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Original para a Internet

Uma confiança mais profunda em Deus

Da edição de outubro de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 28 de junho de 2021.


A Bíblia declara: “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos” (1 Crônicas 29:11).

Essa passagem cheia de inspiração nos convida a ampliar nosso senso de que Deus é uma presença real, infinitamente maior e mais verdadeira do que os limites de um senso material de vida. Quando admitimos que podemos nos render à imensidão da Vida eterna, começamos a descobrir o universo espiritual de Deus, a atmosfera da Mente divina, que não tem limites.

O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, dá as boas-vindas ao leitor com estas palavras, no Prefácio: “Para os que se apoiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos” (p. vii).

Apoiar-se no poder sustentador de Deus significa ficarmos livres do senso pessoal de identidade que se sente magoado, inquieto ou ameaçado. E não precisamos esperar pela vida no além. Podemos vivenciar a constância e a substancialidade da Vida e do Amor infinitos agora mesmo e receber o consolo e a certeza que tanto desejamos. A consciência da presença de Deus elimina o medo e a dúvida, substituindo-os por pensamentos inspirados e um senso elevado de vida, o qual se percebe na harmonia que vai se desdobrando em nossa vida.

O infinito sustentador não tem fim, nele ninguém pode cair, pois existe em pleno equilíbrio e controle, e jamais se depara ou se choca com a matéria. Pelo contrário, só nos protege e nos salva da desarmonia dos sentidos materiais.

A Ciência Cristã faz uma clara distinção entre o homem mortal e aquilo que cada um de nós é por ser a expressão de Deus. Cristo Jesus nos deu o exemplo do homem ideal ao demonstrar a unificação com o Espírito, que ele ensinava. Jesus vivia como a expressão do Espírito. Assim, estava em total conformidade com o ensino bíblico de que somos criados à imagem e semelhança de Deus.

Ciência e Saúde explica: “A origem divina de Jesus lhe deu mais do que poder humano para expor os fatos da criação e demonstrar a Mente única que cria e governa o homem e o universo” (p. 539). Assim, Jesus era capaz de ter domínio sobre a atração magnética do pecado, da doença e da morte. Embora fosse visto como humano, e sentisse pela humanidade uma clara compaixão, um sentimento vindo do Cristo, Jesus também compreendia e sentia a presença de Deus a cada momento. Ele mantinha a consciência acima da crença de vida na matéria. 

Precisamos de persistente devoção para compreender e pôr em prática nossa verdadeira identidade, que é a expressão espiritual de Deus. Como resultado, ficamos cada vez mais livres da imposição do senso material e das frequentes limitações que provêm da percepção humana e da maneira humana de raciocinar.

Quando pensamos na grandeza, no poder e na majestade de Deus, nós, por sermos a semelhança de Deus, nos sentimos movidos a vivenciar e a expressar Sua grandeza, força e dignidade em nossa vida. Essas talvez pareçam qualidades humanas, mas realmente são atributos espirituais, que têm origem em nossa união com Deus, o bem.

Mary Baker Eddy chegou a essa compreensão por meio do estudo diligente da Bíblia, especialmente dos ensinamentos e obras de cura de Jesus, e deu à sua descoberta o nome de Ciência Cristã. Ela escreve: “Inteiramente separada da crença e sonho no viver material, está a Vida divina, que revela a compreensão espiritual e a consciência do domínio que o homem tem sobre toda a terra” (Ciência e Saúde, p. 14).

Tive um vislumbre dessa verdade uma noite, quando eu tinha cerca de vinte anos. Eu havia acabado de mandar instalar uma transmissão recondicionada no meu carro, e convidei três amigos para darmos uma volta e testá-la. Haviam me dito que a quarta marcha iria levar a uma velocidade bem acima do limite legal.

Havia caído uma chuva muito forte, e quando estávamos nos aproximando da alta velocidade, passamos por uma zona inundada, em que a água havia chegado a um nível bastante alto. O carro levantou e deslizou momentaneamente sobre a superfície da água. Depois começou a capotar. De repente, estávamos de cabeça para baixo, parcialmente submersos, e nos movendo em alta velocidade. Lembro-me de ouvir a capota do carro raspando o pavimento, e minha cabeça a apenas poucos centímetros do teto do carro.

Durante esse incidente, aconteceu algo que permaneceu comigo para sempre, desde aquele dia. Enquanto estávamos derrapando de cabeça para baixo, não entrei em pânico. Em vez disso, veio-me um pensamento inspirado. Foi uma declaração de Ciência e Saúde, a qual me fora apresentada pela primeira vez pela minha avó, que era praticista da Ciência Cristã: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (p. 494). 

Depois de me lembrar dessa declaração, o medo que eu sentia desapareceu completamente. Senti-me envolvido por um senso mais amplo do existir e do Ser Supremo. Fazia anos que eu não ia à Escola Dominical ou à igreja, mas essa ideia me pareceu nova e clara. Para mim, parecia natural que meus amigos e eu estivéssemos sendo protegidos. Estávamos vivenciando e comprovando essa verdade.

Quando o carro parou, perguntei se estavam todos bem. Ouvi uma resposta abafada, vinda do banco traseiro: ”Sim, tudo bem”. Com um esforço considerável, um homem que estava passando por ali conseguiu abrir uma porta, e nós quatro pudemos sair do carro. Havíamos sido arrastados mais de quarenta metros até chegar a terreno seco. O homem que abriu a porta comentou: ”Tive medo de olhar para dentro do carro. Não sabia o que ia encontrar”.

Essa experiência me ensinou que não é na matéria que achamos a segurança, por mais substancial que a matéria pareça. A verdadeira segurança se encontra em um senso ampliado do que é Deus, uma consciência de que o Amor divino está tão perto de nós quanto o ar que respiramos.

É evidente que, quanto mais claramente compreendemos que Deus é o bem infinito, sempre presente, maior é nossa confiança na Sua soberania e no Seu cuidado amoroso. Também compreendemos que nossa identidade real e permanente, nossa identidade espiritual, está em ação de maneira plena e cheia de propósito, mesmo quando parece que estamos em meio à desarmonia material.

É nosso reconhecimento dedicado, e nosso empenho em pôr em prática o que sabemos sobre nossa natureza pura e imortal, o que nos leva a vivenciar e a expressar o domínio, inspirado por Deus. Assim fica estabelecida no nosso pensamento a presença contínua do Amor e o nosso contínuo bem-estar.

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