Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Cura de depressão

Da edição de março de 2020 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 5 de dezembro de 2019.


Durante anos, sofri de uma doença mental que posso chamar de depressão com tendências suicidas. Até que, um dia, fiquei livre dos pensamentos nebulosos que me mantinham presa a um debilitante medo da rejeição. 

Antes, tudo parecia um fardo difícil de carregar. Eu me debatia com a sensação frequente de que existia algo que estava tentando me forçar ao suicídio. Havia momentos em que eu chegava a suplicar a uma pessoa da minha família que ficasse comigo, que não me deixasse só, devido ao medo enorme de que eu pudesse me causar algo danoso ou até mesmo fatal. Eu chorava muito.

Depois, como se eu tivesse despertado de um sonho ruim, tudo passou. Tal qual Jó na Bíblia, esse momento chegou quando consegui ver a vida de modo completamente diferente, um modo dinâmico e feliz. Essa nova percepção veio naquele momento de forma imediata. 

Tendo crescido na Ciência Cristã, eu havia tido muitas curas por meio da oração, rápidas na maioria das vezes; e ao longo dos dez anos de minha vida adulta em que essa doença durou, eu sabia que a cura era possível. Em várias ocasiões, eu havia telefonado para praticistas da Ciência Cristã, pedindo que me ajudassem por meio da oração, e havia obtido um pouco de alívio. As verdades espirituais que foram compartilhadas comigo, e nas quais eu baseava minhas orações, enfatizavam o amor de Deus por mim, a minha identidade à imagem e semelhança de Deus, e o fato de que eu e a Mente, Deus, somos um, não havendo outra Mente nem outra condição a não ser Deus, e Sua criação espiritual.  

Eu havia orado, buscando ver com clareza que a alegria era um aspecto permanente de minha existência como reflexo de Deus. Havia ponderado as preciosas palavras de Paulo aos Romanos, declarando que nada pode nos separar do amor de Deus (ver 8:35–39). Eu havia orado também com as ideias apresentadas na resposta à pergunta “O que é o homem?” em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy (pp. 475–477) e ainda, com o significado espiritual do Salmo 23 (p. 578), que começa assim: “[O AMOR DIVINO] é o meu pastor; nada me faltará”. Ciência e Saúde explica que a Ciência Divina é o Confortador prometido por Jesus (ver p. 55). Todas essas ideias inspirativas eram a base de minhas orações e me ajudavam a me sentir mais próxima do Confortador e afastavam os agressivos pensamentos de autodestruição. Mas a gangorra de desafios continuava. Eu literalmente implorava a Deus que me libertasse da depressão e das tentações de cometer suicídio.  

Então um dia, ao jogar fora pilhas de revistas e papéis que não queria mais, comecei a folhear uma das revistas para ver por que eu a havia guardado. Notei um artigo descrevendo um problema mental que identifiquei como sendo o mesmo diagnóstico dado a uma pessoa da minha família. Durante bastante tempo eu havia cuidado dessa pessoa, que tomava remédios, e ficara impressionada com aquela doença. Eu não havia “vigiado” como Ciência e Saúde aconselha: “Monta guarda à porta do pensamento. Admitindo somente aquelas conclusões cujos resultados desejas ver no corpo, tu te governas harmoniosamente” (p. 392).  

O artigo na revista descrevia exatamente as dificuldades que eu estava enfrentando. Mesmo de um ponto de vista humano, a causa não poderia ter sido nem a hereditariedade nem o contágio; essa pessoa da família e eu não éramos parentes consanguíneos, e a doença não era considerada contagiosa. Subitamente percebi que se tratava de uma crença que eu havia aceito. 

Naquele momento, refutei energicamente a ideia de que aquela doença fosse real. De todo coração, enfrentei a sugestão de que uma doença mental pudesse fazer parte de minha existência, com uma resposta direta: “Não, claro que não”. Deus, todo o bem, não criara a doença; portanto, a doença não poderia ser real.

Então dei uma gargalhada, porque compreendi que a única doença que eu tinha era minha própria crença de que alguém pudesse ter tal tipo de problema. Eu admitira a doença como se fosse uma realidade, quando na verdade tudo não passava de uma imposição ao meu pensamento. 

Naquele momento da cura, veio-me à mente a imagem de uma criança soprando uma flor de dente-de-leão, fazendo dissipar toda aquela penugem. Eu era a criança, e aquela penugem da flor era a crença de que eu, ou qualquer outra pessoa, pudesse ter algum distúrbio mental. Senti como se uma enorme pedra tivesse sido removida de minha cabeça, pedra essa que, claro, nunca sequer estivera lá. Repentinamente senti-me dinâmica outra vez. 

Dinâmica foi a palavra que me ocorreu. Liguei para minha filha, que morava em outra cidade, e contei que estava curada. Naturalmente, eu estava felicíssima. Fazia muito tempo que não sentia uma alegria tão grande. Senti-me como aquele homem aleijado que foi curado e passou a andar, “saltando e louvando a Deus” (Atos 3:8). 

Embora parecesse que não estava havendo muita melhora, ao longo daqueles anos que vivi a orar “sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17), sozinha ou com a ajuda de diversos praticistas em momentos diferentes, estava sim, havendo progresso. A cura estivera acontecendo em meu pensamento. Até que a elevação do pensamento e a dissolução daquela crença tornaram evidente a cura. 

Falando do efeito alterante da Verdade, Ciência e Saúde faz esta declaração revolucionária: “O efeito dessa Ciência consiste em sacudir a mente humana, levando-a a uma mudança de base, sobre a qual possa ceder à harmonia da Mente divina” (p. 162). Foi exatamente o que aconteceu comigo. 

Anos antes, eu fizera um curso sobre a cura cristã, chamado Curso Primário da Ciência Cristã, dado por um professor autorizado da Ciência Cristã. Um dos temas principais de nosso estudo a respeito da cura pela oração havia sido a importância de declararmos a verdade espiritual da existência, e negarmos a crença de que haja realidade no mal. Dei-me conta de que eu não havia negado a falsa crença na doença mental, até aquele momento em que a cura aconteceu. Agora ficara bastante evidente para mim quão irreal era a doença. Percebi que Deus me havia suavemente conduzido a essa conclusão, ao longo dos anos. 

Eu sabia que Deus havia visto “tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Gênesis1:31). Essa cura aconteceu há mais de sete anos, e posso realmente dizer que, como criatura de Deus, íntegra e amada, eu percebo que meu existir é “muito bom” outra vez. Minha gratidão não tem fim.

Nome omitido

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / março de 2020

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.