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Original para a Internet

EDITORIAL

Abrir a cortina para a realidade

Da edição de julho de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 10 de abril de 2023.


Certa vez, dirigindo-se aos membros dA Primeira Igreja de Cristo, Cientista, sua Fundadora, Mary Baker Eddy, disse: “Os atores da terra mudam as cenas da terra…” (Message to The Mother Church for 1902 [Mensagem À Igreja Mãe para 1902], p. 17).

“Ah, com certeza mudam!” pensei, há pouco tempo, lembrando decisões de líderes mundiais, as quais tiveram sérias consequências para toda a família humana.

Procurei, porém, examinar esse trecho no contexto da mensagem da Sra. Eddy. Que alerta para nós! As palavras dela não apontavam para o que os outros fazem, mas sim, para o que poderiam e deveriam fazer os pensadores espirituais, como aqueles para quem ela estava falando. A passagem completa diz: “Muitos dos que deveriam se manter despertos e despertar o mundo estão dormindo. Os atores da terra mudam as cenas da terra; e a cortina da vida humana deveria ser aberta para a realidade, para aquilo que é mais importante do que o tempo; aberta para o dever cumprido e a vida aperfeiçoada, onde a ale­gria é real e jamais se desvanece”.

É animador perceber que cada um de nós contribui para melhorar as cenas da terra, quando estamos dispostos a despertar para o que é espiritualmente real. Quando a cortina se abre, aquilo que é revelado é verdadeiramente maravilhoso: um Deus infinitamente bom, que governa toda a criação com imparcialidade; e também a criação de Deus, o homem, cada um de nós, sendo a glória e a expressão desse bem divino que é tudo o que realmente existe.

Ali onde os limites da vida humana parecem tão determinantes, há a realidade ilimitada do Espírito, Deus, abrangendo e elevando a experiência humana. A presença do Espírito é demonstrada sempre que a bondade, a justiça etc. brilham no pensamento e na ação individual e coletiva. Isso é especialmente verdadeiro quando os sentidos físicos cedem ao reconhecimento daquilo que a Ciência Cristã revela como sendo nossa realidade puramente espiritual.

Esse reconhecimento da realidade ocorre quando ouvimos a mensagem do Cristo, que proclama a Verdade divina, Deus, a qual Jesus ouviu tão claramente e com grande efeito sanador. Embora fosse sem igual a constância com que Jesus percebia e dava provas da Verdade, a ideia da Verdade é universal e incessantemente transmitida pelo Cristo. Estar atentos à mensagem do Cristo nos eleva para a percepção da vida no Espírito, Deus, em quem “vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28).

O despertar para essa realidade representa uma mudança no pensamento, mas não é uma atividade mental abstrata. Jesus deu provas do poder que têm a convicção e a ação fundamentadas no bem ilimitado de Deus, para curar doenças físicas e mentais e transformar pecadores.

Em várias situações, inclusive em sua própria ressurreição, Jesus também abriu a “cortina” da crença mortal — a crença de que vivamos na matéria e estejamos sujeitos à mortalidade — e demonstrou que a Vida é Deus, o bem espiritual imortal. Captamos vislumbres gloriosos dessa imortalidade da natureza divina, ao focar em nossa consciência aquilo que é verdadeiro. Então, o reconhecimento de nossa natureza mais elevada, como reflexo de Deus, desponta no pensamento. Esse reconhecimento faz com que o senso falso e mortal de existência se enfraqueça cada vez mais, a cada cura que resulta do despertar para a realidade divina da nossa vida.

Essa verdade a respeito da Vida também põe a descoberto a mentira de algum tipo de letargia que nos impediria de ver que a natureza divina abrange a experiência humana e a eleva, por elevar o pensamento e a ação. Tal letargia talvez nos faça pensar que não conseguimos encontrar tempo para o estudo e a oração; que sentimos sonolência justamente no horário que reservamos para Deus; ou que “merecemos” uma breve distração digital, e acabamos ficando horas nas redes sociais. Contudo, podemos refutar a aparente realidade desse cenário, que é simplesmente a pretensão de uma influência contrária à do Cristo sempre ativo. Uma vida sem brilho não tem existência nem autoridade para nos impedir de exercer a capacidade, dada por Deus, de vermos a sublime realidade revelada pelo Cristo. Somente Deus é quem realmente existe e faz valer Sua autoridade.

É preciso pensar e agir a partir dessa percepção espiritualmente elevada da realidade, mesmo em questões que nos parecem distantes da nossa esfera de influência pessoal. Com base em seu comprovado entendimento do alcance infinito da Verdade divina e da cura pelo Cristo, a Sra. Eddy concluiu: “Os pensamentos e as ações corretas são o remédio supremo para todas as desgraças da terra” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 283). Especialmente quando esses “pensamentos e ações corretas” resultam na restauração da saúde física e mental, é que nós reconhecemos a universal aplicação prática das verdades espirituais compreendidas e demonstradas.

A obra principal sobre a Ciência Cristã, de autoria da Sra. Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, diz que essas curas são “o sinal de Emanuel, ou seja, ‘Deus conosco’ — uma influência divina sempre presente na consciência humana, e que se repete, vindo agora como fora prometido antigamente:

“Para proclamar libertação aos cativos [dos sentidos]
E restauração da vista aos cegos,
Para pôr em liberdade os oprimidos” (p. xi).

Essa influência salvadora está sempre presente e nos capacita a ver que todos nós somos criação de Deus e estamos sempre despertos para o Espírito e para nossa verdadeira identidade espiritual.

Muitas cenas da terra exigem uma resposta sanadora para assegurar o progresso da humanidade rumo ao Espírito que, por sua vez, lança luz sobre soluções práticas. Vidas que abrem a cortina para a realidade divina são essenciais para esse fim. E, vivendo cada vez mais esse tipo de vida, nós progredimos para o “dever cumprido e a vida aperfeiçoada”, com sua recompensa: a alegria espiritual que não se desvanece.

Tony Lobl
Redator-Adjunto

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