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Abra o presente de Deus: a verdadeira liberdade

Da edição de dezembro de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã


O Natal é muito querido, por ser um valioso tesouro que encontramos todos os anos, que inclui o amor da família, comidas tradicionais festivas e momentos agradáveis.

Mas há um elemento intrínseco ao Natal, o qual se refere a algo muito diferente. Trata-se de reconhecer e melhorar aspectos da nossa vida que não são tão cor-de-rosa — tais como alguns traços de apego ao ego, excessiva complacência, ciúmes, ou temperamento impaciente e exaltado, traços esses que podem estragar as comemorações do Natal. A Bíblia fala sobre Maria e o nascimento virginal, que constituem a parte central da história do Natal, e a mensagem que veio a José quanto ao nome que ele deveria dar ao menino: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1:21).

A declaração de que haverá salvação quanto ao pecado promete que finalmente encontraremos a libertação de todos os pensamentos e ações que obscurecem nosso reconhecimento de que somos os filhos jubilosos da Deidade, aos quais o amor de Deus proporciona completa satisfação. O anúncio que prometia essa liberdade foi o primeiro presente de Natal que Deus deu a toda a humanidade, e se manifestou nas palavras e obras de Jesus. O Mestre curava a doença e o pecado ao reconhecer e demonstrar que a verdadeira identidade de todos era a de filhos puros de um Criador perfeito. A verdadeira natureza dos filhos de Deus está maravilhosamente descrita nas palavras das Escrituras, que se aplicam a cada um de nós e a todos: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida... ‘Estou limpo, sem transgressão; puro sou e não tenho iniquidade’ ” (Jó 33:4, 9).

Por isso, nossa natureza, criada pelo Espírito, tem zero por cento de susceptibilidade à doença ou ao pecado. Por vezes, no entanto, a familiaridade com essa mesma ideia pode tornar-se algo como um ponto cego, se formos tentados a descartar com demasiada facilidade o pecado, como uma simples mentira a nosso respeito.

A Ciência divina revela que o pecado é exatamente isso, ou seja, a mentira de que somos materiais. Mas se acreditamos na mentira específica de que somos governados por algum traço de carácter negativo, é importante admitir isso para nós mesmos, como apontam os escritos de Mary Baker Eddy, que descobriu essa Ciência. Sua mais importante obra escrita, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, faz distinção entre a maneira de provar a irrealidade da doença, e a de provar a irrealidade do pecado. Para destruir a doença se exige que não admitamos, no mais profundo do nosso pensamento, que nela haja alguma realidade, ao passo que “Para provar cientificamente que o pecado é erro e é irreal, deves primeiro ver o que o pecado alega e, então, destruir essa alegação” (p. 461).

“Provar cientificamente” significa trazer à luz em nossa experiência aquilo que é divinamente verdadeiro. E esse é o grande presente que o Natal celebra todos os anos: a chegada do Messias, cuja vida, e as curas por ele realizadas, viriam revelar a luz eterna do Cristo, a verdadeira ideia daquilo que todos nós somos como os filhos eternamente amados de Deus. Desde o seu singular nascimento, e ao longo do seu incomparável legado de curas, até sua ressurreição e ascensão, Jesus iluminou essa verdadeira ordem da criação, revelando como cada um de nós é o objeto do incessante e inesgotável amor de Deus.  

Mas tal como o filho pródigo em uma das mais conhecidas parábolas de Jesus, podemos perder de vista esse amor, devido a escolhas insensatas, centradas no ego. Depois precisamos com mansidão despertar e dar-nos conta de como foi que erramos. Um humilde exame de consciência abre o nosso coração para o poder transformador do amor espiritual que impulsionou as curas de Jesus, permitindo que reine o Cristo, como diz o hino muito amado de Phillips Brooks “Ó tu, aldeia de Belém” (Hinário da Ciência Cristã, 222, trad. © CSBD). Então, como o filho pródigo, também nós aprenderemos que o amor do nosso Pai-Mãe celestial nunca nos largou, nem por um momento.

Deixar que esse amado Cristo transformador reine em nosso coração é um presente que aceitamos. É um passo fundamental que liberta nossa consciência de traços de caráter que nos impedem de ver o grande amor que Deus tem por nós. Essa mudança no pensamento nos desperta da falsa consciência de sermos feitos de matéria sem moralidade, e nos leva a ver-nos criados pelo Espírito. É também um presente glorioso que damos às pessoas que são tocadas pela nossa maneira de viver, porque expressamos mais claramente nossa verdadeira vida, que é espiritual e reflete radiantemente o amor que Deus tem para com todos.

Talvez sejam necessárias algumas lutas gigantescas com um senso material da nossa natureza, para nos libertar e para que aceitemos nossa pureza espiritual inata, como o reflexo de Deus. Mas, a partir do momento em que admitimos interiormente que algo em nós precisa ser redimido, damos valor ao Natal e àquilo que ele nos promete, isto é, que tal redenção prevalecerá, porque Deus ama o mundo de hoje, com o mesmo amor com que a Deidade nos enviou de presente Seu filho, Jesus.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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