Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

O domínio de Deus sobre o universo e as condições climáticas

Da edição de julho de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de março de 2023.


Nos primeiros meses de 1971, fui testemunha de um exemplo convincente de oração atendida, que me comprovou o poder de Deus. 

Um amigo e eu éramos orientadores educacionais em uma grande fazenda de criação de cavalos e gado em Zion, Arkansas, nos Estados Unidos. Na fazenda havia também acomodações para cerca de vinte adolescentes portadores de problemas emocionais, com o pessoal encarregado de cuidar desses rapazes. Havíamos instalado uma escola rural em outro lado da propriedade. Todas as manhãs durante a semana, meu amigo cruzava a fazenda a cavalo com cerca de dez alunos, rumo à escola, onde lhes ministrava as aulas matinais. Eu lhes levava o almoço por volta do meio-dia e dava as aulas da tarde. Os meninos e eu voltávamos então a cavalo para a casa e os alojamentos da fazenda, em tempo para o jantar. Não havia telefone em nossa escola improvisada.

Em uma manhã de tempo seco e muito vento, meu amigo estava na escola com os garotos. Enquanto me preparava para ir lá substituir meu amigo, recebemos um telefonema urgente de um dos meninos que correra até uma fazenda próxima para telefonar. Ele disse que a grama perto da escola estava pegando fogo. Também disse que a situação estava fora de controle e que meu amigo precisava de ajuda. 

Alguns empregados da fazenda e eu carregamos a caminhonete com cobertores para abafar o fogo, pás e ancinhos, e seguimos rapidamente para a escola. Meu amigo e eu estávamos estudando a Ciência Cristã havia relativamente pouco tempo, mas enquanto eu dirigia, orei em silêncio para reconhecer que Deus, o bem, era o único poder e sempre nos proporciona domínio, harmonia e paz em qualquer situação. Afirmei que nada podia estar fora do domínio infinito de Deus sobre o universo. Quando chegamos ao local, cerca de 15 minutos depois, ficamos surpresos ao ver que o fogo estava quase que totalmente apagado. Todos estavam a salvo. 

Meu amigo nos contou que estava na aula com os garotos, quando dois deles saíram sorrateiramente para fumar atrás do celeiro. Inadvertidamente, eles haviam começado o incêndio na grama seca e alta que cobria uma grande clareira entre o celeiro e a mata. Quando meu amigo saiu, o fogo estava avançando em direção à mata seca, levado por um forte vento que estivera soprando de sudoeste havia alguns dias. 

O meu amigo e os garotos tentaram apagar as chamas com seus casacos, mas pararam e recuaram, quando o fogo ficou fora de controle. Depois de se certificar que os meninos estavam em segurança, meu amigo afastou-se do fogo e foi orar em silêncio, afirmando a verdade de que Deus — o Espírito infinito e onipotente — estava presente e no controle da situação. Assim que o fogo alcançou a mata e o primeiro pinheiro foi atingido pelas chamas, o vento de repente mudou e passou a soprar em direção contrária, e apagou o fogo. 

Quando chegamos, vimos a grama queimada e a árvore ainda fumegante — uma metade carbonizada e sem folhas e a outra metade verde e intocada. Pareceu um milagre aos olhos dos garotos e dos empregados da fazenda. Não havia explicação racional para o fato de o vento ter mudado de direção daquela maneira. Não fosse isso, o fogo teria se transformado em um incêndio florestal de grandes proporções. Uma vez apagado o fogo, o vento voltou a soprar de sudoeste nos dias que se seguiram. 

Ao descrever sua experiência, meu amigo falou sobre como havia se sentido impotente diante do fogo, o que fizera com que ele se voltasse totalmente para Deus. Disse que, ao voltar-se para Deus em oração, abandonou o senso que ele tinha de si mesmo, de que era um mortal amedrontado, e de que a situação era assustadora.

A Bíblia nos apresenta vários exemplos convincentes de pessoas que se apoiaram no poder de Deus dessa mesma forma. Quando os filhos de Israel ficaram encurralados entre as opressoras forças egípcias e o Mar Vermelho (ver Êxodo 14:9–21), Moisés disse ao povo, que estava desesperado: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará”. Assim, em obediência à orientação de Deus, “Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas”, permitindo que os israelitas escapassem para um local seguro. 

Em outra ocasião, Jesus repreendeu e acalmou uma forte tempestade, bem como o medo de seus discípulos (ver Marcos 4:36–39). Ao fazê-lo, ele deve ter visto a realidade espiritual que estava por trás do aparente perigo e da desarmonia. Ele também estava consciente de que o reino dos céus, com sua perfeita calma e paz, estava bem ali onde a tempestade parecia estar.

Acaso as condições climáticas estão são externas à nossa consciência e estão além da nossa capacidade de compreender o controle de Deus sobre todas as coisas? Pelo contrário, uma melhor compreensão da onipotência e onipresença de Deus aqui e agora eleva cada um de nós para percebermos espiritualmente a atmosfera divina totalmente boa, repleta de calma e paz, exatamente onde os eventos climáticos perturbadores e ameaçadores parecem estar — ainda que esses eventos sejam atribuídos a forças supostamente fora do controle de Deus como, por exemplo, as alterações climáticas. O livro-texto da Ciência Cristã afirma: “A mente mortal vê o que crê, tão certamente como crê no que vê” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 86).

Em uma biografia da Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy: Uma Vida Dedicada à Cura, uma reminiscência escrita por uma de suas alunas descreve certa ocasião em que um ciclone ameaçava chegar à casa da Sra. Eddy em Concord, New Hampshire, Estados Unidos. Ao ser informada da tempestade iminente, a Sra. Eddy dirigiu-se ao alpendre nos fundos da casa. Clara Shannon, a aluna que se aproximou dela alguns minutos depois, relata: “Ela estava olhando para cima, e eu podia ver pela expressão em seu rosto que ela não estava vendo nuvens, mas estava vendo a Verdade. Eu vi as nuvens negras virarem azuis, o azul virar cinza claro, o cinza claro virar nuvens branquinhas, que se dissolveram. . . Ela me disse: ‘Não há nuvens que escondam o rosto de Deus, e não há nada que possa se interpor entre a luz e nós — esse é o clima do Amor divino' ” (Yvonne Caché von Fettweis e Robert Townsend Warneck, pp. 293–294).

Ironicamente, eventos climáticos catastróficos são geralmente atribuídos à “vontade de Deus”, o que reflete as crenças teológicas ultrapassadas de um Deus semelhante ao homem, que faz com que tanto coisas boas quanto coisas ruins aconteçam à humanidade. Mas nosso Pai-Mãe Deus é sempre cem por cento bom e é todo o poder que existe, irradiando amor e proteção para a humanidade e o universo. Mais de cento e cinquenta anos de testemunhos de cura e proteção resultantes do estudo e aplicação dos ensinamentos da Ciência Cristã, dão provas de que a segurança e a cura são o efeito prático de uma compreensão mais clara acerca da realidade espiritual que tudo abrange, o reino dos céus, que Jesus disse estar “próximo” (Mateus 10:7)), isto é, sempre perto de nós.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 2023

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.