Aproveitar um feriado para assistir a um episódio após outro de algum seriado da Netflix, ou ficar horas surfando no Youtube ou, ainda, jogando videogames, tudo isso pode parecer um agradável escape à rotina de obrigações. Mas, se essas coisas acontecem de forma repetitiva e sem controle, então estamos falando de compulsão, algo que rouba o equilíbrio saudável da nossa vida. Até pode acontecer de a compulsão se apresentar como um hábito mais obscuro, atração por consumo de álcool, drogas ou pornografia, sempre na tentativa de encontrar satisfação ou prazer. Talvez estejamos lutando para ajudar a libertar amigos ou parentes presos a tais compulsões.
Independentemente de nossa conexão pessoal com o problema da compulsão, ela é um desafio que exige mais do que simplesmente um suspiro e o desejo de promover mudanças de comportamento. Muitas pessoas constataram que a oração consagrada e o raciocínio espiritual são poderosos o suficiente para romper as garras da compulsão.
O dicionário define compulsão, em parte, como "imposição interna irresistível que leva a um ato de consumo excessivo". Essa palavra consumo me chamou a atenção. Mesmo quando estamos lidando com nossos hábitos do dia a dia, quando estamos em busca de algo, seja de comida e roupas, seja de novas ideias, pode ser que sejamos apenas consumidores, lutando para encontrar o equilíbrio entre o excessivo e o insuficiente. A satisfação ― aquele "ponto ideal" de suficiência ― parece ser difícil de alcançar. A compulsão, no entanto, é aquilo que leva essa busca ao extremo. É uma busca pela satisfação que muitas vezes fica fora de controle, na qual parecemos incapazes, ou pouco dispostos, a interromper um comportamento que nos mantém consumindo continuamente, na tentativa de preencher aquilo que consideramos um vazio em nossa vida.
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