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Original para a Internet

A Regra Áurea e a paz na terra

Da edição de agosto de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 30 de agosto de 2021.


Ultimamente, tenho sentido profunda gratidão pelas multidões que oram pela paz e harmonia no mundo. Embora culturas, credos e tradições possam ser diferentes, esse reconhecimento universal da eficácia da oração em prol da paz me infunde esperança no fato de que a união entre povos e nações é uma possibilidade presente, mesmo diante do que parece ser um caos, em meio à hostilidade e polarização.

Minha esperança no fato de que essa oração universal pode trazer harmonia e união vem de algo que aprendi há muitos anos — que existe um amplo consenso a respeito da obediência àquela que é conhecida como a Regra Áurea. Hoje, de acordo com várias fontes na internet, essa “regra” está no cerne de mais de dez religiões que se espalham ao redor do mundo. Em outras palavras, grande parte da comunidade global compreende que, se queremos ser tratados com justiça, compaixão e igualdade, nós mesmos temos de tratar os outros dessa maneira.

Por ser cristã, eu me esforço para praticar essa regra como Cristo Jesus a ensinou em seu Sermão do Monte: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:12).

Alguns talvez digam que seria preciso mais do que viver de acordo com a Regra Áurea para haver união, paz e harmonia no mundo — que seria preciso um milagre. E eles possivelmente considerem esse fenômeno como algo raro e provavelmente limitado aos relatos bíblicos.

Contudo, a Ciência Cristã, a Ciência do Cristo, oferece uma percepção diferente daquilo que é considerado milagre. Por exemplo, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve em seu texto principal, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Um milagre cumpre a lei de Deus, não viola essa lei… O milagre não introduz nenhuma desordem, mas desdobra a ordem original, estabelecendo a Ciência da lei imutável de Deus” (pp. 134–135).

O que os discípulos presenciaram, quando Jesus acalmou o mar turbulento (ver Marcos 4:37–39) e quando curou o paralítico (ver Marcos 2:3–12), foi a ordem primordial e fundamental da lei imutável de Deus, não fenômenos sobrenaturais.

Ao estudar esses relatos, percebi que o mar turbulento e o corpo paralisado são condições análogas a um mundo agitado, aparentemente incapaz de progredir para libertar-se das aflições e das tribulações físicas debilitantes. Será que é possível vivenciarmos mundialmente a mesma lei imutável de Deus em ação, como Cristo Jesus vivenciou quando acalmou o mar e curou o paralítico? Acaso não é essa a promessa que recebemos de Cristo Jesus, quando disse: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai”? E logo nos fez mais uma promessa, dizendo: “…rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (João 14:12, 16).

A Ciência Cristã oferece uma percepção diferente daquilo que é considerado milagre.

Compreendendo que o Consolador, o Confortador, que Jesus nos prometeu — a Ciência divina, a Ciência Cristã — está aqui para me guiar na aplicação das leis de Deus, de maneira a enfrentar toda circunstância humana, voltei-me ao livro Ciência e Saúde, onde li: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; estabelece a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’; …” (p. 340).

Na proporção em que vivemos segundo a Regra Áurea, sentimos muita paz e alegria, reconhecendo que existe um único Deus infinito e que, portanto, a verdade da lei imutável de Deus está se manifestando — na unificação de homens e nações, na expressão da fraternidade que cumpre o mandamento de amarmos uns aos outros como amamos a nós mesmos.

Há alguns anos, consegui ver que a prática da Regra Áurea pôde fazer transparecer mais a presença contínua do reino de Deus, o reino da harmonia. Uma situação tensa de discórdia irrompeu em nosso bairro, onde sempre reinou a paz, e onde todos sempre apoiaram uns aos outros. O clima havia mudado repentinamente, quando uma família que acabara de se mudar para ali pareceu estar motivada pela raiva e intolerância. Os outrora confiantes membros da comunidade ficaram temerosos e, consequentemente, também começaram a mostrar intolerância uns para com os outros.

Em um dia muito frio de inverno, minha filha e eu estávamos levando água para nossos cavalos, em uma pastagem próxima, porque a bomba d’água no local estava congelada. Caminhando de volta para casa, comecei a pensar em nossos novos vizinhos e percebi como eu fora fria e nada hospitaleira em meus pensamentos a respeito deles.

Naquele momento, me senti humildemente repreendida, pois percebi que o orgulho havia interferido e me impedido de tratá-los como eu gostaria de ser tratada. Reconhecendo a simples exigência da Regra Áurea, comecei a mentalmente transbordar de amor por essa família. Comecei a sentir a cordialidade daquele amor em torno de mim e de minha filha.

Quando minha filha e eu voltamos para casa, depois de cuidar dos cavalos, fizemos biscoitos para nossos novos vizinhos, como manifestação visível do amor que eu estava sentindo. Depois de entregar os biscoitos, paramos novamente para dar água aos cavalos. Para nossa alegria, a bomba d’água não estava mais congelada, embora a temperatura não tivesse mudado. Ponderando sobre isso, mais tarde, regozijei-me diante desse singelo exemplo do desdobramento da “ordem original, estabelecendo a Ciência da lei imutável de Deus”.

Em pouco tempo, outras pessoas na comunidade começaram a se aproximar dos novos vizinhos que, por sua vez, se mostraram gentis. Quando chegou a primavera, a paz, a harmonia e o apoio mútuo não só haviam voltado ao nosso bairro, mas estavam ainda mais sólidos.

Cristo Jesus nos deixou a promessa de que perceberíamos a presença do reino de Deus, e de Sua lei imutável, por meio do “arrependimento” — pondo de lado o que os sentidos físicos nos dizem e voltando-nos para os fatos espirituais. Quando compreendemos e aceitamos que Deus, o Espírito, nos dá apenas pensamentos espirituais e verdadeiros, nossa maneira de pensar fica estabelecida no reino dos céus, sob o controle da lei imutável de Deus. Sentimos a liberdade de confiar na Regra Áurea para transformar o mundo, e somos inspirados a abraçar e vivenciar aquele estado mental cheio de esperança que anunciou o nascimento de Jesus: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2:14).

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