Acho que nunca mais conseguirei olhar para um relógio da mesma maneira, depois do que aconteceu um dia ou dois após a mudança de sairmos do horário de verão, quando todos os relógios deviam ser atrasados uma hora. Eu estava em meu escritório e notei um relógio na parede, o qual ainda não havia sido acertado, e estava marcando a hora por volta do meio-dia.
Isso me fez pensar no conceito de um “eterno meio-dia”. Essa é uma ideia que consta do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, escrito por Mary Baker Eddy, que fundou esta revista, O Arauto da Ciência Cristã. Ela escreve: “Medir a vida pelos anos solares despoja a juventude e reveste a velhice de características feias. O sol radiante da virtude e da verdade é simultâneo com o existir. A plenitude do homem é o eterno meio-dia desse sol, e essa plenitude nunca é diminuída por um sol em declínio” (p. 246).
A Ciência Cristã, que está fundamentada nos ensinamentos de Cristo Jesus, explica que somos criados à imagem e semelhança de Deus, o Espírito, e que consequentemente somos imortais, isto é, eternamente livres de qualquer medida material de tempo. Isso quer dizer que o passar do tempo não pode ditar a condição ou qualidade do homem de Deus — você e eu — porque somos verdadeiramente espirituais, não materiais.
Por isso, a verdadeira plenitude do homem e da mulher está sempre no “eterno meio-dia” da existência. Expressamos eternamente as qualidades de Deus, isentas de idade, manifestando o bem, a perfeição, a sabedoria, a beleza e a santidade. Essa natureza espiritual nunca está sujeita à passagem do tempo retratada por um sol poente. Por meio da oração, cada um de nós pode comprovar algo a respeito do nosso verdadeiro existir no “eterno meio-dia” em Deus.
A Ciência Cristã, que está fundamentada nos ensinamentos de Cristo Jesus, explica que somos imortais, isto é, eternamente livres de qualquer medida material de tempo.
Certa vez, sofri uma distensão muscular no braço e um colega, com quem eu estava conversando, disse algo assim: “Você pode estar certo de que essas coisas vão acontecer, à medida que você envelhece, e elas ficam mais difíceis de superar”. De imediato afirmei mentalmente que isso não era verdadeiro a respeito de nenhum de nós, pois somos os perfeitos filhos espirituais de Deus. Nenhuma limitação, incluindo as relacionadas à idade, pode afetar nosso verdadeiro existir.
Há uma decisão que todos nós precisamos tomar: ou bem aceitar uma visão sobre nós mesmos e os outros, visão essa limitada, material e sujeita ao envelhecimento, ou reconhecer nossa eterna identidade espiritual como filhos de Deus. Optei por esta última e orei a Deus, afirmando minha identidade imortal, jamais acidentada, sempre isenta de dor, nunca susceptível a problemas físicos associados a estados e fases da vida mortal. Nada a respeito de nossa verdadeira identidade pode jamais desviar-se de nossa semelhança com Deus, porque somos criados como a expressão do bem e da perfeição divinos, não como entidades materiais.
À medida que eu continuava a orar com essas ideias, senti confiança de que meu braço seria curado. E foi exatamente o que aconteceu. Pareceu-me tão natural constatar que eu estava totalmente livre do problema, que fiquei realmente agradecido.
Agora, sempre deixo um dos relógios no escritório marcando meio-dia. Isso serve como contínuo lembrete de nosso eterno existir espiritual em Deus.
Se a vida nos apresenta problemas que parecem relacionados com a idade, podemos manter uma perspectiva espiritual mais elevada sobre nós mesmos como imortais e livres da idade — sempre no “eterno meio-dia” em Deus — e, como resultado, vivenciar a cura. Como a Sra. Eddy declara: “A Vida e o bem são imortais. Modelemos, então, nossa perspectiva da existência em beleza, frescor e continuidade, em vez de em velhice e decrepitude” (Ciência e Saúde, p. 246).