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“A vívida glória do perpétuo florescer”

Da edição de agosto de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


A cada minuto de cada dia, há alguém que está chegando à idade de se aposentar. Há pessoas que esperam esse momento com alegria, outras com apreensão. Mas todas elas poderão encontrar plena compensação nessa mudança em seus padrões de atividade, se procurarem entender e utilizar o fato divino, revelado através do cristianismo e da Ciência Cristã, de que o homem é a imagem e semelhança de Deus, o eterno desdobramento do ser imortal, no qual não há lugar para a solidão e o vigor decrescente.

No Prefácio de seu livro Miscellaneous Writings a Sr.a Eddy escreve: “Há uma velhice do coração, e uma juventude que nunca envelhece.” E acrescenta: “A louçania fugaz da juventude, entretanto, não é a sempreviva da Alma; a vívida glória do perpétuo florescer; o brilho e a grandeza espirituais de uma vida consagrada, em que habita a paz, sagrada e sincera na provação ou no triunfo.” Mis., pp. ix–x;

Aqui está, sem dúvida, uma afirmação que encoraja qualquer pessoa que esteja lamentando a partida da mocidade. “A louçania fugaz” aqui mencionada, assim como a deterioração que supostamente a deve seguir, não passa de um estado da consciência mortal irreal, a ser substituído pela “vívida glória do perpétuo florescer”, e pela grandeza do ser real. À medida que procurarmos aprender mais acerca das qualidades da Alma, por meio de estudo e oração, e a pôr em prática essas qualidades na vida diária, tornar-nos-emos cada vez mais conscientes da glória sem fim do desdobramento divino.

A louçania, a espontaneidade e a alegria verdadeiras são qualidades da Mente e não devem ser confundidas de maneira alguma com a vivacidade insincera de alguém que simplesmente quer parecer jovem. Como o homem criado por Deus é espiritual e não material, a experiência de envelhecer pertence à mortalidade, e não ao homem. Aceitamos ou rejeitamos a velhice na medida de nossa aceitação ou rejeição de tudo aquilo que constitui a mortalidade.

Tanto “a velhice do coração” como a “juventude que nunca envelhece” são estados de consciência. Podemos escolher qual dos dois aceitar, o falso ou o verdadeiro. Precisamos decidir agora mesmo. Iremos entreter os pensamentos que delinearão em nosso corpo a passagem do tempo? Iremos considerar o homem como uma criação material ou como uma idéia espiritual? Sem estarmos dispostos ou preparados a considerar novas idéias, e freqüentemente escandalizados com o aspecto exterior e as atividades da nova geração, iremos manter um conceito temeroso e limitado da existência humana? Ou vamos gozar agora, e continuar a gozar, da liberdade que provém de um entendimento sempre crescente da imortalidade?

Em Ciência e Saúde a Sr.a Eddy afirma: “A imortalidade, isenta de velhice ou de decrepitude, tem uma glória que lhe é própria — o resplendor da Alma. Os homens e as mulheres imortais são modelos do sentido espiritual, traçados pela Mente perfeita, e refletem aqueles conceitos mais elevados de beleza que transcendem todo sentido material.” Ciência e Saúde, p. 247; O título marginal do parágrafo onde aparece essa afirmação é: “Beleza eterna.”

Algumas das qualidades humanas que contribuem para a posse da juventude do coração, são: espontaneidade, humor, flexibilidade de pensamento, e equilíbrio em suas reações frente aos acontecimentos diários. A essas, podemos acrescentar a habilidade de sermos gratos pelas pequenas alegrias da existência humana, gratos pelo dom de uma rosa silvestre colhida no arbusto, não menos do que pelo buquê preparado pela florista. A expressão de tais qualidades nem sempre é conseguida sem luta, pois à medida que os anos passam, é às vezes mais fácil continuar no caminho trilhado, especialmente se este for agradável, do que explorar novas maneiras de pensar. Quando, portanto, vemos alguém de idade madura expressar flexibilidade, equilíbrio em suas reações à vida diária, e presteza em considerar pontos de vista novos, podemos sentir-nos gratos por esse alguém ser suficientemente abnegado a ponto de procurar demonstrar, para si mesmo e em prol da humanidade, o verdadeiro sentido de juventude.

Às vezes, os principiantes no estudo da Ciência Cristã e os Cientistas Cristãos jovens ao iniciar a carreira de sua escolha acham que uma vida consagrada deve ser sem graça e descolorida, e portanto não lhes serve. Entretanto, a Sr.a Eddy escreve a respeito da grandeza e da glória de uma vida consagrada. Nenhum falso sentido de piedade e limitação podem ser encontrados na experiência de alguém que dedica sua vida ao estudo e à demonstração do “brilho” e da “grandeza” da Vida, que é eterna.

Na consciência de alguém que está sempre procurando um entendimento mais profundo de Deus e que pratica aquilo que sabe, encontraremos paz duradoura. Quando Cristo Jesus quis outorgar um dom precioso a seus discípulos, pois estava prestes a deixá-los, disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” João 14:27; O Mestre sabia que a paz verdadeira é muito diferente do conceito de paz que o mundo tem; que a paz nunca é uma qualidade estática, mas sim ativa. Pode ser comparada à “pérola de grande valor” Mateus 13:46. de que o Mestre falou a seus discípulos em outra ocasião. Precisamos vender tudo o que temos, se desejamos possuir essa paz; precisamos nos despojar do egoísmo, da inveja, do desânimo e daquelas tendências agressivas que surgem na luta da existência mortal. Nunca é cedo demais, ou tarde demais, para começarmos com tal disposição.

Mas a paz verdadeira nunca é encontrada num remanso ou em repouso letárgico. Não foi num remanso que a Sr.a Eddy, aos oitenta e sete anos de idade, concebeu e fundou um grande jornal internacional, The Christian Science Monitor, de elevado padrão jornalístico, lido avidamente no mundo todo por homens e mulheres que pensam. Do “brilho” e da “grandeza” da vida consagrada de uma só mulher é que esse jornal diário foi concebido, com sua finalidade de abençoar e de nunca prejudicar, a humanidade. A leitura e apreciação diária e inteligente do Monitor, e o esforço vigoroso no sentido de contribuir para a cura dos problemas mundiais que ele apresenta, é um dos melhores antídotos para combater qualquer sintoma de aproximação da “velhice do coração”.

Nenhum de nós jamais se aposentou da participação na gloriosa e revigorante atividade de estabelecer o reino de Deus aqui na terra. Aqueles que procuram tomar parte ativa nesse estabelecer, tiveram um vislumbre do “brilho” e da “grandeza espirituais de uma vida consagrada, em que habita a paz”. Eles também tomaram consciência, e sabem como gozar em medida crescente de uma “juventude que nunca envelhece”.

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