celestial: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mateus 25:21).

Recebemos de Deus a inspiração que nos conduz ao caminho que é perfeitamente adequado à nossa verdadeira natureza espiritual, embora podendo ser, ou não, congruente com o que outras pessoas hajam preconcebido para a nossa vida. Às vezes, pessoas que nos são próximas parecem ficar desapontadas por não seguirmos o caminho que elas julgam ser o melhor ou o mais natural para nós. Mas se tomamos decisões baseadas em pressões pessoais, podemos seguir o caminho errado, o que leva à insatisfação e à necessidade de corrigirmos nossa rota. Para ter verdadeira satisfação, é importante que cada um faça como diz o hino de Kate L. Colby: “Fiel ao alto ideal, escuta a voz que há em ti” (Hinário da Ciência Cristã, 20, trad. © CSBD).

Nosso profundo amor ao Pai-Mãe Deus nos inspira a ter a boa-vontade para prestar atenção a Deus e seguir a orientação dEle, embora ouvindo com todo respeito, e ponderando, os conselhos bem intencionados de nossos familiares, amigos ou até professores. Mary Baker Eddy escreve em seu livro Retrospecção e Introspecção: “A regra geral é que meus alunos não devem permitir que outros alunos lhes controlem as ações, ainda que esses outros sejam professores e praticistas desta mesma tão abençoada fé” (p. 82). Os conselhos mais valiosos que recebi foram os que me ajudaram a entender como fazer alguma coisa, em vez de me dizerem o que fazer.

Quando agimos a partir de motivos que cumprem o propósito divino e beneficiam nossos próximo, Deus nos dá a coragem necessária para assumir o risco de que os outros nos reprovem. E à medida que confiamos mais na nossa capacidade de ouvir a orientação divina, torna-se mais fácil lidar com a crítica e a pressão, não importa quão agressivas pareçam ser.

Ao compreender que todos têm um lugar especial e divinamente designado no reino de Deus, nos libertamos da necessidade de nos comparar com os outros, ou de achar que temos de competir com eles. À medida que oramos para compreender que cada indivíduo está no seu lugar certo, a inveja e o ciúme desaparecem. Se nos sentirmos tentados a rivalizar com os êxitos dos outros, podemos orar assim: “Deus, o que queres que eu faça? Isso faz parte da minha missão?” Podemos estar certos de que Deus revelará o que necessitamos saber para podermos demonstrar os talentos que são exclusivamente nossos. E se são diferentes do que pensávamos, podemos abrir mão de nossas ideias preconcebidas, sem duvidar de que Deus nos guiará a um plano que é o mais apropriado para nós.

Gosto de pensar em uma declaração encontrada em Retrospecção e Introspecção: “Cada um tem de ocupar seu próprio nicho no tempo e na eternidade” (p. 70). Aprendi, por experiência própria, que ocupar esse nicho é mais que uma obrigação, é também um privilégio e uma grande alegria. Não somos isolados uns dos outros, trabalhando sozinhos; vivemos na família universal de Deus, apoiando-nos e complementando-nos uns aos outros.

Deus, o Criador de tudo, deu a cada um de nós uma missão e um propósito que não podem ser preenchidos por nenhuma outra pessoa. O homem espiritual, a verdadeira individualidade de cada um, é feito à própria imagem e semelhança de Deus, o Espírito, e expressa todas as qualidades de Deus, em uma inigualável coleção de talentos. Nosso trabalho é estar em comunhão com Deus, de modo que possamos discernir a orientação dEle para nossa vida, a desdobrar-se a cada momento. Cada um de nós, prestando atenção à direção dada por Deus e seguindo-a, encontrará mais paz e progresso. Deus quer apenas o que é bom para cada um de nós, e guia cada um de nossos passos. Necessitamos apenas ter o coração receptivo à orientação divina, e encontrar nosso propósito maravilhoso e divinamente designado. E ficar firmes nesse propósito.

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