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Original para a Internet

Tratamento e cura —inteiramente espirituais

Da edição de julho de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 16 de março de 2023.


Se fôssemos essencialmente entidades físicas, e se apenas a matéria fosse real e causativa, só poderia haver uma maneira lógica de preservar a saúde, ou seja, o uso de recursos materiais. No entanto, se somos mais do que seres físicos, essa abordagem limitada será inadequada, e o tratamento exigirá uma percepção mais ampla de nossa verdadeira natureza, que é diferente de um mecanismo material. “O homem é mais do que uma forma material com uma mente por dentro, que tem de escapar do seu ambiente para ser imortal”, afirma a fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, em seu profundo livro sobre tratamento e cura, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras (p. 258).

Se somos mais do que formas materiais, faz sentido que o tratamento vá além das formas materiais. A Ciência Cristã ensina que não estamos confinados na matéria, pois em realidade somos livres de suas imposições, livres a tal ponto, que somos identificados como filhos de Deus, inteiramente espirituais. Por isso, em vez de procurar determinar os efeitos da matéria sobre a matéria, avanços realmente inovadores, em várias áreas de tratamento, deverão levar em consideração os efeitos e a ação do pensamento, de Deus, e da espiritualidade.

Cristo Jesus, que sucessivas vezes deu provas da eficácia da cura espiritual, também entrou em confronto com os pontos de vista fortemente materialistas do mundo. A Bíblia relata que, quando o diabo o desafiou a usar seu dom de orar para que transformasse uma pedra em comida, Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4:4).

É importante lembrar que Jesus não tentou se adaptar ao padrão materialista do mundo. Transformar pedras em pão, por mais atraente que fosse (principalmente depois de um jejum de 40 dias), seria uma manipulação no âmbito ilusório dos sentidos físicos, em vez de exercer a soberania da espiritualidade infinita dada por Deus. A oração de Jesus baseava-se em Deus como a única força criadora, e na substância espiritual dessa criação. Seu exemplo revelou a presença de um universo espiritual, no qual a cura não consiste em manipular o físico; consiste em uma mudança de perspectiva com base espiritual centrada em Deus.

 O tratamento pela Ciência Cristã tem como base o fato de que cada um existe em decorrência da ação criadora de Deus. Visto que Deus, o Espírito divino, é a única fonte criadora, nós, como criação do Espírito, na verdade não incluímos nenhum elemento material. Como filhos do Espírito, não precisamos deixar o físico para nos tornar espirituais; na verdade, somos e permaneceremos para sempre espirituais, nunca materiais, apesar das impressões impostas pelos chamados sentidos físicos.

Desse modo, o tratamento da Ciência Cristã, apoiado na oração, corrige os equívocos e conceitos errôneos, mentiras mesmo, que falsamente afirmam que o Espírito e sua criação espiritual podem ser menos do que perfeitos e completos. A cura ocorre por meio da grandiosa revelação pela qual reconhecemos que a perfeição eterna de Deus é para sempre expressa em nós, que somos a criação inteiramente perfeita de Deus. Logo, a cura não é uma ação material, mas uma mudança de pensamento, divinamente inspirada.

Compartilho um exemplo: recomendaram a uma amiga que consultasse um cirurgião. O dentista que fizera o exame preliminar havia ficado alarmado com o que parecia ser um abscesso cancerígeno em sua boca. Ela dedicou os dias que antecederam à consulta com o especialista, a tratar espiritualmente de si mesma por meio da oração. Em vez de ver a si mesma como uma entidade material em perigo, procurou aprender mais sobre sua natureza espiritual imaculada dada por Deus.

Minha amiga não se deixou influenciar pela ideia de que a oração seria inferior aos tratamentos e métodos materiais. O crescimento espiritual, resultante do estudo da Bíblia e de Ciência e Saúde, ajudou-a a alcançar uma convicção mais profunda do que era realmente verdadeiro sobre si mesma, como a expressão da natureza espiritualmente perfeita de Deus.

Essa nova e verdadeira percepção, a que ela chamou de “profunda limpeza da consciência”, mudou seu modo de ver o caso. Compreendeu, com muito mais clareza, que ela era unicamente espiritual e que sua identidade era isenta de qualquer outra característica. Entendeu que seu esforço não visava a usar verdades espirituais para alcançar um padrão físico; consistia em fazer uma pausa para perceber que, de fato, não há alternativa para a manifestação da identidade espiritual. Em poucos dias, ela sentiu uma profunda e inabalável paz. 

Assim como Jesus não perdeu tempo transformando pedras em pães, minha amiga não ficou pensando que devia mudar a matéria. Jesus estava apenas interessado na criação absolutamente espiritual de Deus, e minha amiga também. Na consulta, o cirurgião disse: “Não há nada para eu examinar ou fazer. Não há câncer nem mesmo qualquer abscesso visível”. A renovada compreensão de minha amiga sobre sua identidade espiritual, em conjunto com a profunda paz que adquiriu, permanece com ela.

As formas predominantes de tratamento talvez continuem a se apoiar na suposição de que somos em parte, ou por inteiro, meros corpos materiais, pequenos mecanismos materiais. No entanto, é necessária uma visão mais ampla; é preciso ir mentalmente além da perspectiva limitada e acolher o tratamento baseado na absoluta espiritualidade com que Deus dotou a cada um de nós.

Ciência e Saúde explica: “O padrão da perfeição foi originariamente Deus e o homem. Teria Deus rebaixado Seu próprio padrão, e teria o homem caído na imperfeição?

“Deus é o Criador do homem e, visto que o Princípio divino do homem permanece perfeito, a ideia divina ou reflexão, o homem, permanece perfeito” (p. 470). 

Tanto no princípio, quanto hoje, a perfeição de Deus expressa eternamente por Sua criação permanece universalmente verdadeira, e é o supremo padrão para um tratamento eficaz. 

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