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Original para a Internet

A verdadeira satisfação em vez da compulsão

Da edição de março de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 18 de novembro de 2019.


Aproveitar um feriado para assistir a um episódio após outro de algum seriado da Netflix, ou ficar horas surfando no Youtube ou, ainda, jogando videogames, tudo isso pode parecer um agradável escape à rotina de obrigações. Mas, se essas coisas acontecem de forma repetitiva e sem controle, então estamos falando de compulsão, algo que rouba o equilíbrio saudável da nossa vida. Até pode acontecer de a compulsão se apresentar como um hábito mais obscuro, atração por consumo de álcool, drogas ou pornografia, sempre na tentativa de encontrar satisfação ou prazer. Talvez estejamos lutando para ajudar a libertar amigos ou parentes presos a tais compulsões.

Independentemente de nossa conexão pessoal com o problema da compulsão, ela é um desafio que exige mais do que simplesmente um suspiro e o desejo de promover mudanças de comportamento. Muitas pessoas constataram que a oração consagrada e o raciocínio espiritual são poderosos o suficiente para romper as garras da compulsão.

O dicionário define compulsão, em parte, como "imposição interna irresistível que leva a um ato de consumo excessivo". Essa palavra consumo me chamou a atenção. Mesmo quando estamos lidando com nossos hábitos do dia a dia, quando estamos em busca de algo, seja de comida e roupas, seja de novas ideias, pode ser que sejamos apenas consumidores, lutando para encontrar o equilíbrio entre o excessivo e o insuficiente. A satisfação ― aquele "ponto ideal" de suficiência ― parece ser difícil de alcançar. A compulsão, no entanto, é aquilo que leva essa busca ao extremo. É uma busca pela satisfação que muitas vezes fica fora de controle, na qual parecemos incapazes, ou pouco dispostos, a interromper um comportamento que nos mantém consumindo continuamente, na tentativa de preencher aquilo que consideramos um vazio em nossa vida.

De acordo com Cristo Jesus, nosso propósito fundamental como filhos de Deus, o qual traz satisfação, é o de representar a Deus.

Mas, será que estamos olhando na direção certa, nessa busca por satisfação? E será que nossa vida, saúde e felicidade dependem da necessidade fundamental de consumir? Não será, pelo contrário, que a satisfação já está embutida, por assim dizer, em nossa verdadeira natureza? Por meio da Ciência Cristã, essa foi a verdade que eu compreendi e senti na prática. Descobri um conceito diferente sobre mim mesmo e os outros ― um conceito trazido à luz pela Bíblia, com sua mensagem atemporal do amor de Deus por nós como Seus filhos e filhas ― o conceito de que somos espirituais e completos, porque somos feitos à imagem e semelhança de Deus, o Espírito.

Mary Baker Eddy estabeleceu os ensinamentos da Ciência Cristã com base no significado espiritual dos ensinamentos da Bíblia. A Ciência Cristã mostra que o poder sanador de Deus, o qual Jesus ensinou e demonstrou, ainda está disponível para nós hoje, e nos capacita a encontrar a cura com base nessa compreensão a respeito de nós mesmos, de que somos a criação espiritual de Deus. Portanto, em nossos esforços para libertar-nos de qualquer tipo de compulsão ― ou para ajudar outras pessoas a encontrar essa libertação ― não precisamos começar por algum processo analítico que examine o que está faltando em nossa vida, para depois tentar preencher esse vazio de algum jeito material. Podemos começar com a revelação bíblica e a inspiração divina de que o homem é verdadeiramente espiritual e completo.

Nós não somos pessoalidades criadas por nós mesmos, separadas de Deus e obrigadas a satisfazer perpetuamente as demandas dos sentidos físicos, quer esses sentidos exijam constante entretenimento ou a satisfação de um apetite sensual e escravizante. Tudo o que é verdadeiramente nosso pertence, na verdade, a Deus e, portanto, é espiritual. Isso significa que, em realidade, nunca podemos estar separados do bem nem podemos perder nossa plenitude e integridade divinas. Muitos constataram que o senso de vazio em sua vida desapareceu, quando se tornou mais clara para eles a compreensão espiritual a respeito de Deus e do que somos como a imagem e semelhança dEle. Essa cura no pensamento é o que naturalmente subjuga, e pode interromper de forma permanente, a tendência à compulsão ou à condescendência com qualquer outro comportamento obsessivo ou padrão de pensamento materialista. O senso de vazio é, por si mesmo, uma mentira sobre a nossa identidade, e nós temos o direito de perceber que o bem de Deus está presente exatamente onde parece haver um vazio.

A verdade de que somos espirituais não significa negligenciar as necessidades humanas normais, como comer e beber, nem nos impede de gostar de assistir a filmes, de jogar videogames, etc. Mas significa realmente não cair na armadilha de que o homem possa encontrar satisfação verdadeira em algo fora do bem que Deus nos dá. De acordo com Cristo Jesus, nosso propósito fundamental e satisfatório, como filhos de Deus, é o de representar a Deus ― demonstrar o quanto Ele é bom, sendo nós mesmos bons e fazendo o bem. Jesus disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:16). Encontramos a satisfação por meio desse reflexo natural do bem divino em nossa vida. Fazer a vontade de Deus ― amar incessantemente e sem medo, como Jesus recomendou a seus seguidores (ver João 15:12, 13), é infinitamente gratificante. “A Deus obedecer, amar, / Nos satisfaz”, escreveu a Sra. Eddy em um de seus poemas (Hinário da Ciência Cristã, 160, trad. © CSBD).

Nossa integridade e satisfação inatas estão seguras em Cristo, a Verdade divina, que abrange a todos nós. Podemos orar humildemente para abrir nosso pensamento à calma influência do Cristo, e deixar que essa influência governe nosso pensamento e traga moderação às nossas ações. Referindo-se a Cristo, a Sra. Eddy escreveu em outro de seus poemas:

Vens nos guiar, 
Perene apoio, proteção,
Aqui, nos dar.
(Hinário da Ciência Cristã, 23, trad. © CSBD).

O Cristo, não o comportamento compulsivo, é o que verdadeiramente nos traz satisfação.

A todos nós foi dado o direito e a capacidade de vivenciar alegria e satisfação verdadeiras, compartilhando-as liberalmente e com desprendimento, livres de todo senso de carência, tédio ou medo, que nos manteriam fechados em um falso senso material de nós mesmos. O poder de Deus é suficiente para soltar as garras desse falso senso, e é uma alegria poder ser testemunha fiel da liberdade que provém de Deus, seja para nós mesmos, seja para os outros.

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