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ARTIGOS

Igreja — uma presença vital na comunidade

Da edição de setembro de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 2 de junho de 2022.


Recentemente, eu estava atuando como indicadora em uma reunião de testemunhos de quarta-feira à noite em minha filial da Igreja de Cristo, Cientista, na cidade de Nova York. Confesso que estava um pouco aborrecida, pois eu havia informado que não estaria disponível exatamente naquela semana. Mas, mesmo assim, fui designada para ser indicadora, e tive de adequar meus planos para estar na igreja naquela noite. Mas logo vi qual era a razão pela qual eu deveria estar lá: para compreender que nossa igreja é uma presença sanadora vital em nossa comunidade!

 A certa altura durante a reunião, logo após a leitura da Bíblia e do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, houve uma comoção do lado de fora da sala de cultos, quando uma senhora entrou, descalça, carregando um grande saco plástico com seus pertences. Um segurança do bairro, que a seguira, também enfiou a cabeça pelo vão da porta e gritou para que chamássemos a polícia, porque aquela senhora o havia atacado. Aparentemente, ela havia espalhado seus pertences na frente do prédio em que ele trabalhava. Ele contou que, quando pediu a ela que fosse embora, ela lhe respondeu de maneira agressiva.

Aquela senhora entrara pelo saguão de nossa igreja e ia caminhando até a porta da sala de cultos, querendo entrar. Visto que ainda estava muito agitada, sugerimos que permanecesse no saguão até se acalmar. Nesse momento, dois membros da congregação saíram e se ofereceram para acompanhá-la para fora e ficar com ela até que se sentisse segura. Finalmente, ela se acomodou no cantinho de leitura, do outro lado do saguão, com outro indicador e esses dois membros da congregação.

Eu estava orando fervorosamente com as palavras de Cristo Jesus: “…onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20). Ciência e Saúde define Cristo deste modo: “A divina manifestação de Deus, que vem à carne para destruir o erro encarnado” (p. 583). Compreendi que estávamos reunidos em nome do Cristo e que o Cristo estava naquele culto. Por isso, paz, graça, harmonia e cura estavam sendo comunicadas pelo Cristo aos que estavam presentes e a toda a comunidade. O amor de Deus é infinito e, portanto, tem de ser onipresente. Ficou claro que todos estavam orando — toda a congregação na sala de cultos e aqueles que estavam com a senhora no cantinho de leitura em nosso saguão. Durante o culto, houve testemunhos de muitas pessoas, que relataram curas maravilhosas.

Finalmente, a mulher foi embora e o segurança apareceu para dizer que havia decidido não prestar queixa contra ela. Fiquei muito grata por ver a ordem de Deus se expressando e por ver que nos unimos como igreja para enfrentar, por meio da oração, as doenças mentais e o aumento das tensões na vida na cidade.

Depois, quando fui para casa, passei pelo segurança e agradeci por sua contribuição para a paz na comunidade. Ele parecia mais calmo e cordato, e ficou feliz por ter sido reconhecido como pacificador.

Também fiquei grata pelas orações de toda a congregação e pelo apoio sensível daquelas duas pessoas que estavam no culto. Um deles, membro da igreja, tem experiência em trabalhar com a comunidade dos sem-teto, e o outro começara a estudar a Ciência Cristã fazia pouco tempo, um vizinho de longa data que agora começara a frequentar regularmente nossos cultos. Ambos souberam como falar com aquela senhora de maneira apropriada e, acima de tudo, tiveram o desejo de ajudá-la a se sentir em segurança e acolhida.

Visto que desde essa ocasião tenho orado a respeito da minha própria atuação na igreja naquela noite, compreendo que servir à igreja não se trata de uma pessoa estar desempenhando uma função específica. Sabemos que a Igreja é uma ideia espiritual completa, com tudo o que é necessário para cumprir seu propósito, “…curando o mundo e salvando-o do pecado e da morte…” (Manual da Igreja, de autoria de Mary Baker Eddy, p. 19). Ao atuar na igreja, estamos reconhecendo e valorizando o poder dessa ideia e amando-a pelo que ela está fazendo exatamente neste momento no mundo.

Como indicadora naquela noite, eu estava defendendo o poder de cura da Igreja e não estava me deixando distrair por nenhuma crença que pudesse agredir a igreja. Estas são algumas dessas crenças: que a Ciência Cristã não é eficaz e que os números em declínio tornam tanto a nós, Cientistas Cristãos, como a própria Ciência Cristã, irrelevantes. Em vez disso, compreendi que nossa igreja filial tinha o dever e a capacidade de ser uma luz em nossa comunidade. Lembrei-me de um artigo do Quadro de Conferencistas da Ciência Cristã (ver o artigo de Tom McElroy, intitulado “Conferências da Ciência Cristã: Mensagens distintas e impelidas por Deus”, publicado na edição de agosto de 2021 dO Arauto da Ciência Cristã), o qual dizia que uma igreja está em sua comunidade para servir a um propósito único, ordenado por Deus. Nossa igreja vivenciou exatamente isso naquela noite, pois a congregação permaneceu firme diante de uma cena perturbadora e se recusou a deixar que qualquer coisa desviasse o propósito da Igreja de elevar e abençoar a todos. Conseguimos dar apoio tanto àquela mulher quanto ao segurança.

Essa experiência parece oportuna, porque muitos Cientistas Cristãos dedicados estão achando que a igreja não é mais tão importante, ou que servir à igreja não lhes retribui pelo que deles exige, ou que não vale a pena atuar ou assistir aos cultos presencialmente, quando podemos fazer isso on-line.

Tenho orado para obter uma compreensão mais profunda de Deus como Pessoa, a única Pessoa, para que a preocupação de que precisamos de uma pessoa para preencher uma necessidade seja realmente uma exigência de vermos que Deus já está ali suprindo essa necessidade. Lemos sobre esse conceito de Pessoa infinita em Ciência e Saúde: “O mundo crê que existam muitas pessoas; mas se Deus é pessoa, só existe uma pessoa, porque só existe um único Deus. Sua pessoalidade só pode ser refletida, não transmitida. Deus tem ideias incontáveis e todas elas têm um só e o mesmo Princípio, uma só e a mesma origem” (p. 517). Como Cientistas Cristãos, estamos sendo solicitados a contemplar a presença infinita de Deus, e a prova dessa presença é que cada necessidade já está suprida.

Assim como Cristo Jesus disse aos discípulos que estaria “no meio deles” quando dois ou três estivessem reunidos em seu nome, o Cristo está nos lembrando hoje do efeito transformador de nos reunirmos e reconhecermos a presença do poder espiritual. A definição de Igreja em Ciência e Saúde nos diz que essa atividade divina “…eleva o gênero humano, despertando a compreensão que está adormecida nas crenças materiais, levando-a ao reconhecimento das ideias espirituais e à demonstração da Ciência divina, expulsando dessa forma os demônios, ou seja, o erro, e curando os doentes” (p. 583). Estamos vivendo tempos em que a humanidade está faminta por essa graça salvadora. Nossas comunidades precisam sentir esse efeito. Nossa participação na igreja faz com que o Cristo sempre ativo seja tangível à consciência humana — e, portanto, ao mundo inteiro — aqui e agora.

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