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Original para a Internet

Fraude acadêmica? De jeito nenhum!

Da edição de julho de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 7 de fevereiro de 2022.


Há vários meses, assisti a uma entrevista realizada em 2016 com o comediante americano Conan O’Brien, conduzida pelo então presidente da Universidade Harvard, o Dr. Drew Faust. O'Brien é ex-aluno de Harvard e suas palavras me tocaram diretamente, quando ele mencionou sua insegurança na época em que lá estudara. Disse que, embora tivesse recebido boa instrução em escolas públicas, sentia-se inseguro e tinha medo de ter cometido um erro por ter escolhido essa universidade. A maioria dos alunos vinha de condições sociais, econômicas e educacionais diferentes, e ele se perguntara se realmente pertencia àquele lugar.

Eu também tinha sido boa aluna no ensino médio. Mas, ao fazer a transição para a faculdade, senti-me perdida. Como O'Brien, eu acreditava que seria considerada uma fraude. Era como se existisse a possibilidade de, a qualquer momento, os professores determinarem que eu não estava à altura de seus padrões acadêmicos, e eu fosse convidada a me retirar.

Rememorando, não sei dizer de onde vinha esse medo. Eu não tinha falado com ninguém sobre minhas preocupações.  

Eu estava morando fora do campus, dividindo uma casa com outros Cientistas Cristãos. Morar com eles acabou sendo comprovadamente um refúgio para mim durante meus anos na faculdade, um apoio às minhas orações e ao meu estudo aprofundado da Ciência Cristã, o que me ajudou a me sentir mais confiante nos estudos.

Durante o primeiro semestre, em uma matéria chamada Língua e Pensamento Americano, recebemos a tarefa de escrever um trabalho em que tínhamos de comparar e contrastar duas figuras históricas famosas. O tema parecia confuso. A tarefa era muito vaga e as possibilidades para escolher os personagens e determinar uma maneira interessante de compará-los eram muito amplas. Não se tratava simplesmente de responder a uma pergunta feita por um instrutor, mas também de criar uma observação nova sobre duas figuras históricas que não tinham nenhuma relação entre si.

De modo natural, a oração foi para mim o primeiro passo, ao tentar resolver o impasse de escolher e desenvolver uma ideia. Eu sabia que Deus tudo sabe e que toda oração em busca de ajuda é atendida. Na Escola Dominical da Ciência Cristã, eu havia aprendido os sete sinônimos de Deus, apresentados no livro-texto da Ciência Cristã, sendo um deles a Mente. Esse livro-texto — Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, explica: “A Mente, Deus, exala o aroma do Espírito, a atmosfera da inteligência” (pp. 191–192). Compreender que Deus é a Mente única, a fonte da inteligência, da criatividade e da ordem, me trouxe paz. E com ela veio a inspiração: uma ideia para o trabalho.

Eu não tinha nenhuma experiência com esse tipo de texto e de análise, contudo, todos os componentes necessários para escrever o trabalho me vieram ao pensamento, com facilidade e rapidez. O processo de escrita fluiu sem dificuldades e sem medo. Eu estava plenamente grata por me sentir tão conectada, tão una com a Mente divina! A verdade é que nunca estamos desconectados de Deus, porque somos eternamente o reflexo da Mente. Ciência e Saúde explica que o homem é “...a ideia de Deus, ideia composta que inclui todas as ideias corretas; o termo genérico para tudo o que reflete a imagem e a semelhança de Deus; a consciente identidade do existir, como mostra a Ciência, na qual o homem é a reflexão, o reflexo, de Deus, ou seja, da Mente, e portanto é eterno; é o que não tem mente separada de Deus; é o que não tem nenhuma qualidade que não derive da Deidade; é o que não possui vida, inteligência, nem poder criador próprios, mas reflete espiritualmente tudo o que pertence a seu Criador” (p. 475). 

Nas semanas que se seguiram, senti-me mais consciente da presença, do poder e do efeito de sentir a influência de Deus em minha vida. Aliás, quando o professor estava nos devolvendo os artigos, me chamou pelo nome e pediu que eu me identificasse. Então distribuiu uma cópia do meu texto para toda a turma, como exemplo de como escrever e estruturar esse tipo de trabalho.

Tenho de admitir que o professor pareceu surpreso quando levantei a mão ao ouvir meu nome. Durante as aulas eu sempre me sentava na última fileira e nunca fazia perguntas nem me dispunha a respondê-las. Esse foi um momento transformador para mim, bem como uma confirmação de que as ideias no artigo se originaram e foram organizadas pela única inteligência todo-amorosa, Deus.

Essa experiência rompeu o mesmerismo do medo a respeito dos meus estudos, e o medo nunca mais teve domínio sobre minha vida na faculdade. Mesmo diante de outros desafios acadêmicos, senti-me mais confiante de que Deus estava presente e eu não podia fracassar. A evidência desse fato é que fui aprovada em todas as matérias, e me formei na época prevista, com classificações de alto nível.

O trabalho que me fora designado, em vez de me expor como fraude acadêmica, ajudou-me a ver que é a Mente, Deus, que nos dá inspiração, ordem e clareza de pensamento. Cada um de nós reflete essa Mente e tem a capacidade, dada por Deus, de demonstrá-la.

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