Aos 12 anos eu sofria de verminose, condição que nenhum médico conseguia curar. Receitaram-me muitos medicamentos, mas sem resultado. Finalmente o médico disse a meu pai que nada mais poderia fazer por mim. Naquela época os meus familiares acreditavam que era da vontade de Deus que eu sofresse, mas rebelei-me contra essa crença e comecei a freqüentar igrejas de diferentes denominações cristãs na esperança de encontrar Deus.
Um dia, quando papai estava muito preocupado comigo, encontrou um corretor de seguros que era Cientista Cristão. Este lhe disse que eu não tinha de sofrer e que a Ciência Cristã podia curar-me. Papai pediu-lhe que orasse por mim. Em poucos dias senti-me melhor e exultei por não ter de tomar mais os medicamentos. Muitos dos sintomas começaram a desaparecer e papai matriculou-nos logo, minha irmã e eu, na Escola Dominical da Ciência Cristã, enquanto que ele e mamãe começaram a freqüentar os cultos. Entretanto minha cura só se completou anos mais tarde. Eu precisava ser regenerada, pois tinha um temperamento irritadiço, que se acreditava recebido por herança.
Nesse meio tempo papai obteve uma colocação junto ao Governo dos Estados Unidos e fomos enviados a Atenas, na Grécia. Naquela época, um pequeno grupo informal de Cientistas Cristãos mantinha cultos ali. Papai e eu ingressamos no grupo e ajudamos a formar a primeira Sociedade de Ciência Cristã naquele país.
Durante esse período inicial servi como secretária, bibliotecária e professora da Escola Dominical. Enquanto fazia todas essas coisas, mantive-me consciente de que os filhos de Deus têm uma herança espiritual, não material; portanto, a crença de temperamento não tinha lugar em minha consciência. O que mais me ajudou foi o desejo de ajudar a outros através de minha crescente compreensão da Ciência Cristã. Dediquei, então, todo meu tempo a seu ministério de cura. Muitas curas maravilhosas ocorreram enquanto eu ajudava a outros. Assim comecei a superar a crença de temperamento irritadiço e, ao mesmo tempo, fui permanentemente curada do antigo problema físico. Estava, então, com pouco mais de vinte anos.
Outra cura pela qual sou muito grata é a de pesar pela morte de nosso filho, há alguns anos. O choque foi tão grande que passei a sofrer de insônia e medo. Pedi ajuda a uma praticista da Ciência Cristã e senti-me muito grata por ela me mostrar que eu estava rodeada pelo grande amor de Deus. Isso me trouxe consolo, mas eu ainda tinha de vencer a crença de insônia.
Um dia, ao ler um artigo na seção editorial de um exemplar do Christian Science Sentinel, compreendi que o homem é a idéia espiritual de Deus. Raciocinei que a idéia divina não pode adoecer, nem morrer ou ser enterrada. O mesmerismo começou a ceder. Continuei orando a Deus: “Pai, desperta-me completamente dessa crença mesmérica.” A praticista continuou a ajudar-me e um dia, ao abrir ao acaso Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, encontrei este trecho (p. 442): “Cientistas Cristãos, sede uma lei para vós mesmos, para que a má prática mental não vos possa prejudicar, quer estejais adormecidos, quer estejais despertos.” Fiquei estupefata. Será que eu estava fazendo má prática com relação a quem eu realmente amava? Não seria má prática manter no pensamento que nosso filho estava morto? Imediatamente inverti esse pensamento e vi claramente que o criador de nosso filho era seu Pai-Mãe Deus e, portanto, ele era um com a Vida. Nunca mais senti pesar, mas reconheci que ele estava progredindo — que consolo! Pela primeira vez em muitas semanas dormi tranqüilamente — que bênção!
Sou muito grata a Deus por Cristo Jesus, e pela Sr.a Eddy por ter sido tão corajosa e amar o bastante para partilhar conosco a Ciência Cristã.
Boston, Massachusetts, E. U. A.