Quando entrei na adolescência, perdi o gosto por frequentar a Escola Dominical. Eu desfrutava de participar de várias atividades da Ciência Cristã quando criança, incluindo a Escola Dominical. Mas a certa altura eu estava ficando hipercrítico todas as vezes em que nossas discussões de classe se desviavam do tópico, ou quando parecia que eu não tinha aprendido nada. Além disso, eu nunca ficava satisfeito com o desenvolvimento da aula. Quando só líamos trechos da Lição Bíblica Semanal (do Livrete Trimestral da Ciência Cristã), eu preferia que tivéssemos tido um bate-papo em classe. Quando tínhamos um bate-papo, eu queria que tivéssemos lido a Lição. Eu não entendia por que isso acontecia. E eu focava no negativo.
Com o passar do tempo, fui ficando menos motivado a ir à Escola Dominical, e minha frequência diminuiu. Mesmo quando o confinamento devido à pandemia fez com que minha igreja fechasse por tempo indeterminado, minha insatisfação com a Escola Dominical só aumentava, e eu continuava a criticar tudo o que não estava funcionando do jeito que eu queria.
Em seguida, surgiu a oportunidade de participar de uma versão online da Escola Dominical, patrocinada por outra igreja da Ciência Cristã. Gostei, e em muitos aspectos achei melhor do que a experiência presencial. Eu amei as discussões inteligentes e a forma como a cada semana havia um tópico que eu nunca havia abordado sob a perspectiva da Ciência Cristã. Eu não queria voltar à rotina da minha Escola Dominical, já que essa nova turma estava funcionando muito bem para mim.
Foi também durante esse tempo que vim a saber que um parente querido estava passando por um momento difícil, mas não soube maiores detalhes. Parecia um problema sério, e fiquei com medo. Eu havia aprendido na Escola Dominical que podia orar sobre esse tipo de situação, mas não sabia por onde começar.
Depois de um tempo, minha igreja filial reabriu, mas eu não pretendia voltar. Ficava em casa todos os domingos, lendo por conta própria trechos da Lição Bíblica. Mas meus pais realmente queriam que eu voltasse, então finalmente concordei em retornar para apenas uma aula.
Eu estava nervoso, preocupado, com medo de não me sentir à vontade. Estava imaginando que ia ser um desastre total. Em vez disso, minha turma da Escola Dominical me recebeu com muito carinho e todos ficaram contentes em me rever. E para minha surpresa, nossas conversas enfatizaram mais o tema, foram mais edificantes e até me levaram a refletir, dando-me o que pensar. Era justamente o que eu queria.
Mas parte de mim ainda receava que a conversa saísse do trilho a qualquer momento. O que eu não esperava era que meu professor selecionasse um artigo publicado no site dO Arauto da Ciência Cristã, artigo esse que veio a mudar completamente a maneira como eu estava pensando sobre a Escola Dominical.
O título do artigo, escrito por William Curtis Coffman, é “Dê um tratamento para si mesmo, todos os dias” (Arauto-Online, 25 de maio de 2020). E fala de alguns dos pontos fundamentais da Ciência Cristã, incluindo como orar efetivamente para nós mesmos, todos os dias. Várias ideias-chave estavam relacionadas com o que estava acontecendo comigo.
Quanto ao tema do medo, esta ideia se destacou para mim: “O medo é inimigo do progresso. Ele começa a desaparecer à medida que estabelecemos na consciência o fato de que toda a realidade é constituída por Deus e Sua ideia”.
Durante meses, eu estivera muito preocupado com meu parente querido, mas essas palavras me ajudaram a enfrentar a preocupação e o medo. Percebi que ceder ao medo não resolveria a situação, mas reconhecer a realidade do poder e da bondade de Deus era o que ajudaria. Comecei a me sentir muito melhor à medida que meus pensamentos mudavam em uma direção mais produtiva e espiritual.
O artigo também ajuda a esclarecer de onde vem todo pensamento bom e certo e por que devemos recusar pensamentos que não são bons. Diz assim: “A Mente de Cristo, a verdadeira consciência do homem, é sustentada por Deus. Ela não pode ser mesmerizada por sugestões mentais agressivas”. E acrescenta: “Nosso dever para com a humanidade é amar nosso irmão, nosso próximo, como a própria imagem e semelhança de Deus”. Esses trechos mudaram minha perspectiva sobre a Escola Dominical, permitindo-me começar a ver o bem — tanto em minha experiência de aula quanto em meus colegas. Senti que minha raiva foi sendo retirada de mim, quando todos aqueles pensamentos negativos simplesmente se extinguiram.
Depois disso, pude aproveitar o restante da aula da Escola Dominical, sem a expectativa de que algo desse errado. Senti-me genuinamente unido a meus colegas de turma e a meu professor. Saí da igreja naquele dia inspirado pelo que aprendera e grato por ter sido encorajado a voltar. Fiquei até mesmo animado para retornar na semana seguinte.
Desde essa cura, não só minha atitude ficou diferente, como também minha experiência na Escola Dominical melhorou. Os momentos de aula aos domingos tornaram-se repletos de profundas conversas espirituais, de que eu gostava muito. Também me dei conta de que há muitos benefícios em frequentar a Escola Dominical. A melhor parte é que você começa a ter conversas significativas sobre a Ciência Cristã com pessoas de sua idade, o que pode ter um efeito sanador em sua vida. Foi o que aconteceu comigo.
Sou imensamente grato por ter voltado à Escola Dominical.
