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Original para a Internet

As promessas de Deus e a certeza da cura

Da edição de setembro de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 9 de maio de 2022.


A narrativa histórica das Escrituras está tecida e entrelaçada com as promessas que Deus nos fez, de esperança, bem-estar, segurança e livramento. Deus prometeu — a Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Neemias, Noé e aos reis Josafá, Ezequias, Davi e Salomão, para citar apenas alguns — que seus bons propósitos seriam recompensados, que venceriam as batalhas que travassem, que as pessoas seriam curadas e protegidas, haveria provisão para as famílias, as terras seriam colonizadas e os governos estabelecidos seriam sábios.

O ponto de suma importância para nós hoje é que todas essas promessas foram mantidas e cumpridas. Em cada um desses casos, houve um acompanhamento completo de um Deus amoroso que foi e continua a ser sempre fiel à Sua Palavra. Embora cada promessa cumprida envolvesse pessoas que responderam à inspiração espiritual e obedeceram às orientações divinas, em última análise, um poder muito maior do que aqueles importantes personagens bíblicos estava em ação. Era o próprio Deus, trazendo Sua amorosa boa vontade para a humanidade e revelando a herança do homem, de liberdade espiritual quanto às restrições da crença mortal.

Estamos conscientes e somos gratos pelos inúmeros exemplos bíblicos das promessas de Deus, as quais foram todas cumpridas e inspiram a confiança de que a cura certamente virá em nossa própria vida. Talvez essa seja a razão pela qual Mary Baker Eddy, no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, salienta a necessidade de estarmos mais cientes das promessas de Deus, principalmente no que se refere à cura de doenças físicas. “Se somos cristãos em todas as questões morais”, escreve ela, “mas estamos no escuro quanto à imunidade física que o Cristianismo inclui, então precisamos ter mais fé em Deus a esse respeito, e estar mais atentos a Suas promessas” (p. 373).

Podemos nos perguntar o que significa, em termos práticos, estar mais atentos às promessas de Deus, especialmente no que diz respeito à cura de doenças. Uma maneira de fazer isso é recorrer diretamente à Bíblia e ler essas promessas maravilhosas no seu próprio contexto, observando, nas inúmeras e comoventes narrativas, a maneira como elas foram cumpridas. Nesse processo, provavelmente veremos que muitas dessas promessas não se prendem à época em que ocorrem, mas falam de maneira maravilhosa à nossa própria experiência, como também a quaisquer desafios que estejamos enfrentando no momento. Na verdade, podem ser especialmente fortalecedoras e encorajadoras em tempos difíceis, lembrando-nos de que podemos confiar totalmente no cuidado que Deus tem por nós.

 Várias promessas bíblicas que me são especialmente queridas e que me vieram à mente durante a oração e foram claras precursoras da cura, incluem: “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13). Também esta, diretamente relacionada à cura: “Porque te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o Senhor…” (Jeremias 30:17). E esta poderosa garantia: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, … e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Malaquias 3:10). Finalmente, estas palavras, familiares a muitos: “E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei” (Isaías 65:24).

Essas passagens me fizeram lembrar muitas vezes a promessa da cura espiritual. Lendo-as, consegui discernir, em maior medida do que conseguira discernir anteriormente, que Deus leva todas as ideias corretas à fruição, incluindo a própria ideia correta de cura — quer eu estivesse orando em busca da cura de um desafio físico, ou de orientação na tomada de decisões importantes, ou no empenho em superar alguma tendência indesejável.

A razão pela qual os profetas e outros podiam confiar nessas promessas era porque sabiam que elas eram feitas por Deus. Na verdade, essas promessas representavam a própria Palavra de Deus, que lhes estava tocando o coração e a mente, inspirando percepções mais claras a respeito de Deus, o bem, e do poder divino. O espírito autoassertivo da Verdade e do Amor divinos na consciência humana é o Espírito Santo, ou o Cristo, que os Evangelhos descrevem como tendo divinamente ungido Jesus e impregnado totalmente seu ministério de ensino e cura. Essa influência inspiradora de esperança impulsiona toda cura e progresso, e é sentida por qualquer um que seja receptivo e se dê conta de sua mensagem. Essa influência rompe o senso sombrio de desesperança, medo, futilidade, até mesmo uma aparente impossibilidade, e testifica que Deus, o Espírito, é nossa origem e nosso amoroso Pai-Mãe, e que nós somos inteiramente espirituais, ou seja, a expressão do Espírito, expressão essa graciosamente dotada de autoridade divina sobre as alegações errôneas dos sentidos materiais.

Vivenciamos esse animus divino de uma maneira que naturalmente faz com que nos lembremos do Consolador, o Cristo sanador — como garantia espiritual da presença de Deus conosco, um senso vivificado de que o bem prevalece, de que há uma expectativa de cura, e uma convicção fortalecida de que Deus já é realmente supremo em nossa vida. Essas garantias vêm às vezes em palavras e outras vezes mais como um senso ou intuição espiritual. Inspiram-nos a rejeitar a evidência que está diante dos sentidos e a aceitar a certeza dada por Deus, de que Ele está guiando nossas orações e a cura está acontecendo.

Não muito tempo atrás, tive uma experiência que fez muitas dessas ideias ficarem mais claras e resultou em uma cura profundamente significativa.

Uma noite, pouco depois de adormecer, acordei com dor e sentindo-me febril. Orei para resistir à tentação de especular sobre os sintomas, e para silenciar o medo. Então, prestando atenção às diretrizes do Pai, ouvi — de maneira totalmente inesperada — esta mensagem: “As promessas de Deus são cumpridas”.

Essa ideia teve um efeito tão tranquilizador em minha consciência, que eu tive certeza de que vinha de Deus. Por isso, pensei cuidadosamente em várias promessas registradas no Antigo Testamento e reconheci com reverência como Deus havia cumprido cada uma delas. 

Então veio a ideia de pensar sobre as promessas “maiores” registradas nas Escrituras, aquelas que abrangem a humanidade e envolvem o escopo da história humana. A mais importante delas, é claro, foi a promessa de Deus aos antigos profetas, sobre a vinda do Messias. Essa promessa se cumpriu no nascimento virginal, bem como no ministério de cura do Mestre, Cristo Jesus, na ressurreição e na ascensão. E Jesus prometeu que seu Pai celestial enviaria à humanidade outro Confortador, ou Consolador, que ele disse a seus seguidores que estaria conosco para sempre como sanador, Salvador, Redentor. “Minha compreensão é de que esse Consolador, esse Confortador, é a Ciência Divina”, a Sra. Eddy mais tarde escreveria (Ciência e Saúde, p. 55).

Passei a ver, de uma maneira nova, que assim como a inigualável missão de Jesus foi cumprida, a missão do Confortador, do Consolador prometido, se cumprirá plenamente, curando e salvando a humanidade, tanto individual como coletivamente, ao longo dos tempos, e estabelecendo o reino de Deus “…assim na terra como no céu…” (Mateus 6:10). A inquestionável vastidão dessas promessas mais elevadas — que abrangem a história humana e que estão sendo cumpridas, primeiro por meio da missão de Cristo Jesus, e agora por meio da Ciência Cristã, que é a revelação completa e final da Verdade que ele demonstrou — me proporcionou imensa gratidão enquanto eu orava.

Foi então que me ocorreu: o cumprimento da incumbência que o Pai deu a Seu divino Confortador certamente incluía minha própria cura, naquela noite escura em que eu me esforçava para ouvir a Palavra de Deus e aceitar mais plenamente a realidade de Sua presença total e única. Isso significava que a cura era inevitável, irresistível.

Durante toda a noite senti cada vez mais alegria e paz, à medida que essas ideias se expandiam em meu pensamento. Lembro-me de pensar, em determinado momento, que eu não trocaria essa experiência por nada, porque o desafio estava sendo transformado em uma bênção preciosa por meio desse desdobramento extremamente significativo. À medida que a noite avançava, a dor e a febre diminuíram pouco a pouco e, quando me levantei para começar o dia, os sintomas haviam desaparecido.

 Rememorando essa experiência, lembrei-me desta declaração de Ciência e Saúde: “A ideia imortal da Verdade vem varrendo os séculos, recolhendo sob suas asas os doentes e os pecadores”. E um pouco mais adiante no mesmo parágrafo temos esta garantia: “O que foi prometido será cumprido” (p. 55). Senti que estava sob essa majestosa varredura da “ideia imortal da Verdade”, e que eu havia sido amorosamente recolhida “sob suas asas”.

Reconhecer a autoridade da Ciência Cristã como o cumprimento da promessa e da profecia divinas nos ajuda a reconhecer nossa própria autoridade na prática da Ciência Cristã. Esse reconhecimento fortalece nossa capacidade de curar e de sermos curados, porque vemos que não estamos sozinhos, tentando com esforço aplicar as verdades da Ciência Cristã. O poder e a autoridade do Espírito Santo, que impulsionou as muitas vitórias no Antigo Testamento, e a obra messiânica e o estabelecimento do Cristianismo primitivo no Novo Testamento, estão operando em cada um de nós, para assegurar a eficácia sanadora de cada oração.

Apoiados nessa compreensão, não estaremos propensos a ficar mesmerizados pelo desânimo em nosso trabalho de cura, ou a sentir-nos inseguros sobre o resultado de nossas orações, ou a ser enganados pela infinidade de perguntas da mente mortal, como “e se”, a respeito de um caso. Estaremos mais seguros de que nossas orações se concretizarão.

Quando oramos, portanto, podemos reconhecer com gratidão que a cura que buscamos virá, com certeza. Essa cura não será frustrada por pessoas ou circunstâncias, por um clima mental de inclinação materialista, ou mesmo por um senso de nossas próprias falhas humanas. Mas a cura virá, tão certamente como o dia segue a noite, cumprindo o propósito de cura de nosso Pai para Seu divino Confortador — o Espírito Santo e Cristo — que amorosamente acolhemos na oração e na prática.

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